
“Em meio � pandemia, chegamos ao m�s de julho e, diante de tantas inseguran�as acerca do futuro, existe uma certeza: a preven��o contra o c�ncer n�o pode parar. Este m�s � chamado pelos especialistas em oncologia de Julho Verde, um alerta para chamar a aten��o da popula��o para os c�nceres de cabe�a e pesco�o. As neoplasias de cabe�a e pesco�o englobam todos os tumores que surgem nessa regi�o. Os mais comuns s�o os tumores de orofaringe, de cavidade oral, laringe, hipofaringe e nasofaringe.
Segundo o Instituto Nacional do C�ncer (Inca), a estimativa � que surjam mais de 15 mil novos casos de c�ncer da cavidade oral, neoplasia respons�vel por cerca de 6 mil mortes ao ano. Na maior parte das vezes, s�o tumores evit�veis, decorrentes de maus h�bitos de vida. M� higiene oral e v�rus HPV s�o outras causas desses tumores. A maior parte dos pacientes s�o do sexo masculino e a maioria consider�vel tem hist�rico de tabagismo e alcoolismo durante a vida. O risco do c�ncer da cavidade oral, por exemplo, � 30 vezes maior para quem fuma e ingere �lcool.
Muitas vezes, o c�ncer aparece como uma simples dor de garganta ou uma ferida na boca que n�o cicatriza. Em alguns casos s�o percebidos n�dulos no pesco�o pelo pr�prio paciente. Esse perfil de paciente, historicamente, demora a procurar atendimento pelo pr�prio desconhecimento do risco do surgimento do c�ncer ou mesmo por descuido. S�o tumores com grande chance de cura, a maior parte com tratamento cir�rgico, outros cur�veis apenas com radioterapia, e h� casos em que precisar�o tamb�m de quimioterapia. O tratamento envolve uma equipe multidisciplinar com cirurgi�o de cabe�a e pesco�o, oncologista cl�nico e r�dio-oncologista. O diagn�stico se d� atrav�s da anamnese e exame cl�nico. Quanto mais avan�ado o diagn�stico, mais penoso ser� o tratamento e mais dif�cil a reabilita��o do paciente ap�s o per�odo.
Outros profissionais s�o de extrema import�ncia na reabilita��o desses pacientes. O dentista, o fonoaudi�logo e o psic�logo fazem um trabalho em conjunto com os m�dicos que � essencial ao paciente com c�ncer de cabe�a e pesco�o. A reabilita��o � dif�cil, mas pode ser alcan�ada. A manuten��o dos h�bitos ruins tamb�m contribui para a n�o obten��o da cura. Alguns pacientes insistem no tabagismo, por exemplo, o que acaba por diminuir consideravelmente a efic�cia do tratamento. Se a causa � o cigarro, continuar fumando � extremamente prejudicial para o paciente. O temor pelo tratamento e os efeitos colaterais, e a possibilidade de sequelas permanentes s�o causas importantes para o paciente tamb�m n�o procurar atendimento m�dico. Mas, ressaltando, quanto mais cedo for diagnosticado, menor a chance de complica��es.
Em julho, a Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabe�a e Pesco�o, Regional Minas Gerais, promover� uma s�rie de eventos on-line abertos aos profissionais da �rea de sa�de e � popula��o em geral, principalmente aos pacientes e familiares, visando esclarecer as d�vidas sobre diagn�stico e tratamento das principais neoplasias de cabe�a e pesco�o. As aulas ser�o �s ter�as e quintas-feiras, �s 19h, e no s�bado (18), �s 16h. Pela rede social @sbccpmg � poss�vel acompanhar os eventos”.