
Os pr�ximos dois meses ser�o de trabalho intenso para o produtor e ator Leonardo Horta, que est� com dois projetos quase prontos.
No final deste m�s, ele estreia o espet�culo "O sonho de um homem rid�culo", que ficar� em cartaz na Funarte, entre 31/8 e 3/9. A montagem, que j� rodou pelo interior do estado, � baseada na obra do russo Fi�dor Dostoi�vski.
No final deste m�s, ele estreia o espet�culo "O sonho de um homem rid�culo", que ficar� em cartaz na Funarte, entre 31/8 e 3/9. A montagem, que j� rodou pelo interior do estado, � baseada na obra do russo Fi�dor Dostoi�vski.
A programa��o ainda n�o foi divulgada, mas ter� entrada gratuita. Para ele, a Pampulha sempre teve um protagonismo na realiza��o de grandes eventos em BH.
"Isso se d� principalmente por abrigar o complexo do Mineir�o, espa�o projetado para receber grandes eventos, esportivos, culturais, religiosos e pol�ticos", diz.
"Aprofundando o olhar e trazendo sob a perspectiva do complexo arquitet�nico de Oscar Niemeyer, reconhecido pela Unesco como patrim�nio cultural da humanidade, o que se tem � uma profunda dificuldade de realizar eventos mais populares, que atendam prioritariamente �s camadas perif�ricas da Pampulha. Isso se d� muitas vezes pela burocracia empregada na ocupa��o dos espa�os p�blicos de BH e pela falta de infraestrutura de mobilidade, por exemplo", diz.
"Aprofundando o olhar e trazendo sob a perspectiva do complexo arquitet�nico de Oscar Niemeyer, reconhecido pela Unesco como patrim�nio cultural da humanidade, o que se tem � uma profunda dificuldade de realizar eventos mais populares, que atendam prioritariamente �s camadas perif�ricas da Pampulha. Isso se d� muitas vezes pela burocracia empregada na ocupa��o dos espa�os p�blicos de BH e pela falta de infraestrutura de mobilidade, por exemplo", diz.
Contudo, mant�m o otimismo com abertura de di�logo entre o poder p�blico e a cadeia produtiva local. "Por�m", afirma, "� necess�rio ampliarmos o campo do debate e propor uma ocupa��o que atenda �s necessidades da comunidade e, em contraponto, promova a prote��o dos equipamentos patrimoniais tombados e ou reconhecidos.
Leonardo destaca o empenho da atual gest�o da Secretaria Municipal de Cultura, sob dire��o da Eliane Parreiras. "Pela primeira vez em mais de seis anos, n�s, produtores e artistas, fomos recebidos pela Secretaria, a fim de criarmos juntos um projeto de expans�o dos eventos populares na Pampulha, promovendo a inclus�o das regi�es perif�ricas e contribuindo com o desenvolvimento da cadeia produtiva local."
Como a terceira edi��o do projeto Circuito Cultural Pampulha, em setembro, vai incrementar o movimento cultural da regi�o?
O Circuito Cultural Pampulha foi criado com o objetivo de democratizar o acesso aos equipamentos reconhecidos pela Unesco como Patrim�nio Cultural da Humanidade.
N�s entendemos que uma grade de programa��o diversificada, 100% gratuita e realizada no entorno dos equipamentos pode surtir o efeito que chamamos de “sentimento de pertencimento”.
Partimos do pressuposto de que oferecendo uma programa��o de qualidade, um espa�o atrativo e aconchegante e confluindo nossos esfor�os para atuar em perfeita harmonia com o meio ambiente, podemos de fato contribuir para uma maior circula��o de pessoas nos equipamentos, provendo a inclus�o e oferecendo � popula��o mais uma op��o de entretenimento. Vale destacar tamb�m os resultados pr�ticos do projeto.
N�s entendemos que uma grade de programa��o diversificada, 100% gratuita e realizada no entorno dos equipamentos pode surtir o efeito que chamamos de “sentimento de pertencimento”.
Partimos do pressuposto de que oferecendo uma programa��o de qualidade, um espa�o atrativo e aconchegante e confluindo nossos esfor�os para atuar em perfeita harmonia com o meio ambiente, podemos de fato contribuir para uma maior circula��o de pessoas nos equipamentos, provendo a inclus�o e oferecendo � popula��o mais uma op��o de entretenimento. Vale destacar tamb�m os resultados pr�ticos do projeto.
Quais s�o os desafios e as facilidades para difundir a��es culturais nas regi�es que estejam fora do Centro ou da Zona Sul de uma grande cidade como Belo Horizonte?
