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Conheça a restauradora que conseguiu recuperar 'A Última Ceia' de Leonardo da Vinci


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Wikimedia Commons

Em 1977, Pinin Brambilla assumiu a missão de recuperar 'A Última Ceia', um dos murais mais famosos de todos os tempos.

janeb13/Pixabay

Ao iniciar o trabalho, ela encontrou a obra quase irreconhecível, coberta por várias camadas de tinta e gesso aplicadas por restauradores anteriores.

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'Tive que me perguntar se era mesmo um Leonardo, porque estava completamente irreconhecível', declarou ela em uma entrevista à BBC em 2016.

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O mau estado de conservação, segundo ela, se devia a diversos fatores.

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Na ocasião, Da Vinci utilizou uma técnica experimental, utilizando óleo sobre uma superfície de gesso seco, o que resultou em uma rápida deterioração da obra.

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Tradicionalmente, a técnica conhecida como 'afresco' — na qual a tinta é aplicada sobre uma camada de argamassa úmida — é notadamente famosa pelo poder de fixação.

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A técnica exige que o artista termine mais rápido o trabalho, já que a superfície seca depois de um tempo. Da Vinci rejeitou, pois queria mais tempo para finalizar o mural.

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'Seis restauradores trabalharam nela. Cada um deles mudou a fisionomia, as características e as expressões dos apóstolos', contou a restauradora.

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A obra foi elaborada por Da Vinci em 1498, atendendo uma 'encomenda' do duque de Milão, Ludovico Sforza.

Domínio público

Brambilla liderou um meticuloso processo para remover as camadas posteriores e recuperar a estrutura original.

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Ela e sua equipe removeram camada por camada usando câmeras, aquarelas e até instrumentos cirúrgicos.

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Brambilla dedicou mais de 20 anos ao projeto, enfrentando desafios técnicos e até pessoais.

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'O trabalho me fazia passar muito tempo longe do meu marido e do meu filho. Às vezes eu trabalhava sozinha, até mesmo aos sábados e domingos até o meio-dia', contou ela.

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Ela concluiu o trabalho em 1999, quanto já tinha mais de 70 anos. 'Eu estava completamente obcecada', lembrou.

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Apesar de ter recebido críticas sobre possíveis excessos na remoção de camadas, Brambilla considerou a restauração um sucesso.

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'Agora os rostos dos apóstolos parecem realmente participar do drama do momento e evocam a gama de emoções que Leonardo quis retratar diante da revelação de Cristo', ressaltou a restauradora.

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Brambilla declarou que se sentiu emocionalmente ligada à obra: 'Quando terminei [...] fiquei triste porque tinha que deixá-la [...] � como se você perdesse uma parte de si mesmo', declarou.

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Atualmente, o famoso mural de 4,5 metros de altura decora uma parede do refeitório do mosteiro da igreja de Santa Maria delle Grazie, em Milão.

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