
Para quem n�o sabe, al�m do Outubro Rosa que est� terminando – e que tratou da conscientiza��o do c�ncer de mama – hoje, 30 de outubro, � o Dia Nacional do Ginecologista e Obstetra. A data foi criada em 1959 e marca a funda��o da Federa��o Brasileira de Ginecologia e Obstetr�cia (Febrasco). Data em que toda mulher tem um nome certo de m�dico para comemorar, lembrar, cumprimentar, agradecer. Isso porque a ginecologia � uma das poucas especialidades m�dicas em que a paciente n�o precisa estar doente para agendar uma consulta, pois os exames ginecol�gicos devem ser realizados rotineiramente, com objetivo de preservar a sa�de da mulher.
“As avalia��es ginecol�gicas devem ser realizadas, no m�nimo, uma vez ao ano, a partir da primeira menstrua��o. Esse n�mero pode aumentar conforme a necessidade da paciente, altera��es nos exames de rotina ou em pacientes com fatores de risco para certas patologias ginecol�gicas”, afirma a m�dica Karina Tafner. Ela esclarece que, infelizmente, durante a pandemia, hospitais e institui��es de sa�de registraram queda de at� 75% nos exames de mamografia. O dado serve de alerta para as mulheres sobre o c�ncer de mama e a import�ncia da preven��o.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncol�gica (SBCO), sete em cada 10 cirurgias de c�ncer de mama deixaram de ser feitas nos primeiros meses de pandemia. Esse tipo de c�ncer representa 29% dos casos da doen�a registrados em mulheres. Segundo o Instituto Nacional de C�ncer (Inca), para este ano s�o estimados mais de 66 mil novos casos em todo o pa�s. De acordo com a especialista, independentemente da pandemia, o grande n�mero de mulheres que n�o realizam consultas e exames de rotina se deve, basicamente, � falta de informa��o sobre a necessidade da avalia��o ginecol�gica regular e sobre o impacto disso na sa�de da mulher.
De acordo com Karina, h� desinforma��o sobre a fun��o de exames laboratoriais e de imagem que s�o cruciais, como o Papanicolau (exame de citologia cervical realizado como preven��o ao c�ncer de colo do �tero) e a mamografia (exame de rastreio por imagem, que tem como finalidade estudar o tecido mam�rio, podendo detectar um n�dulo, mesmo que esse ainda n�o seja palp�vel).
“O dif�cil acesso ao atendimento m�dico p�blico, o n�mero escasso de servi�os que prestam aten��o ginecol�gica e a falta de equipamentos necess�rios tamb�m levam a uma menor taxa de mulheres que conseguem agendar uma consulta ginecol�gica e realizar os exames de rotina necess�rios, levando � desist�ncia da procura”, lamenta a ginecologista e obstetra. Al�m disso, Karina afirma que muitas mulheres s� procuram o especialista quando identificam problemas inc�modos, como presen�a de leucorreia (corrimento vaginal), altera��es menstruais e dores p�lvicas.
Confira algumas das principais d�vidas das mulheres, respondidas por Karina Tafner:
Quando agendar a primeira consulta?
Ap�s a primeira rela��o sexual, a mulher deve realizar a coleta de Papanicolau, no m�nimo uma vez ao ano, pois � o �nico exame capaz de prevenir o c�ncer de colo do �tero e suas les�es precursoras.
Com que frequ�ncia deve-se ir ao ginecologista?
O exame cl�nico ginecol�gico, incluindo a inspe��o vulvar, avalia��o especular, exame de toque vaginal e palpa��o mam�ria, deve ser realizado, no m�nimo, a cada ano.
Quando realizar a mamografia?
Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia, tem indica��o de ser realizada anualmente, a partir dos 40 anos, ou antes, caso haja fator de risco familiar para diagn�stico precoce do c�ncer de mama.
Quais outros exames s�o importantes?
Outros exames devem ser solicitados conforme o ginecologista julgue necess�rios, como ultrassom transvaginal, ultrassom das mamas, exames laboratoriais gerais, al�m de testes espec�ficos para detec��o do HPV, por exemplo, entre outros.