Apesar das grandes inova��es tecnol�gicas, uma t�cnica para rejuvenescer a pele nunca sai de cena: o peeling. “Essa forma de tratamento deve ser realizada por indica��o m�dica e consiste na aplica��o t�pica de subst�ncias capazes de remover a epiderme ou at� mesmo chegar � derme profunda. Isto depende do tipo de subst�ncia utilizada, sua concentra��o e a regi�o a ser tratada”, explica a m�dica Roberta Padovan, m�dica p�s-graduada em dermatologia e medicina est�tica.
Com o procedimento, h� uma renova��o da estrutura cut�nea, com consequente prolifera��o de queratin�citos, fibroblastos e novos vasos na �rea tratada. “O peeling � usado sempre com o intuito de reparar e tratar uma altera��o inest�tica, promovendo elasticidade, firmeza, melhora da textura, da colora��o e das linhas de express�o”, acrescenta a dermatologista.
Com rela��o �s subst�ncias, � poss�vel utilizar os �cidos retinoico, tricloroac�tico, glic�lico, salic�lico, m�lico, mand�lico, l�tico, k�jico em associa��es para promover benef�cios sobre a estrutura da pele. “Essas subst�ncias s�o usadas apenas no consult�rio m�dico. Os peelings qu�micos mais superficiais apresentam menos complica��es, pois atuam apenas na epiderme e promovem descama��o mais superficial com menor tempo de recupera��o e podem ser utilizados em peles claras e morenas, melhorando a textura, poros, manchas superficiais, cicatrizes de acne superficiais e controlando o melasma epid�rmico”, explica Roberta.
De acordo com a m�dica, todo e qualquer peeling qu�mico deve ser precedido de preparo, principalmente os mais profundos e de intensidade m�dia. “Se os �cidos com efeito peeling forem utilizados em casa, associados ou n�o a clareadores, com orienta��o m�dica, n�o podemos deixar de lembrar da forte fotoprote��o diariamente, al�m da hidrata��o com a finalidade de evitar manchas e hipercromias, promover cicatriza��o mais r�pida e reparo tecidual”, recomenda.
Com rela��o � esfolia��o, ela diz que essa t�cnica � muito superficial e ocorre pelo uso de ativos com a��o queratol�tica removendo apenas o estrato c�rneo e epiderme superficial sem agredir as camadas mais profundas. “A esfolia��o traz pequena melhora para os poros e a textura, deixando a pele mais homog�nea, luminosa e receptiva para os cremes de tratamento”, conta a m�dica.
Tamb�m em casa, o uso de �cidos esfoliantes pode trazer benef�cios para diversos tratamentos. Os AHAs (alfa-hidroxi�cidos), por exemplo, s�o geralmente de origem natural, feitos de a��car, leite e frutas e variam em tamanho molecular. “Quanto menor a mol�cula, maior sua penetra��o na pele. O �cido glic�lico � o menor de todos os AHAs, por isso penetra mais profundamente na pele e oferece os melhores resultados quando se trata de antienvelhecimento, a��o esfoliante e a��o coadjuvante para conter a pigmenta��o”, detalha o dermatologista Daniel Cassiano.
Mas tamb�m pode causar irrita��o, por isso os tipos de pele sens�veis devem us�-lo com modera��o. “Os �cidos l�ctico e m�lico s�o mol�culas maiores, por isso s�o mais suaves e tamb�m ajudam a hidratar a pele seca. Enquanto o �cido c�trico tem um efeito antioxidante na pele e ajuda a construir o col�geno tamb�m. O �cido mand�lico � o menos irritante. Ao contr�rio de outros AHAs, � atra�do pelo �leo, por isso esfolia e dissolve o ac�mulo de �leos, bact�rias e c�lulas da pele nos poros”, explica Daniel. “Tamb�m � antibacteriano e antimicrobiano, por isso � bom para quem sofre de ros�cea”, acrescenta.
No caso de pacientes com pele mais morena, sens�vel ou que est� em per�odo ou fase da vida onde h� contraindica��o, Roberta diz que � necess�rio recorrer �s f�rmulas domiciliares � base de vitamina A e seus derivados, alfa ou beta ou poli-hidroxi�cidos, �cido azelaico, associados a clareadores. “Al�m disso, podemos alternar com cremes calmantes, nutritivos e anti-inflamat�rios, com pept�deos e extratos naturais de plantas com a��o multifuncional, al�m de vitaminas antioxidantes”, afirma a m�dica.
Por fim, a especialista explica que os peelings m�dios e profundos devem ser realizados no inverno, pois atingem a derme papilar e reticular e s�o contraindicados em peles morenas, com tend�ncia a cicatrizes hipertr�ficas, pacientes com ros�cea ou hipersensibilidade reacional, durante a gravidez ou lacta��o, durante a vig�ncia de infec��es ou altera��es hormonais para evitar complica��es como manchas (hipercromia) p�s-inflamat�rias, surgimento de manchas brancas, infec��o herp�tica ou por bact�rias.