
Quando estamos por avaliar a nossa forma e a nossa sa�de, � muito comum nos ater apenas ao que mostra a balan�a – quando muito, fazemos o c�lculo do �ndice de massa corp�rea (IMC). No entanto, hoje se sabe que essas duas medidas n�o refletem de forma efetiva a qualidade da nossa forma f�sica. Por exemplo, os “falsos magros” n�o s�o denunciados pela balan�a nem pelo c�lculo de �ndice de massa corp�rea. “O ac�mulo de gordura abdominal pode ser mais perigoso do que ter o peso elevado, pois a gordura visceral – essa, localizada na barriga – � respons�vel por diversos problemas relacionados ao nosso metabolismo e � sa�de cardiovascular. Estudos j� comprovaram que, mesmo que voc� esteja dentro dos par�metros normais de IMC (com at� 24,9), pode apresentar problemas por conta de altos n�veis de colesterol, triglic�rides e glicose”, alerta a nutr�loga. Um indicativo desse problema � dado pelo exame de biomped�ncia, que consegue identificar a disposi��o de gordura e m�sculos em regi�es como tronco, membros superiores e membros inferiores. “Com rela��o aos �ndices de colesterol, triglic�rides e glicose, o ideal � passar por um m�dico, que pedir� um exame de sangue”, afirma.
Segundo a especialista, essa gordura funciona, para o seu corpo, como uma energia reserva, ou seja, um “estoque”. Portanto, quanto mais calorias consumimos (sem queim�-las), mais gordura estocamos. Mas, qual � a causa desse ac�mulo? A m�dica explica que isso � causado, basicamente, por dois fatores: sedentarismo e m� alimenta��o. Como um falso magro quer perder apenas barriga e n�o peso como um todo, ter� que unir uma boa dieta aliment�cia a exerc�cios f�sicos. “Para sair do sedentarismo, o objetivo, nesse caso, � trocar gordura por m�sculo, e n�o perder peso. Ent�o, o ideal � investir em exerc�cios de ganho de massa muscular e em atividades aer�bicas de muito volume e baixa intensidade para manter a queima de gordura sem emagrecer demais. Quanto mais massa magra tiver, mais f�cil ficar� queimar a gordura localizada”, explica.
E quanto � alimenta��o? “A pessoa que possui essa condi��o deve evitar os alimentos que aumentam os n�veis de glicose e insulina, como o a��car e carboidratos refinados, al�m dos alimentos ricos em gorduras saturadas, gorduras trans e aqueles que t�m uma quantidade de nutrientes e fibras que aumentam a fermenta��o e, consequentemente, a distens�o abdominal”, afirma. Segundo ela, o �lcool, devido �s calorias e ao g�s resultante da fermenta��o, pode tamb�m contribuir para o aumento da distens�o abdominal e, se o consumo de grandes volumes for frequente, pode acarretar em aumento da gordura visceral. “D� prefer�ncia �s prote�nas magras, aos vegetais e aos carboidratos e gorduras de boa qualidade. Alimentos que ajudam a acelerar o metabolismo tamb�m podem ser ben�ficos, como canela, gengibre, ch�-verde e pimenta vermelha, entre outros”, complementa.
Por fim, a m�dica alerta para duas coisas importantes: ficar atento aos exames sangu�neos e realizar um acompanhamento nutrol�gico. “Exames sangu�neos como o de glicose, colesterol e triglic�rides podem ajudar a sinalizar problemas relacionados a esse ac�mulo de peso na regi�o abdominal. O nutr�logo, por sua vez, saber� como elaborar um plano de alimenta��o para controlar essas altera��es metab�licas e indicar a dieta ideal para a transforma��o dessa gordura visceral em massa magra”, finaliza.