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Estado de Minas Rasgando o verbo

A vida � uma piscina

As met�foras criam desenhos na nossa mente, a fim de que possamos assimilar melhor as ideias.


07/09/2020 04:00 - atualizado 06/09/2020 23:19

A vida � uma piscina. Ouvi essa met�fora um dia e nunca mais a esqueci. Ali�s, voc� sabe a defini��o de met�fora? Essa figura de linguagem ocorre toda vez que fazemos compara��es sem articuladores. Ou seja, se eu disser que a vida � como uma piscina, n�o terei met�fora nenhuma, pois o articulador “como” estar� presente. Todavia, se ocorrer a retirada deste, bingo! Terei uma met�fora. 

Voltando � vaca fria, estamos todos nessa piscina, mas nadamos de formas distintas. Comecemos, pois, com os que nadam crawl. Estes, definitivamente, s�o os indiv�duos met�dicos, disciplinados e previs�veis, talvez os funcion�rios p�blicos. Mais arrojada, a turma daqueles que nadam peito est� repleta de indiv�duos audazes, como investidores e empreendedores. E os divertid�ssimos amantes do nado borboleta? A vida com eles � pura alegria! Detentores de um bom humor inabal�vel, chegam a ser irritantes. 

Se voc� n�o curte solid�o, junte-se aos componentes do nado sincronizado. Eles adoram viver em grupo e nunca foram ao cinema sozinhos. Para essa galera, o importante � ter companhia, ainda que enfadonha. Mas interessante mesmo � a turma do nado de costas, que pouco se importa com a vida alheia e faz tudo como deseja. Esses nadadores possuem fama de ego�stas, mas, na realidade, s�o questionadores. Parecem nadar contra a mar�, todavia apenas almejam encontrar o pr�prio caminho.

H� tamb�m os que simplesmente n�o nadam. Encostados na beira da piscina, observam o nado dos outros e fofocam, blasfemam, enchem o saco. Coitados... N�o conseguiram criar uma vida para si. Ah! Sabe aquelas pessoas que sempre metem os p�s pelas m�os?  Pois �. S�o os praticantes do nado cachorrinho. O pior � que eles nem sabem o que est�o fazendo na piscina. Ansiosos, mal saem do lugar: tentam emplacar v�rios neg�cios, mas, por falta de estrat�gia, nunca alcan�am �xito. Existem, ainda, os que n�o nadam, mas boiam. Estes vivem � custa dos outros, deixando a vida os levar. S�o mansos. E os mergulhadores? Profundos, costumam enveredar para a poesia, a m�sica, a arte. Geniais, mas um tanto quanto deprimidos. Falando em mergulho, lembrei-me dos que simplesmente se afogam. O que discorrer sobre eles? Apenas que tentaram, mas em v�o. 

Eis a fun��o da met�fora: criar desenhos na nossa mente, a fim de que possamos assimilar  conceitos, afirma��es, ideias. Seria mais pr�tico simplesmente escrever “Respeite as pessoas”. Mas, na condi��o de amante das figuras de linguagens, prefiro reiterar que, inexoravelmente, a vida � uma piscina.

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