No fim de junho, um exemplar do animal caiu acidentalmente na fonte termal Grand Prismatic Spring e foi dissolvido pela água fervente, que pode chegar a 89ºC.
As autoridades locais decidiram não remover a carcaça devido aos riscos para funcionários e para os microrganismos que vivem no local.
Esse tipo de acidente não é inédito – um filhote de alce morreu em circunstâncias semelhantes anos atrás, e ossos de outros animais já foram encontrados em fontes termais do parque.
Embora os animais consigam sentir o calor, acidentes acontecem quando pisam em crostas frágeis nas bordas das fontes.
O parque também já registrou 22 mortes humanas por quedas em fontes termais, além de centenas de feridos desde 1872.
Apesar de muitos pensarem que as fontes termais de Yellowstone são ácidas, a maioria tem pH neutro ou alcalino. A morte do bisão ocorreu por conta do calor extremo.
O bisão é um dos maiores mamíferos terrestres das Américas e pertence ao gênero Bison, da família dos bovídeos, a mesma do boi e do búfalo.
Existem duas espécies principais: o bisão-americano, típico da América do Norte, e o bisão-europeu, nativo de partes da Europa.
O bisão-americano é um símbolo da vida selvagem dos Estados Unidos e hoje se encontra amplamente distribuído pelas Grandes Planícies, do Canadá ao México.
Os bisões são animais imponentes, podendo atingir até 1,80 metro de altura no dorso e pesar mais de 1.000 quilos, com os machos geralmente maiores que as fêmeas.
Eles têm uma pelagem densa e marrom-escura, com uma corcova pronunciada nos ombros e cabeça grande com chifres curtos e curvos.
No século 19, os bisões foram quase levados à extinção devido à caça excessiva e à expansão agrícola, com sua população caindo de milhões para apenas algumas centenas.
Graças a esforços de conservação iniciados no início do século 20, principalmente com apoio de parques nacionais, a população de bisões americanos foi parcialmente recuperada.
Em Yellowstone, por exemplo, vive a manada de bisões mais antiga protegida dos Estados Unidos hoje em dia.
Os bisões são herbívoros e se alimentam principalmente de gramíneas, ervas e, em épocas de escassez, até de musgos e cascas de árvores.
Esses animais costumam viver em grupos e se movimentar em manadas, embora os machos adultos possam viver sozinhos por períodos.
O bisão-europeu também passou por um processo drástico de extinção, tendo desaparecido da natureza no início do século 20.
Algumas espécies sobreviveram apenas em cativeiro e zoológicos, sendo reintroduzidas em florestas da Polônia, Belarus e outros países.
Apesar do tamanho e aparência pacífica, bisões podem ser perigosos quando se sentem ameaçados.
Eles são extremamente fortes e rápidos, podendo correr a até 60 km/h e saltar cercas com mais de 1 metro de altura.
Culturalmente, os bisões têm grande significado, especialmente para os povos indígenas das Américas, que dependiam deles para alimentação, vestuário e materiais.