Os documentos foram entregues ao Centro Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindactas), órgão que faz parte da Força Aérea Brasileira (FAB).
De acordo com alguns documentos liberados, a maioria das ocorrências foi registrada na região Sul do Brasil, com destaque para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Além dos registros escritos, áudios de conversas entre pilotos e controladores de tráfego aéreo, nos quais eles descrevem os avistamentos, também foram disponibilizados.
Num desses relatos, em 7/2/23, um piloto relatou ter observado, às 3h da madrugada, uma luz circular nas cores vermelha e verde, com tamanho variando de 'uma bola pequena a grande' se movendo 'dez vezes mais rápido que um avião comercial' sobre a cidade catarinense de Navegantes.
“O piloto relatou que esta ocorrência assemelha-se a outros episódios ocorridos em outubro de 2022 no mesmo setor e já reportados”, diz um trecho do documento.
Já no dia 20/04/23, um piloto relatou ter avistado um OVNI estático por volta das 21h30, enquanto se aproximava do aeroporto de Porto Alegre (RS) para pousar.
O piloto também descreveu que o objeto mudava de tamanho e exibia uma cor branca e alaranjada.
Segundo o registro do Cindacta, o piloto já havia observado o mesmo objeto em outros três dias naquela semana.
Outro caso, ocorrido em um voo com direção a Santa Catarina, um piloto relatou que, enquanto sobrevoava a cidade de Ilha Comprida, no estado de São Paulo, notou entre 4 e 5 objetos a uma grande distância, com luzes brancas intermitentes se movendo a 8 vezes a velocidade do som.
Os objetos relatados realizaram movimentos circulares, 'às vezes formando um círculo, aproximando-se e afastando-se uns dos outros.'
“O espanto foi em decorrência de as luzes/movimentação dos objetos não corresponderem a um satélite, lixo espacial ou qualquer outro fenômeno conhecido”, declarou o documento.
Mais um caso, ocorrido em 5/2/23, um piloto que realizava um voo entre Belo Horizonte (MG) e Porto Alegre relatou que avistou entre cinco e seis objetos ao se aproximar do aeroporto Salgado Filho, na capital gaúcha.
De acordo com seus relatos, os tamanhos desses objetos lembravam faróis de aeródromos.
Ele informou que o jato estava a 11,6 mil metros de altitude e que os OVNIs voavam 'um palmo e meio acima' da aeronave, a uma velocidade 'três ou quatro vezes maior que a do som'.
Um outro piloto que sobrevoava a rota Brasília/Marabá (PA) relatou ter avistado, perto da meia-noite, uma 'luz amarelada esbranquiçada, semelhante a um farol de pouso de avião, girando no sentido anti-horário.'
Ele mencionou que o objeto estava 'acima do seu nível de voo,' a uma altitude de 10,3 mil metros.
Outro relato descreve um piloto que pilotava sua aeronave na rota Sinop (MT)-Campinas (SP), a 11,8 mil metros de altitude, quando 'observou um OVNI no horizonte', cerca de 20º acima, emitindo luz branca, às vezes com uma tonalidade avermelhada.
Em outro caso, um piloto que sobrevoava Belém (PA) por volta das 6h40 do dia 23/08/23 afirmou ter avistado dois objetos incomuns que se assemelhavam a estrelas. Ele disse que tentou registrar com vídeos e fotos, mas os objetos não apareceram nas imagens.
Em nota, a FAB informou que “todos os documentos sobre fenômenos aéreos não identificados, no período de 1952 a 2023, já foram transferidos para o Arquivo Nacional, onde são de domínio público”.
“Em complemento, o Comando da Aeronáutica informa que não realiza estudos e análises acerca do tema, apenas cataloga as informações prestadas por terceiros e as remete, periodicamente, ao Arquivo Nacional”, concluiu a FAB.
Em 5 de maio de 2024, uma aeronave sobrevoando Pernambuco precisou alterar sua altitude após a tripulação relatar luzes brancas e vermelhas não identificadas, que não apareciam no radar
Em outro caso, em 11 de abril, um piloto avistou um objeto luminoso imóvel no céu do Paraná, que desapareceu subitamente após alguns minutos. Ambos os registros foram enviados ao Cindacta.