A descentraliza��o � uma das maiores dificuldades para que um projeto cultural permane�a firme por v�rios anos. A arquitetura dos grandes centros urbanos foi pensada para promover a centraliza��o das a��es, prova disso � a quest�o da mobilidade urbana.
Enquanto se locomover at� a Regi�o Central de BH ficou a cada ano mais f�cil, na Pampulha enfrentamos o problema de n�o termos nenhuma linha de �nibus que circule exclusivamente pela lagoa, atendo os equipamentos - Casa do Baile, Museu de Artes da Pampulha, Casa Kubitschek, Igrejinha S�o Francisco de Assis, pra�as Alberto Dalva Sim�o e pra�a Dino Barbieri.
� muito importante criarmos com urg�ncia um plano de mobilidade para a regi�o da Pampulha. Com todo o potencial do complexo arquitet�nico que � marco da arquitetura modernista no Brasil, n�o podemos perder a oportunidade de democratizar o acesso e promover a descentraliza��o.
Enquanto se locomover at� a Regi�o Central de BH ficou a cada ano mais f�cil, na Pampulha enfrentamos o problema de n�o termos nenhuma linha de �nibus que circule exclusivamente pela lagoa, atendo os equipamentos - Casa do Baile, Museu de Artes da Pampulha, Casa Kubitschek, Igrejinha S�o Francisco de Assis, pra�as Alberto Dalva Sim�o e pra�a Dino Barbieri.
� muito importante criarmos com urg�ncia um plano de mobilidade para a regi�o da Pampulha. Com todo o potencial do complexo arquitet�nico que � marco da arquitetura modernista no Brasil, n�o podemos perder a oportunidade de democratizar o acesso e promover a descentraliza��o.
Alguns dias antes do Circuito, voc�, como ator, estreia o espet�culo “O sonho de um homem rid�culo”, montado a partir de texto de Fi�dor Dostoievski. Como a experi�ncia de ator influencia sua trajet�ria como produtor e vice-versa?
Ser produtor e ser ator s�o duas faces de um mesmo trabalho. A �nica diferen�a entre os dois � o formato de execu��o de cada fun��o. Como ator, busco ser provocado por aquilo que nos move no dia a dia. Como produtor n�o � diferente, a cada ano temos a certeza que o processo criativo est� muito presente na fun��o da produ��o.
Esse espet�culo foi ensaiado ao longo de 18 meses. Deve ser uma experi�ncia rara nas artes c�nicas. Como lidou com isso?
A maioria das pe�as do repert�rio da Companhia L�dica dos Atores teve um roteiro parecido de constru��o. Os processos n�o chegaram a 18 meses, mas nossa m�dia de montagem � de 12 meses, entre pesquisa, ensaios e estreia.
Entendemos que para se falar bem sobre um assunto � necess�rio se ter base sobre a discuss�o em quest�o. Junta-se isso � epidemia do coronav�rus, que proporcionou seis meses a mais de pesquisa por conta das restri��es de locomo��o, temos um projeto realizado em 18 meses.
Por mais que pare�a cansativo, n�o �. Esse tempo tamb�m me ajudou muito no entendimento e na absor��o do texto. � um privil�gio ter uma obra completa de Fi�dor Dostoi�vski na cabe�a.
Entendemos que para se falar bem sobre um assunto � necess�rio se ter base sobre a discuss�o em quest�o. Junta-se isso � epidemia do coronav�rus, que proporcionou seis meses a mais de pesquisa por conta das restri��es de locomo��o, temos um projeto realizado em 18 meses.
Por mais que pare�a cansativo, n�o �. Esse tempo tamb�m me ajudou muito no entendimento e na absor��o do texto. � um privil�gio ter uma obra completa de Fi�dor Dostoi�vski na cabe�a.
Como tem sido a circula��o do espet�culo?
"O sonho de um homem rid�culo" estreou em Minas Gerais em maio. Passou por Itabira, no Centro Cultural Carlos Drummond de Andrade, com lota��o m�xima. Participamos depois do Festival de Outono de S�o Jo�o Del Rei.
Embarcamos em seguida para o 8º Festival Nacional de Teatro do Kaos, em Cubat�o (Baixada Santista). Depois chegamos � 7ª edi��o do Festival Nacional de Teatro de Passos.
Embarcamos em seguida para o 8º Festival Nacional de Teatro do Kaos, em Cubat�o (Baixada Santista). Depois chegamos � 7ª edi��o do Festival Nacional de Teatro de Passos.