Desde 2016, uma equipe da SAVE Brasil monitora a espécie na Estação Ecológica de Murici, em Alagoas, onde vivem choquinhas remanescentes. A área de preservação, criada em 2001, é um refúgio de Mata Atlântica. E restam apenas 4 dessa espécie .
A SAVE Brasil (Sociedade para a Conservação das Aves do Brasil) é uma organização sem fins lucrativos, fundada em 2004, que atua na proteção das aves e de seus habitats naturais no Brasil.
A choquinha-de-Alagoas é uma pequena ave endêmica da Mata Atlântica nordestina, encontrada apenas na Estação Ecológica de Murici, em Alagoas. Portanto, o esforço pata mantê-la é concentrado.
Os pesquisadores da SAVE Brasil lembram que outras espécies de aves que ocorriam apenas na região já foram extintas: limpa-folha-do-nordeste (na foto), gritador-do-nordeste e caburé-de-pernambuco. Ambientalistas conseguiram salvar o mutum-de-alagoas em cativeiro, mas ele está extinto na natureza.
Em Belém, o professor Gustavo Melo, da Faculdade de Engenharia Mecânica da Universidade Federal do Pará, avistou em agosto de 2024 um uiraçu, ave rara e ameaçada de extinção.
O flagrante foi no Parque Estadual do Utinga, uma unidade de conservação na região metropolitana da capital paraense, criado em 1993 para preservação de ecossistemas de relevância ecológica.
Com uma área de 14 km², o parque também é dedicado ao ecoturismo, oferecendo trilhas para caminhadas, rapel, tirolesa e outras atrações para os aventureiros, além de ser um espaço de lazer e contemplação para os próprios moradores de Belém no dia a dia.
O uiraçu é uma ave de rapina nativa das florestas tropicais da América Central e do Sul. Ele é mais comumente encontrado na Amazônia, que abrange Brasil, Peru, Colômbia, Equador, Venezuela, Suriname, Guiana e Bolívia. E também pode ser encontrada em florestas da América Central.
Este pássaro está adaptado para viver em habitats florestais densos, onde caça mamíferos de médio porte, como macacos e bichos-preguiça.
A espécie é classificada como 'Vulnerável' pela Lista Vermelha da IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza) e também figura como 'Criticamente em Perigo' em algumas regiões, como a Mata Atlântica no Brasil.
Ainda em 2024, uma jandaia, que corre risco de extinção em partes do Brasil, também foi avistada. Ela estava no Ceará, onde é um dos símbolos do estado. Apareceu na capital Fortaleza, animando biólogos e defensores da natureza.
Essa ave da família dos Psittacidae também é chamada de Perequitão Nordestino. Mede 30 cm de comprimento e pesa cerca de 130 g. Bela, tem a cabeça e partes inferiores laranja, manto verde e peito avermelhado. A ave vive no Pará, Maranhão, Roraima ,Piauí, Pernambuco e Goiás. Mas pode desaparecer em certas regiões.
Uma das maravilhas do Brasil é a biodiversidade. Mas as ameaças principais são o desmatamento e o tráfico de animais. Na foto, trinca-ferros (espécie com risco de extinção) resgatados das mãos de criminosos pela polícia. Veja outras espécies que também podem desaparecer.
Ararinha Azul - Espécie endêmica do norte da Bahia, sofreu com a caça e com o corte indiscriminado de árvores da caatinga e chegou a ser considerada extinta em 2020. Mas em junho de 2022 oito aves dessa espécie foram trazidas da Alemanha para reintrodução no Brasil.
Ararajuba - Ave verde e amarela que só existe na Amazônia e entrou na lista das ameaçadas de extinção em 2016.
Ariranha - Mamífero do Pantanal, também é conhecida como lontra gigante e é caçada para obtenção da pele aveludada.
Lobo-Guará - Vive em savanas do centro-oeste do Brasil. Tem sofrido com a destruição do cerrado para ampliação da agricultura. É vítima de caça, atropelamento e doenças transmitidas por cães domésticos.
Sapo-Folha - Espécie da Serra do Timbó, na Bahia, tem apenas 4 cm e vem sendo afetada pelo desmatamento para cultivo de cacau e banana e também para criação de áreas de pastagem.
Muriqui-do-Norte - É o maior primata das Américas, chegando a pesar 15 kg. Só é encontrado na Mata Atlântica e sofre com o desmatamento e a caça.
Macaco-Prego Dourado - Natural da Mata Atlântica, habita unidades de conservação na Paraíba e no Rio Grande do Norte. E tem sido tratado por especialistas num grande esforço pela preservação da espécie.
Mico-Leão Dourado - Há décadas sofre ameaça de extinção e os poucos que ainda existem vivem em florestas do Rio de Janeiro. Projetos de conservação têm conseguido impedir o fim da espécie, com muito esforço.
Tatu-Bola - Animal da Caatinga, sua população foi reduzida em 45% em 20 anos. A caça e a degradação ao ambiente em que eles vivem são as causas do risco de extinção do animal, que vem sendo protegido por organizações não governamentais.
Jacaré do Papo Amarelo - Sua população tem reduzido muito nos últimos anos devido às queimadas e à poluição das águas no Pantanal.
Boto Cor-de-Rosa - O maior golfinho de água doce vive na Amazônia e faz parte, inclusive, da cultura popular: o folclore de que se transforma em homem que atrai as mulheres. Tem sido vítima de pesca predatória.
Curimatã - � um dos peixes mais comuns para refeição no Brasil. Mas a pesca de rede faz com que esse animal de água doce corra risco de extinção.
Pacu - Outro peixe comum no prato dos brasileiros, é vÃtima de pesca em épocas inapropriadas, quando deveria ser protegido pelo defeso para garantia da reprodução.
Tartaruga Cabeçuda - Vive na costa brasileira, principalmente no Espírito Santo, Bahia, Sergipe e Rio de Janeiro. Bota os ovos no litoral e, muitas vezes, os ovos são destruídos nas praias, impedindo a reprodução.
Gato do Mato Pequeno - É menor do que os gatos domésticos: raramente passa de 50 cm de comprimento e pesa em média 2 kg. Natural do Norte e do Nordeste do Brasil, foi perdendo espaço com a ocupação de seu habitat por construções irregulares.