O Dia do professor e a li��o que o Jap�o nos oferece

“Ensinar � o maior ato de otimismo.”

Viva! Amanh� � Dia do professor. D. Pedro II reverenciou o mestre com esta cita��o: “Se eu n�o fosse imperador, desejaria ser professor. N�o conhe�o miss�o maior e mais nobre que a de dirigir as intelig�ncias juvenis e preparar os homens do futuro.”

Dizem que, no Jap�o, o �nico profissional que n�o precisa se curvar diante do imperador � o professor. A raz�o: numa terra onde n�o h� professor, n�o pode haver imperador. Verdade? N�o. Naquele pa�s cheio de rituais, todos se curvam diante do imperador. Mas o �nico diante do qual Sua Majestade faz leve rever�ncia � o mestre.

O professor ensina. O aluno aprende. Certo? Em parte. Volta e meia, os pap�is se invertem. Com a mo�ada pra l� de informada, mestres se atualizam com garotos e garotas que adoram dividir conhecimentos. Basta ter humildade e curtir. De quebra, lembrar a reg�ncia do verbo que enriquece uns e outros.

No sentido de dar instru��o, a gente ensina alguma coisa a algu�m: O professor ensinou a conjuga��o verbal ao aluno. Jo�o ensina os truques da inform�tica ao irm�ozinho Rafael. A leitura ensina as belas li��es a adultos e crian�as.

Quer substituir os complementos pelo pronome �tono? Fique esperto. O alguma coisa � objeto direto. Pede o pronome o ou a. O algu�m � objeto indireto. Exige o lhe. Assim:

O professor ensinou a li��o ao aluno. O professor a ensinou ao aluno. O professor lhe ensinou a li��o.

Jo�o ensina os truques da inform�tica a Rafael. Jo�o os ensina a Rafael. Jo�o lhe ensina os truques da inform�tica.

A leitura ensina as belas li��es a adultos e crian�as. A leitura as ensina a adultos e crian�as. A leitura lhes ensina as belas li��es.

“N�o posso ensinar nada a ningu�m. Eu s� posso faz�-los pensar.” (S�crates)

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 “Educa��o gera confian�a. Confian�a gera esperan�a. Esperan�a gera paz.” (Conf�cio)

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“N�o h� mestre que n�o possa ser aluno.” (Baltasar Graci�n)

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 “Se voc� est� planejando por um ano, semeie arroz. Se voc� est� planejando por uma d�cada, plante �rvores. Se voc� est� planejando para toda a vida, eduque as pessoas.” (Prov�rbio chin�s)

A palavra escola nasceu na Gr�cia. L�, escrevia-se schol�. Depois, atravessou fronteiras. Passou pro latim. Virou schola. Da� pra frente, ningu�m mais segurou a mocinha. Ela figura em muitas l�nguas. Uma delas � a nossa. O significado de escola?

� o lugar onde a gente estuda. L� se aprende portugu�s, matem�tica, hist�ria, geografia, ci�ncias, ingl�s. Tamb�m se vai � biblioteca e aos laborat�rios. Ou se gasta uma hora fazendo educa��o f�sica para ficar com o corpinho bem sarado.

Na origem, escola tinha outra acep��o. Queria dizer descanso, pernas pro ar. Sabe por qu�? Antigamente crian�as trabalhavam — e muito. S� estudava quem n�o era obrigado a ganhar o p�o com o suor do pr�prio rosto. Estudar, ent�o, era o contr�rio de trabalhar. Onde se estudava? No lugar de descanso — a escola.

Li esta frase: “Leo reprovou duas vezes em hist�ria”. Est� certa?

No caso, Leo n�o pratica a a��o de reprovar. Sofre-a. Em vez de agente, ser� paciente da a��o. Compare: O professor (agente) reprovou o aluno (paciente). O aluno (paciente) foi reprovado pelo professor (agente).

Reparou? Na voz ativa ou passiva, o rei mant�m a majestade. Em bom portugu�s: o professor reprova. O aluno � reprovado.