Flipar

Arte, política e cultura: o legado de Di Cavalcanti, artista genial que foi preso duas vezes


Flipar
Arquivo Nacional/Wikimedia Commons

Di Cavalcanti, nome artístico de Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque Melo, nasceu no Rio de Janeiro em 6 de setembro de 1897.

Imagem de Jose Antonio Núñez / Pixabay

Desde a infância, Di Cavalcanti demonstrou uma forte inclinação para as artes. Recebeu aulas de piano e, aos 11 anos, começou a tomar aulas, que viriam a lhe ajudar em seu dom com os pincéis.

Imagem de Social Butterfly por Pixabay

Esse ambiente artístico, especialmente o contato com seu tio José do Patrocínio, um abolicionista proeminente, moldou sua sensibilidade artística.

Michael Gaida - pixabay

Inicialmente, ele cursou Direito na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em São Paulo, mas logo se voltou completamente para a carreira nas artes.

USP/Wikimédia Commons

Em 1917, Di Cavalcanti teve sua primeira exposição, que foi um marco em sua trajetória, apresentando caricaturas que capturavam a vida cotidiana e os costumes brasileiros.

Autor desconhecido/Wikimédia Commons

Sua habilidade como ilustrador foi reconhecida, e ele começou a trabalhar na revista Fon-Fon, ganhando notoriedade na cena cultural de São Paulo.

Divulgação

A participação de Di Cavalcanti na Semana de Arte Moderna de 1922 foi fundamental para consolidar sua posição no cenário artístico brasileiro.

Governo do estado de São Paulo/Wikimédia Commons

O evento, que buscava romper com as tradições acadêmicas e valorizar a cultura nacional, contou com a presença de outros artistas renomados, como Mário de Andrade e Oswald de Andrade.

Arquivo Nacional/Wikimedia Commons

Durante a semana, Di Cavalcanti expôs 11 obras, que refletiam sua visão inovadora e seu compromisso com a arte moderna.

Divulgação

Em 1923, Di Cavalcanti viajou para a Europa, onde teve a oportunidade de conhecer importantes vanguardas artísticas e artistas renomados, como Pablo Picasso (na foto) e Georges Braque. Essa experiência transformadora o influenciou para incorporar elementos cubistas e surrealistas em seu trabalho.

Domínio público

Quando retornou ao Brasil em 1926, trouxe consigo novas perspectivas artísticas que enriqueceram sua produção. Assim, começou a abordar temas mais próximos à cultura brasileira, como o samba e a vida nas favelas.

freepik

Sua capacidade de capturar a essência do povo brasileiro e suas vivências fez com que suas obras se tornassem muito populares.

Reprodução Tv BAND

Na década de 1930, sua fama estava consolidada. Ele participou de exposições internacionais e fundou o Clube dos Artistas Modernos (CAM) em 1932, ao lado de outros artistas proeminentes.

Divulgação

A década de 1930 também foi marcada por desafios políticos para Di Cavalcanti. Ele foi preso duas vezes: a primeira em 1932, durante a Revolução Constitucionalista, e a segunda em 1935, por sua filiação ao Partido Comunista do Brasil.

pexels Jimmy Chan

Essas experiências de perseguição política o levaram a deixar o Brasil em 1935 e residir na Europa por cinco anos. Mesmo no exílio, continuou a produzir obras significativas.

Arquivo Nacional/Wikimédia Commons

Ao retornar ao Brasil em 1940, trouxe consigo novas influências e continuou a explorar a condição humana e as questões sociais em suas gravuras. Sua obra nesse período é caracterizada pela forte presença de figuras femininas e pela crítica à arte abstrata, que começava a ganhar destaque.

Reprodução TV BAND

A longa carreira de Di Cavalcanti resultou em uma vasta produção artística, com centenas de obras que são consideradas pilares da cultura brasileira.

- Reprodução TV BAND

Faleceu aos 79 anos no Hospital da Beneficência Portuguesa, no Rio de Janeiro, enquanto estava internado tratando de uma crise renal.

Reprodução TV BAND

Entre suas criações mais conhecidas estão 'Samba' (1925), 'Vênus' (1938) e 'Ciganos' (1940), que expressam a vívida cultura nacional.

Divulgação

Di Cavalcanti recebeu diversos prêmios e reconhecimentos ao longo de sua vida, incluindo menções em exposições internacionais.

Reprodução TV BAND

Seu legado é celebrado até hoje, com suas obras expostas em importantes galerias e museus ao redor do mundo, como em Bruxelas, Paris, Londres e Amsterdã.

Reprodução TV BAND

Veja Mais