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Alerta: pandemia continuar� influenciando resultados oncol�gicos

Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncol�gica chama a aten��o para detec��o tardia de casos de c�ncer colorretal. Medo da COVID-19 impede rotina de preven��o


10/03/2021 04:00

 
Desculpe, leitor, uma vez mais usar minha experi�ncia de vida para servir de exemplo a exames que s�o considerados banais entre profissionais, mas atormentam quem deve se submeter a eles, como a colonoscopia, por exemplo. Por quest�es de sa�de, j� fiz esse tipo de exame n�o sei quantas vezes; pior mesmo – � brincadeira – � inje��o na veia. E esse tipo de exame � muito recomendado para quem se preocupa em cuidar da sa�de, ter acesso a diagn�sticos precoces como recomenda a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncol�gica  (SBCO). A orienta��o � que os pacientes oncol�gicos mantenham esse cuidado no tratamento e rotina de exames. Isso porque, em 2020, reduziu o n�mero de casos diagnosticados e aumentou a propor��o de pacientes com doen�a avan�ada e sem cobertura de sa�de no Brasil.

No momento em que o Brasil apresenta a maior m�dia m�vel de mortes di�rias por COVID-19 e S�o Paulo anuncia a entrada na fase vermelha por duas semanas, a SBCO alerta para a import�ncia de, respeitando as evid�ncias cient�ficas e recomenda��es de controle da pandemia, as pessoas manterem o cuidado com a sa�de referente a outras doen�as e, no caso especial do c�ncer colorretal, que os servi�os mantenham a rotina de realiza��o de exames de colonoscopia, primordial para retirar p�lipos (les�es pr�-malignas).

De acordo com o cirurgi�o oncol�gico Alexandre Ferreira Oliveira, presidente da SBCO, o objetivo � evitar que se repita o cen�rio observado em 2020, de casos n�o diagnosticados ou descobertos em fase mais avan�ada. Em um servi�o de S�o Paulo que � refer�ncia em oncologia na Am�rica Latina, houve redu��o de 46,3% dos novos casos diagnosticados de c�ncer colorretal entre mar�o e julho em compara��o com o mesmo per�odo de 2019. O n�mero de pacientes diagnosticados caiu de 108 no per�odo referente a 2019 para 58 em 2020.

O dado foi publicado na revista cient�fica Journal of Surgery, da Oxford Academic. O autor principal do estudo, Samuel Aguiar Junior, cirurgi�o oncol�gico e membro do Comit� de Cirurgia Minimamente Invasiva da SBCO, alerta que a pandemia continuar� influenciando os resultados oncol�gicos, como consequ�ncia de apresenta��o tardia da doen�a e dificuldade em fornecer investiga��o diagn�stica e tratamento neste momento em que os hospitais est�o sobrecarregados por conta da necessidade de cuidados com os pacientes com COVID-19.

Alexandre Ferreira Oliveira ressalta a import�ncia de intensificar o di�logo com a sociedade para que as pessoas, respeitando as diretrizes de distanciamento social, se mantenham atentas aos sinais do corpo e prossigam com a rotina de preven��o, diagn�stico e tratamento. “Servi�os de refer�ncia est�o estruturados para receber os pacientes com um fluxo seguro, reduzindo os riscos de contamina��o por COVID-19”, afirma.

O c�ncer colorretal (intestino grosso e reto) � o segundo tumor maligno, excluindo o c�ncer de pele n�o melanoma, mais comum em homens e mulheres, atr�s apenas, respectivamente, de c�ncer de pr�stata e mama. S�o 41 mil novos casos previstos para 2021, segundo o Instituto Nacional de C�ncer (Inca). Embora multifatorial, h� uma forte liga��o entre h�bitos alimentares e incid�ncia dessa doen�a. � um c�ncer que pode ser evitado com a realiza��o do exame de colonoscopia, exame que � recomendado a partir dos 50 anos ou a partir dos 40 anos, caso haja hist�rico de c�ncer na fam�lia.

Por ser uma avalia��o que exige seda��o em ambiente hospitalar, foi um procedimento impactado pela pandemia de COVID-19, com alguns servi�os com volume reduzido ou at� fechados. De acordo com o levantamento Seer, do National Cancer Institute, dos Estados Unidos, quando a doen�a est� restrita ao intestino grosso, as chances de cura superam os 90,2%. Por sua vez, quando h� met�stase, o percentual cai para 14,3%.

Para prevenir, recomenda-se a ado��o de uma dieta que contemple o consumo de frutas e hortali�as, assim como evitar o consumo de alimentos processados e de bebidas alco�licas, refrigerantes e outras bebidas a�ucaradas. Modera��o tamb�m � a palavra-chave em rela��o � carne vermelha e alimentos cal�ricos e/ou gordurosos. Os demais fatores de risco s�o sedentarismo, obesidade e tabagismo. A hereditariedade representa entre 5% a 10% dos casos, sendo a s�ndrome de Lynch a mais prevalente. H� tamb�m a polipose adenomatosa familiar, que � quando os pacientes apresentam um maior n�mero de p�lipos, devendo ser submetidos mais frequentemente � colonoscopia.

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