BQ.1, a nova variante da COVID-19

Erickson Gontijo

O ano j� est� quase acabando, o presidente j� vai mudar e a COVID n�o d� paz. Nas �ltimas semanas, observamos um aumento de casos da doen�a e conhecemos uma nova variante identificada: a BQ.1. Embora ela se mostre mais resistente � defesa vacinal, ainda � poss�vel notar que os casos graves em pessoas vacinadas de maneira adequada s�o m�nimos.

O que eu vou falar aqui j� foi dito tantas e tantas vezes por mim e por outros colegas que j� virou clich�: pessoas n�o vacinadas ou com a vacina��o incompleta s�o os mais afetados pela nova (e pelas antigas) variante. E sabe o que isso quer dizer? Grande parte desses problemas poderiam ser evitados se todos estivessem com a vacina��o em dia.

Os estudiosos est�o tratando o momento tripledemia. H� um aumento de casos n�o somente de COVID-19, como tamb�m de influenza A - a gripe - e do de v�rus sincicial respirat�rio, um dos grandes respons�veis por infec��es em beb�s, causando bronquiolite e pneumonia. O que podemos observar bastante nesse momento s�o as unidades pedi�tricas do pa�s lotadas. Beb�s doentes geralmente causam familiares doentes e a� o caos est� instaurado.

Mas doutor, o que mais podemos fazer?

1. Por mais que muitas vezes a vacina n�o impe�a a contamina��o, ela diminuiu e muito o quadro grave de doen�as.

2. Etiqueta respirat�ria. Al�m das m�scaras, devemos evitar estar em locais fechados, evitar transitar quando estiver doente e se tossir levar o bra�o para proteger.

3. Ficar atento aos sintomas como febre, tosse, dificuldade de respirar, fadiga, dor no corpo, dor de cabe�a, perda de olfato ou paladar, dor de garganta, nariz entupido, n�usea, v�mito e diarreia.

Na maioria das vezes, ser� realmente um quadro gripal leve, por�m n�o custa ficarmos atentos, afinal j� estamos mais que treinados com pandemia, n�o � mesmo?

No caso das crian�as, � necess�rio lembrar que n�o � preciso levar at� o pronto socorro aos primeiros sinais de doen�as, pois muitas delas s�o auto-limitantes e ir�o se resolver sozinhas.

Febre at� 72 horas n�o � necess�rio avalia��o em pronto socorro. Diarr�ia que causa l�bios e l�ngua seca devem ser avaliados em hospital por conta do risco de desidrata��o. Alergias e sinais de gravidade, como tosse, chiado e outros sintomas que chamem aten��o dos familiares, devem ser avaliados em hospital. Dificuldade para respirar e tamb�m acidentes como quedas, cortes e perda de consci�ncia s�o mais alguns dos exemplos que demandam avalia��o m�dica.

Ap�s essa breve explica��o, conseguiremos manter o ambiente hospitalar adequado �queles que mais necessitam. Parece um #tbt, mas infelizmente n�o �: usem m�scaras em locais fechados, fa�am a higiene correta das m�os e evitem contato com pessoas com sintomas (mesmo que o teste seja negativo).