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Estado de Minas COLUNA HIT

'Di�rio da quarentena' chega hoje � sua 60� edi��o

O colunista Helv�cio Carlos revela os bastidores de seu trabalho em casa e do processo de sele��o dos colaboradores. S�rie conta com o talento dos ilustradores Quinho e Lelis


postado em 16/05/2020 04:00

Minha mesa mudou. O tamanho, acredito, deve ser o mesmo daquela que ficou no pr�dio da Reda��o, na Get�lio Vargas. Os badulaques s�o diferentes, em menor quantidade, mas est�o aqui. Uma caixa com dezenas de canetas, uma agenda, um caderno e um porta-l�pis. A bagun�a de pap�is � quase a mesma da bancada da reda��o. Mas que fique claro: bagun�a organizada. Pap�is avulsos na gaveta e dois blocos, que vieram comigo da reda��o para o home office, s�o essenciais para n�o me perder entre os mais de
60 nomes que contribu�ram, at� agora, com o Di�rio da quarentena.

Foi Gustavo Greco quem sugeriu, logo depois de aceitar o convite para escrever um texto, que as p�ginas do Di�rio ganhassem vers�o em v�deo nas redes sociais. Achei superlegal dar “voz” aos textos, topei na hora. S� que a execu��o da ideia n�o seria t�o simples. O charme da brincadeira � dar o texto de um para o outro gravar. Este, por sua vez, seria o pr�ximo a relatar suas pr�prias hist�rias de isolamento social. Para que nada saia da ordem, � necess�rio coordenar com muita aten��o. At� fa�o tabelas no computador, mas � no papel, no rabisco do l�pis, que elas funcionam melhor. �s vezes, parece que estou convivendo com uma multid�o, o que n�o � nada ruim nestes tempos de isolamento social.

O Di�rio da quarentena nasceu num estalar de dedos, durante a reuni�o com a editora deste caderno, Silvana Arantes. No meu �ltimo encontro com a equipe do EM*Cultura, a sensa��o era de despedida. Muito estranho. Fiz o primeiro texto e decidi: dali em diante, convidaria pessoas das mais variadas �reas. Jamais imaginei que a mudan�a radical causada pelo coronav�rus levaria, de certa forma, a agita��o da Reda��o para onde agora est� meu escrit�rio, na casa de minha m�e, em Sete Lagoas.

Em frente ao computador, ligo o WhatsApp, recebo as cobran�as da colega �ngela Faria (uma  editoria sem ela n�o tem a menor gra�a) e come�o a procura por colaboradores, meus autores favoritos. O contato com a maioria deles se d� rapidamente, mas quando fechamos o cap�tulo, a saudade bate forte. Seguimos. Eu, sozinho em busca de novos autores e suas hist�rias. Cada um em seu isolamento, continuamos separados por um v�rus e, loucura das loucuras, unidos neste mundo virtual.

Quero meus beijos e abra�os. Quero que nossas vidas voltem a ter a mesma cor e a beleza das ilustra��es do Di�rio, criadas com tanta delicadeza e inspira��o por Lelis e Quinho.
A saudade da rotina da editoria do EM*Cultura, que fica l� no fundo da Reda��o, � enorme. A meu favor nessa troca de endere�o est� a localiza��o do meu novo “escrit�rio”. Sentado ao computador, fico de costas para a janela que d� para o pequeno jardim, com roseiras e margaridas. O muro alto, na frente da casa, resguarda nossa privacidade. Alegria das alegrias, bandos de sabi�s e maritacas sempre passam por aqui.
Nessa toada, continuo com o Di�rio, acreditando que ficar quietinho em casa ser� bom para mim, para voc� e para todos n�s.

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