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Estado de Minas ANNA MARINA

Cuidado contra o HPV pode come�ar aos 9 anos

Vacina��o contra o papilomav�rus humano contribuiu para reduzir significativamente o risco de c�ncer de colo de �tero


26/10/2023 04:00 - atualizado 25/10/2023 21:04
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Miss Uruguai 2015, Sherika de Armas
Miss Uruguai em 2015, Sherika de Armas morreu no �ltimo 16 de outubro, aos 26 anos, v�tima de c�ncer de colo de �tero (foto: INTERNET/REPRODU��O)

No �ltimo 16 de outubro, a Miss Uruguai em 2015, Sherika de Armas, morreu aos 26 anos de c�ncer de colo de �tero. Uma doen�a que tem como ser evitada por meio da vacina��o.Segundo a Organiza��o Pan-Americana da Sa�de (OPAS), o c�ncer do colo do �tero � a principal causa de morte entre mulheres na Am�rica Latina e no Caribe, sendo respons�vel por aproximadamente 28 mil �bitos anuais altamente evit�veis na regi�o. No entanto, apesar de essa neoplasia ser a mais comumente relacionada ao HPV, a infec��o pelo papilomav�rus humano � fator de risco para outros tumores, inclusive em homens, como o c�ncer anal.

As taxas de mortalidade tr�s vezes mais altas na Am�rica Latina e no Caribe do que na Am�rica do Norte destacam as desigualdades existentes em termos de renda, g�nero e acesso aos servi�os de sa�de na regi�o. Se as tend�ncias atuais continuarem, estima-se que as mortes por c�ncer do colo do �tero nas Am�ricas aumentar�o para mais de 51,5 mil em 2030 devido ao crescimento da popula��o e aos ganhos na expectativa de vida.

Anualmente, cerca de 30 mil brasileiros s�o diagnosticados com algum tipo de tumor que afeta o sistema reprodutor, como o c�ncer de colo de �tero, vulva, vagina, canal anal, p�nis, al�m de boca e garganta. O rastreamento de les�es pr�-cancerosas em mulheres, seguido de tratamento, � uma interven��o custo efetiva para prevenir o c�ncer de colo do �tero.

A vacina��o contra o papilomav�rus humano (HPV) pode reduzir significativamente o risco deste tipo de c�ncer. A OPAS recomenda vacinar meninas de 9 a 14 anos, quando � mais eficaz. As vacinas contra o HPV est�o dispon�veis em 35 pa�ses e territ�rios das Am�ricas, mas as taxas de cobertura com as duas doses ainda n�o chegam a 80% das meninas. Junto � vacina��o contra o HPV, o rastreamento e o tratamento de les�es de forma precoce podem prevenir novos casos e mortes. Se detectado precocemente, o c�ncer do colo do �tero pode ser tratado e curado. Sem tratamento, este tipo de c�ncer � quase sempre fatal.

Para quem n�o conhece, o HPV (papilomav�rus humano) � respons�vel pela doen�a sexualmente transmiss�vel (DST) mais frequente do planeta, que se manifesta atrav�s de verrugas nos genitais e outras �reas do corpo e est� relacionado a doen�as pr�-cancer�genas. Pertence a uma ampla fam�lia de v�rus diferentes que podem infectar a pele dos �rg�os genitais. Quase todos os tipos foram muito bem estudados e hoje sabemos que o grupo de HPV que causa les�o pr�-cancer�gena ou cancer�gena (chamado grupo de alto risco oncog�nico) n�o � o mesmo que geralmente causa as verrugas genitais (chamado de grupo de baixo risco oncog�nico).

Entre 90% a 95% dos casos, as verrugas genitais s�o causadas por HPV do grupo de baixo risco. O HPV � um v�rus de DNA, j� descritos mais de 200 tipos, agrupados pelo potencial oncog�nico. Aproximadamente 45 tipos infectam o epit�lio do trato anogenital masculino e feminino e podem ser classificados como de baixo risco (tipos 6, 11, 42, 43 e 44) e de alto risco (tipos 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 46, 51, 52, 56,58, 59 e 68).

� atribu�do potencial oncog�nico para alguns tipos de c�nceres de colo de �tero (carcinoma espinocelular), vulva e vagina, p�nis, �nus, laringe, faringe e cavidade oral. Sabemos que os homens contribuem para a infec��o nas mulheres e estima-se que mais de 70% dos parceiros de mulheres com infec��o cervical por HPV s�o portadores do DNA deste v�rus.

Existem alguns fatores envolvidos no risco de infec��o: comportamento sexual de risco, in�cio precoce da vida sexual, n�mero de parceiros sexuais, higiene genital inadequada, altera��es da imunidade celular, aus�ncia da circuncis�o masculina, tabagismo e presen�a de outras DSTs. Ocorre em aproximadamente 75% da popula��o sexualmente ativa exposta ao v�rus. Os pa�ses do Mercosul, incluindo o Brasil, n�o publicam seus dados estat�sticos sobre DST, mas sabemos que as maiores preval�ncias pelo mundo s�o observadas na �frica, M�xico e Am�rica Central.

A infec��o decorre principalmente do contato sexual sem prote��o, que permite, por meio de microabras�es, a penetra��o do v�rus na camada profunda do tecido epitelial. Entretanto pode ocorrer pelo contato direto ou indireto com as les�es em outras partes do corpo. Ainda � descrita a transmiss�o vertical durante a gesta��o ou no momento do parto.

A maior parte das infec��es por HPV se manifesta de uma forma benigna e geralmente subcl�nica. Pode ainda se manifestar clinicamente como les�es tipo “couve-flor”, popularmente conhecida como “crista de galo”, em qualquer parte do genital masculino e regi�o perianal, podendo ocorrer ainda na boca, sendo imprescind�vel a avalia��o de todos os locais do corpo.

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