Govinda Kumar estava brincando quando a cobra de um metro de comprimento se enrolou nas mãos dele e tentou atacar. O garoto nao gritou nem chorou. Mordeu a cabeça da serpente, que morreu na hora.
A criança foi levada para o hospital porque chegou a engolir veneno da cobra. E a naja é bastante perigosa. Mas ele se recuperou bem após receber antídoto. O caso causou perplexidade entre os médicos.
O veneno da naja é neurotóxico, ou seja, afeta o sistema nervoso, podendo causar paralisia e falência respiratória. Algumas espécies também produzem citotoxinas que provocam necrose nos tecidos.
Algumas najas possuem a habilidade de 'cuspir' veneno como forma de defesa. A naja cuspideira projeta o veneno na direção dos olhos do agressor, podendo causar dor intensa e até cegueira.
Antivenenos específicos foram desenvolvidos para neutralizar o efeito tóxico do veneno das najas. O atendimento rápido é essencial para evitar sequelas graves ou óbito.
A naja é uma serpente pertencente ao gênero Naja, da família Elapidae, famosa por seu capelo expansível. Esse “capuz” é formado por costelas alongadas que se abrem quando o animal se sente ameaçado.
Sua origem remonta a milhões de anos, com registros fósseis apontando para linhagens que evoluíram na Ásia e África. As najas são algumas das cobras mais antigas com estratégias defensivas visuais bem desenvolvidas.
Historicamente, essas serpentes são reverenciadas e temidas em várias culturas. No Egito antigo, a naja era símbolo de proteção e associada à deusa Wadjet, protetora dos faraós.
Atualmente, elas estão presentes em boa parte da África e Ásia. Espécies como a naja-indiana e a naja-egípcia são amplamente conhecidas por sua aparência distinta e comportamento defensivo.
Seu habitat natural varia bastante, incluindo florestas tropicais, savanas, desertos e áreas agrícolas. Adaptam-se bem a ambientes com boa oferta de presas e locais para se esconder.
Muitas espécies vivem próximas de áreas urbanas, o que aumenta os encontros com humanos. Em vilas e plantações, essas cobras procuram roedores, sapos e pequenos répteis como alimento.
A alimentação das najas é carnívora, baseada em presas pequenas e fáceis de engolir. Usam o veneno para imobilizar a presa antes de engoli-la por inteiro, como todas as serpentes.
Embora perigosas, as najas não atacam sem provocação. Geralmente, fogem do confronto e só erguem o capelo e sibilam quando se sentem encurraladas ou ameaçadas.
Essas serpentes podem atingir até 2,5 metros de comprimento, dependendo da espécie. Seu corpo é delgado, e as cores variam entre marrom, preto, cinza ou amarelado.
A expectativa de vida das najas em ambiente natural gira em torno de 15 a 20 anos. Em cativeiro, com menos riscos e alimentação controlada, algumas vivem ainda mais.
A reprodução é ovípara, com a fêmea colocando entre 10 e 30 ovos por ninhada. Os filhotes nascem totalmente formados e já possuem veneno ativo desde o nascimento.
O comportamento das najas é geralmente solitário, sendo mais ativas durante o crepúsculo ou à noite. Passam o dia escondidas sob troncos, pedras ou em tocas abandonadas.
Muitos países com incidência de najas promovem campanhas educativas para reduzir acidentes. Orientações incluem não se aproximar, manter o ambiente limpo e procurar ajuda médica em caso de mordida.
Apesar de perigosas, as najas desempenham papel importante no equilíbrio ecológico. Ao controlar populações de roedores, contribuem para o controle de pragas agrícolas.
Além do impacto médico, a naja exerce fascÃnio cultural e simbólico em várias sociedades. Ã? comum vê-la representada em danças, tatuagens, esculturas e filmes, inclusive com os chamados 'encantadores de serpentes', que tocam para que a cobra se erga numa espécie de dança.
Preservar seu habitat e evitar confrontos desnecessários são formas de convivência equilibrada. Conhecer sua biologia e comportamento é essencial para respeitar e proteger essa espécie fascinante.