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Leão XIV gostou da ideia: Castel Gandolfo volta a ser refúgio papal após 12 anos


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Berthold Werner/Wikimédia Commons

Apesar do tamanho modesto, guarda séculos de história e uma ligação íntima com o Vaticano. Por mais de 300 anos, afinal, foi o destino tradicional de verão dos papas, que encontravam ali tranquilidade e ar puro durante os meses mais quentes do ano.

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Essa tradição, no entanto, foi interrompida durante o pontificado de Francisco. Agora, com a chegada do Papa Leão XIV, o costume volta a ganhar força e atenção.

Leão XIV decidiu passar duas semanas nas chamadas Vilas Pontifícias de Castel Gandolfo, entre os dias 6 e 20 de julho. A estadia marca o retorno simbólico da figura do papa a um local que sempre esteve vinculado ao descanso espiritual e à contemplação.

Reprodução Vatican News

Dessa forma, a decisão representa não apenas uma escolha pessoal, mas também um resgate de um hábito que remonta ao século XVII.

Berthold Werner/Wikimédia Commons

O palácio papal de Castel Gandolfo, situado em uma área extraterritorial da Santa Sé, já recebeu pontífices de diferentes épocas, que ali encontravam um refúgio diante das pressões e obrigações do cargo.

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Durante o pontificado de Francisco, outro destino. O papa argentino preferiu permanecer no Vaticano no o verão e abriu as portas do palácio para visitação pública, transformando-o oficialmente em museu.

Tânia Rêgo/Agência Brasil

Em 12 anos, nunca passou férias na residência. Em vez disso, optou por manter suas rotinas na Casa Santa Marta, sinalizando uma mudança no estilo e nas prioridades do papado. A reabertura à população aproximou turistas e fiéis de um local antes reservado ao clero mais alto.

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Leão XIV, contudo, traz consigo uma abordagem distinta. Além de escolher Castel Gandolfo como local de descanso, o pontífice norte-americano já demonstrou interesse em combinar espiritualidade, tradição e renovação.

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Durante os dias de julho em que estiver hospedado no palácio, estão previstas duas celebrações da missa, nos dias 13 e 20, seguidas de orações do Angelus.

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Também está previsto um retorno ao local entre os dias 15 e 17 de agosto, coincidindo com o feriado da Assunção de Maria, uma das datas mais significativas do calendário católico.

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Esse retorno do papa à cidade reacende o olhar mundial para o Castel Gandolfo. Além do vínculo com a Igreja, o município tem atrativos que justificam sua fama, como a própria estação que leva ao local.

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Suas ruelas estreitas e bem cuidadas revelam uma atmosfera medieval preservada. A vista panorâmica do lago Albano impressiona visitantes ao longo de todo o ano, especialmente nos meses de verão, quando o clima favorece passeios ao ar livre.

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Outro destaque da cidade é o próprio complexo das Vilas Pontifícias. Com seus encantadores jardins, o espaço mistura natureza e arquitetura histórica.

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Os Jardins de Barberini, por exemplo, são abertos à visitação e ocupam uma área que já foi parte da residência de verão do imperador romano Domiciano. Trilhas, esculturas e fontes criam um ambiente de paz.

- Flickr Patricia Elsner

Recentemente, o papa Leão XIV também esteve em Castel Gandolfo para visitar o centro 'Borgo Laudato Si', criado por Francisco com a missão de aprofundar a discussão sobre ecologia e sustentabilidade dentro da Igreja.

Reprodução de vídeo Globonews

Essa conexão entre pontífices passados e atuais ilustra como o local pode ser um ponto de continuidade e diálogo entre diferentes visões de liderança espiritual, como retratado no filme 'Dois Papas', de 2019, dirigido por Fernando Meirelles.

Reprodução de Youtube

Durante o período de julho, enquanto estiver em Castel Gandolfo, o papa suspenderá audiências privadas e as tradicionais audiências gerais de quarta-feira, que devem retornar apenas no fim do mês.

Divulgação

Além de um destino para férias, o Castel Gandolfo ressurge como um espaço que abriga tanto o descanso do líder da Igreja quanto um pedaço significativo da memória católica.

Flickr Roberto Casadio

A volta de um papa ao local não representa apenas uma mudança de agenda, mas um gesto com valor simbólico, que honra o passado e aponta para uma gestão que, mesmo moderna, também olha para as raízes da tradição.

Divulgação

Em tempos em que a Igreja busca equilíbrio entre inovação e herança, a reaproximação com o palácio vai além de um gesto administrativo: é uma reafirmação de vínculos, de ritmos e de espaços que ajudam a moldar o imaginário de milhões de fiéis.

Reprodução de vídeo Globonews

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