
H� muitos anos, fiz uma pequena cirurgia pl�stica removendo com sucesso as p�lpebras ca�das. Agora, no olho direito, tenho uma impress�o constante de que tenho alguma coisa a mais dentro, e o superoculista Fernando Trindade me explica que para corrigir o problema basta um pequeno retoque cir�rgico na p�lpebra inferior. Um nada, diz ele.Mas vou levando, porque incomoda alguma coisa, mas n�o d�i. E como n�o tenho usado nada al�m de uma leve camada de creme durante esse tempo de pandemia, e o problema n�o � vis�vel, � melhor n�o mexer. Se bem que essa �rea do rosto seja uma das mais evidentes para as mulheres por causa da maquilagem.
S� que, com o passar do tempo, e por causa da pele fina da regi�o, n�o d� para disfar�ar a flacidez que se forma. Ent�o, em alguns casos, j� d� para notar n�o s� a flacidez, mas as consequentes bolsas, que se formam abaixo dos olhos e tamb�m pela reten��o de l�quidos e ac�mulo de gordura na regi�o. Normalmente, elas s�o provocadas por causas gen�ticas e, em alguns casos, podem ficar mais aparentes ap�s problemas emocionais ou uma noite de sono maldormido, por causa da reten��o de l�quidos ou devido � flacidez e envelhecimento da pele.
Hoje, h� in�meros m�todos que prometem eliminar essas bolsas, como procedimentos est�ticos, laser fracionado ou luz pulsada. Por�m, para casos mais graves, o mais indicado � a remo��o completa com cirurgia pl�stica. O problema pode ser resolvido com a consulta a um cirurgi�o pl�stico. O procedimento – conhecido como blefaroplastia – corrige essas altera��es das p�lpebras ao retirar o excesso de pele e reduzir as bolsas de gordura, tornando a pele do local mais plana e lisa, restabelecendo, assim, um aspecto facial mais alegre e descansado.
N�o existe uma idade ideal para a cirurgia, pois a necessidade � determinada pela presen�a do defeito a ser corrigido e geralmente ocorre ap�s a terceira d�cada de vida. Ap�s o procedimento, as cicatrizes n�o ficam t�o vis�veis e tendem a ficar disfar�adas nos sulcos da pele. Portanto, � necess�rio aguardar um per�odo de matura��o da cicatriz, que pode ser disfar�ada com uma maquiagem leve desde os primeiros dias. Pela extens�o da cirurgia e boa qualidade dos anest�sicos, a maioria dos casos � operada sob anestesia local (em alguns casos, com uma seda��o pr�via).
Geralmente, esse procedimento n�o apresenta dor e o incha�o dos olhos, mas varia de paciente para paciente. Existem aqueles que j� no quarto ou quinto dia apresentam-se com um aspecto bastante natural. Outros, v�o atingir esse resultado ap�s o oitavo dia. Mesmo assim, os tr�s primeiros dias do p�s-operat�rio s�o aqueles em que existe maior incha�o das p�lpebras. O uso de �culos escuros poder� ser �til nessa fase, assim como a aplica��o de compressas frias diminui a intensidade do edema. Somente ap�s o terceiro m�s � que se pode dizer que o edema residual � discreto.
Para fazer a cirurgia, o m�dico delimita o local em que ser� feita, que pode ser na p�lpebra superior, inferior ou nas duas. Em seguida, faz cortes nas �reas delimitadas e retira o excesso de pele, gordura e m�sculo e costura a pele, sendo esse procedimento conhecido como blefaroplastia cl�ssica. Depois, o m�dico aplica steri-strips sobre a sutura, que s�o pontos que se colam na pele e n�o causam dor. A cicatriz da blefaroplastia cl�ssica � simples e fina, sendo facilmente escondida nas dobras da pele ou sob os c�lios, n�o ficando vis�- vel.
No caso das pessoas mais jovens, em que n�o h� excesso de pele, pode ser realizada a cirurgia transconjuntival, em que � feito um corte na conjuntiva da p�lpebra inferior, de forma que n�o deixa cicatriz vis�vel para retirar o excesso de gordura no local. No caso de excesso de pele, � recomendada a realiza��o da blefaroplastia cl�ssica.
A blefaroplastia � uma cirurgia segura e associada a baixo risco de complica��es. No entanto, � comum que a pessoa fique com o rosto inchado, que geralmente desaparece ap�s oito dias da cirurgia. Al�m disso, � poss�vel que exista coceira intensa, incha�o da p�lpebra e olho redondo, que acontece caso se retire pele em excesso da p�lpebra inferior.
Para as complicadas da vida, fiz a cirurgia na sexta-feira e na segunda j� estava normalmente no trabalho, sem nenhuma complica��o.
