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Estado de Minas COMPORTAMENTO

COVID-19 e turismo: e o carnaval?!

Essa festa que at� quem jura que n�o gosta se pega batendo o pezinho debaixo da mesa


04/08/2020 06:00 - atualizado 04/08/2020 07:01

(foto: Amanda Melo)
(foto: Amanda Melo)
Tudo que d�vamos como certo, de repente virou de ponta a cabe�a. E agora, j� podemos ver ind�cios do novo “normal” tomando forma. Quem ainda se questionava sobre como seria esse novo normal no turismo, agora j� pode ver essa realidade em destinos que j� ensaiam sua reabertura, e em eventos tradicionais cancelados ou totalmente reformulados. 
 
O Rio de Janeiro, com a tradicional queima de fogos do r�veillon em Copacabana, j� anunciou que apresentar� em breve um novo formato, evitando as t�o temidas aglomera��es. Justo para n�s, brasileiros, que somos puro contato f�sico. Que at� em ambiente de trabalho nos cumpriment�vamos com abra�o. O ver�o, sempre foi para n�s, sin�nimo de festa. E entre todas, a mais tradicional – o carnaval. Mas agora, com a pandemia do COVID-19, fica a pergunta: E o carnaval?!

Essa festa, que mesmo quem jura que n�o gosta, se pega batendo o pezinho debaixo da mesa. Afinal aprendemos desde cedo que “quem n�o gosta de samba bom sujeito n�o �! Ou � ruim da cabe�a ou doente do p�”! Eu tenho para mim, que se o COVID-19 tivesse nascido aqui, certamente seu nome seria anti-carnaval. Pois nossa maior manifesta��o cultural se d� exatamente com tudo que os protocolos de seguran�a contra o v�rus repudiam. � a festa mais recheada de perdigotos do mundo! Gritos e cantos, abra�os em desconhecidos que viram melhores amigos por cinco minutos, amores instant�neos, suor misturado com sol e chuva. Porque alegria � assim, tem que transpirar! Ali�s, tudo que � bom na vida acelera os nossos batimentos e a�, d�-lhe fluidos corporais.

E agora, nosso carnaval � o retrato do proibido, de absolutamente tudo que n�o pode. Nem a religi�o conseguiu transformar nosso carnaval em algo t�o profano quanto a pandemia do coronav�rus. Algumas solu��es est�o sendo pensadas, como o adiamento para o meio do ano ou formas virtuais. O fato �, que de um lado temos toda uma cadeia que n�o se diverte nessas festas, mas trabalha. Cidades inteiras depositam no carnaval uma das principais movimenta��es econ�micas por eventos do ano. Esse grupo de trabalhadores vai desde os pequenos e m�dios empres�rios destes destinos tur�stico-carnavalescos, como pousadas, pequenos restaurantes, at� os grandes patrocinadores, que acabam desonerando um pouco os cofres p�blicos e garantindo a festa. Passando, inclusive, pelos ambulantes, que pelo menos durante alguns dias conseguem garantir um aumento da receita ou at� mesmo o jantar do dia. E para esses, o carnaval se configura como “servi�o essencial”.

Mas do outro lado temos a vida e a sa�de, de toda uma popula��o. E com essas n�o podemos brincar. N�o d� para falar nem em n�mero de contaminados e mortes por aqui, porque em poucas horas esses n�meros se desatualizam. E a�, o essencial passa a ser a vida. � dif�cil conseguirmos dimensionar a gravidade da doen�a, mas o fato � que n�o podemos arriscar. Quem n�o � do famoso grupo de risco, certamente convive com um idoso, um cardiopata ou um diab�tico. E essas, s�o pessoas essenciais para n�s. Neste sentido, n�o h� o que festejar.

De qualquer maneira, essa cadeia que envolve o carnaval e eventos desta propor��o precisa propor maneiras de sustentar o setor com medidas emergenciais, mas principalmente com medidas criativas de longo prazo. Afinal, quando a vacina chegar ela vai resolver a doen�a, mas as sequelas, n�s � quem teremos que lidar com elas. E elas v�o atingir at� os que n�o foram infectados. Ali�s j� est�o atingindo. Por isso o momento � de medidas de conting�ncia e um trabalho �rduo, tanto para quem produz turismo e eventos, quanto para quem consome.

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