Nome 'esquecido' em pedido presidencial

O presidente Jair Bolsonaro relatou ontem que, mesmo sem ter resolvido os atritos existentes entre eles, leia-se Rodrigo Maia (DEM-RJ), que “conversou com o presidente da C�mara dos Deputados para tratar das reformas administrativas e tribut�rias”. As declara��es foram dadas no discurso que ele ressaltou em evento ontem com empres�rios, em Miami, nos Estados Unidos.

Ser� que foram conselhos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o bilion�rio comandante norte-americano? De economia, certamente Trump entende, n�o � pouco n�o. E olha que a conversa do norte-americano com Bolsonaro foi na casa de veraneio do presidente em Mar-a-Lago, na Fl�rida, que � chique.

O certo � que, sobre a Venezuela, Bolsonaro e Trump trataram foi do apoio que ambos deram ao l�der oposicionista Juan Guaid�. Vale ressaltar que oficialmente, isso mesmo, por meio de uma nota conjunta, divulgada e assinada por ambos. Isso mesmo, para ficar bem claro quem eles preferem para cuidar dos venezuelanos. A ditadura por l� fala por si.

Melhor voltar ao presidente da C�mara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ): “A postura do governo � comandar o processo, a postura do Parlamento, como sempre, vai ser colaborativa e construir com o governo as solu��es que possam minimizar o baixo crescimento que o Brasil j� vinha tendo nos �ltimos meses e somado a isso a crise internacional”.

Tem mais: “Acho que o governo precisa comandar esse processo, deixar claro para todos os atores da sociedade, para os outros dois Poderes, o que ele pensa sobre a crise e a forma que a gente pode ajudar”. Tem mais de Rodrigo Maia: “A tribut�ria est� andando. Acho que o governo nessa, mesmo com seu longo atraso, n�o vai ter grande preju�zo pra gente conseguir avan�ar”.

Percebeu o detalhe? N�o citou Bolsonaro. O hist�rico de Maia com o presidente Bolsonaro � autoexplicativo, diante de trocas com tantas farpas. Se at� Eduardo Bolsonaro, um dos filhos, foi tratado como “repugnante”, melhor deixar para l�.

Mudou depois um pouquinho o relacionamento de Maia e o presidente, mas, pelo jeito, s� pouquinho mesmo. Quem relatou foi o pr�prio presidente da Rep�blica, Jair Bolsonaro. Melhor ele pr�prio explicar:  “Conversei ontem rapidamente com o presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e ele falou que, apesar de alguns atritos, o que � muito normal na pol�tica, a C�mara far� a sua parte na busca da melhor reforma administrativa e da melhor reforma tribut�ria”.

Sendo assim, vale seguir a sugest�o e encerrar bem rapidamente por hoje. Uma boa semana a todos.

“Estamos come�ando a trabalhar na semana que entra porque at� aqui estivemos ocupados, com enormes dificuldades de toda uma fac��o que quer ocupar esse lugar, quer que eu me demita, que eu me perca. J� tem uma hashtag #ForaRegina e eu nem comecei”, disparou a secret�ria Regina Duarte. Foi em entrevista ao Fant�stico, a primeira depois de assumir o cargo e n�o sem antes relutar durante um bom tempo. E se tem no meio o guru bolsonarista Olavo de Carvalho, aquele que ignora Arist�teles, o melhor � deixar para l�.

Ex-delegada e atual presidente da Comiss�o de Combate � Viol�ncia Dom�stica e Familiar da Ordem dos Advogados do Brasil (DF), Selma Carmona, ensina os passos a serem seguidos pelas v�timas: em caso de flagrante delito, ligar para o 190 (Pol�cia Militar) e 197 (Pol�cia Civil). E, mesmo sem flagrante, ela ensina ainda que a den�ncia pode ser feita por meio das delegacias da Mulher (Deam) e da Crian�a e do Adolescente (DPCA), al�m do Ligue 180 (Central de Atendimento � Mulher) e do 197 (Pol�cia Civil). O Brasil � o quinto pa�s com mais feminic�dios no mundo.

“Vamos mandar essa semana ainda a reforma administrativa, ou assim que o presidente chegar l� de fora. Vamos trabalhar. Vamos transformar essa crise em crescimento. Vamos transformar essa crise em empregos”, disse ontem de manh� o ministro da Economia, Paulo Guedes, na chegada ao Minist�rio da Economia. Acrescentou ainda que, “enquanto o mundo desce, o Brasil vai come�ar a reacelera��o do crescimento”. Nos dicion�rios, o verbo reacelerar n�o existe, viu Guedes?

“Querem recursos? Descarimbem os recursos, pois 96% dos recursos s�o carimbados”, ou seja, s�o gastos obrigat�rios. “Vamos assumir os or�amentos p�blicos. A classe pol�tica est� convidada a assumir os or�amentos p�blicos. N�o � brigar por causa de R$ 10 bilh�es, R$ 15 bilh�es n�o. Tem um trilh�o e meio carimbado. Agora assumam a responsabilidade: aprovem as reformas, desvinculem os fundos p�blicos, desobriguem as despesas”. Ah! Descarimbar tamb�m n�o existe, viu Guedes de novo?

O senador Chico Rodrigues (DEM-RR) defendeu, da tribuna, ontem, a escolha da atriz Regina Duarte para a Secretaria Especial da Cultura. Destacou que Regina Duarte se prop�e a trazer pacifica��o, di�logo e coopera��o para o setor cultural, pedindo o apoio da popula��o para implantar “um modelo que promova a participa��o de todos, gere riqueza, empregos e alegria”. E tratou como economia criativa, afirmando que a arte � uma importante fonte de gera��o de riquezas e de gera��o de empregos diretos e indiretos. E deu n�meros: essa ind�stria gera, em todo o mundo, aproximadamente US$ 2,3 trilh�es, pr�ximo a 3% do PIB mundial.

Em tempo, sobre a nota Feminic�dios. Os dados s�o do ano passado, o registro mais atual, pelo jeito. E � isso mesmo, s� em 2018 foram registrados 1.206 casos no Brasil de feminic�dio, segundo o Anu�rio Brasileiro de Seguran�a P�blica. E acrescenta que, em 2017, foram 1.151 casos.

Mais um, o senador Marcos Rog�rio (DEM-RO) tamb�m defendeu “o papel da fam�lia, da educa��o e at� mesmo de institui��es como a igreja no papel de preparar as crian�as, ainda na primeira inf�ncia, para um olhar de mais respeito � mulher e de compaix�o e paz”.

O senador Pl�nio Val�rio (PSDB-AM) alertou que enquanto perdurar essa tens�o pol�tica, institucional, que, repito, � inteiramente artificial, nenhum investidor vai ter seguran�a para agir, para trazer dinheiro para c�.

E tem mais: “cabe ao Poder Executivo, e s� a ele, deixar-se ajudar em vez de, � claro, de apostar na discord�ncia e na cr�tica institucional. O governo brasileiro tem que nos ajudar a ajud�-lo”. Percebeu o detalhe?

Em nenhum momento Pl�nio Val�rio citou nominalmente o presidente Jair Bolsonaro. Se � assim, j� que citei, o melhor a fazer � encerrar mesmo por hoje.