Acordei, lavei as m�os.
N�o tenho �lcool em gel em casa, embora tenhamos criado a linha inteira da Araujo – a Mi�.
Como pouco pela manh� – caf�, ovos (vegetariano, n�?).
Banho, hora de ir trabalhar.
Meio desanimado.
Checo WhatsApp, coronavaaaiiruuuus por toda parte.
Viagem pro Rio, adiada.
Viagem pro Canad�, cancelada.
Reuni�o presencial em SP, no fim de semana, por Skype.
Separo um livro para a noite, e isso me faz viajar igual.
Qual voc� est� lendo?
Me sinto contagioso e contagiado.
Tossi, ser� que estou?
Putz, espirrei!
Pare com isso, Gustavo, e vai pro banho.
J� atrasado, coloco uma m�sica animada pra cantar no chuveiro. Voc� canta?
Pronto, j� posso ir.
Resolvemos manter o escrit�rio funcionando, com as medidas de seguran�a redobradas.
A rua bem vazia, parece p�s-guerra.
Lembro-me da guerra das �guas que tivemos meses atr�s.
Chego na Greco, equipe agitada. Ufa, sinal de que est� tudo bem por aqui.
Opa! Antes de entrar na sala, lavar as m�os. De novo.
N�o lavo minhas m�os nunca (no sentido metaf�rico).
Hora de ir pra nata��o. Hum, ser�? N�o. Pratico yoga, em casa, � noite.
Mensagem diferente apita: um convite pra jantar.
Meto a cara no trabalho, pra ver se passa. Quem nunca?
Mais v�rus no WhatsApp.
De repente, o convite pra te escrever uma carta.
Que demais! Como uma coisa simples muda tudo.
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Lembro-me do imponder�vel. Que tanto amo e respeito.
N�o adianta planejar. Algo vem e muda tudo.
Penso que agora somos todos um s�.
O mundo inteiro passando pela mesma coisa.
Nunca havia vivido isso antes.
E penso no tempo presente.
Em tudo aquilo que desejo cultivar.
Em tudo aquilo que desejo que se v� como um espirro.