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Estado de Minas TURISMO E NEG�CIOS

Turismo: caiu o ministro, e eu com isso?!

Saiba porque o que acontece no Minist�rio do Turismo n�o est� t�o longe da realidade da maioria das pessoas, mesmo que voc� n�o trabalhe com turismo


15/12/2020 06:00 - atualizado 29/10/2021 07:27

Ex-ministro do Turismo
Ex-ministro do Turismo (foto: Reprodu��o )

No meu primeiro texto aqui na coluna,  escrevi sobre o que as pessoas ganham quando um governo investe em turismo e em cultura . Alguns minist�rios e seus investimentos acabam sendo bem �bvios para toda a popula��o, afinal qualquer um consegue entender a import�ncia de se investir em sa�de, educa��o e seguran�a. Claro, essas quest�es batem � nossa porta todos os dias. Mas alguns setores, que n�o fazem parte do dia a dia da maioria das pessoas s�o de extrema import�ncia para o desenvolvimento de um pa�s, mas como n�o fazem parte dessa rotina, acabam meio que a deriva. A gente sabe que � importante, mas n�o sabe explicar o por qu�.
� o caso do turismo. Normalmente as pessoas s� pensam em turismo quando est�o planejando uma viagem, e acabam encarando apenas as quest�es mercadol�gicas, como passagens a�reas ou rodovi�rias, hospedagens e locais para visitar. Quando chegam em um local que gostam, j� pensam: “Nossa, minha cidade � muito ruim mesmo. Por que n�o tem isso l�? Ia ser t�o simples fazer uma coisa dessas por l�”. J� quem trabalha com turismo – sim trabalhamos com turismo, n�o “mexemos” com turismo – j� se acostumou a explicar que nem sempre o trabalho � vender pacotes, trabalhar num hotel, guiar turistas em um destino, ou ainda, transformar a fantasia do turista que viu uma iniciativa bacana em outro lugar em realidade. Existe uma atua��o bem mais estrat�gica e que demanda bastante estudo. O turismo pode acontecer por in�rcia?! Sim, pode. Diversos locais que s�o naturalmente bonitos atraem pessoas, e por consequ�ncia, o com�rcio e servi�os come�am a se movimentar. � um movimento natural, por�m perigoso.

E � a� que entra a import�ncia de estruturas competentes para gerir esta atividade de maneira mais hol�stica. Entre estas estruturas est� o Minist�rio do Turismo, que � respons�vel por propor pol�ticas p�blicas para o setor, de forma que o turismo seja uma atividade econ�mica sustent�vel. Ou seja, o minist�rio precisa ter capilaridade e compet�ncia suficiente para atuar junto a governos estaduais e municipais, entidades de classe, empresariado e popula��es.

Quem est� envolvido com o tema, precisa entender estas estruturas para atuar (e at� mesmo cobrar) de maneira eficiente.  Confira tamb�m o texto que falei sobre o Minist�rio do Turismo e a Embratur . N�o � tarefa simples. Por isso a import�ncia de se ter a pasta encabe�ada por um l�der capaz de transitar bem entre o pol�tico e o t�cnico, e fazer com que o turismo seja produtivo n�o apenas para quem empreende ou trabalha diretamente com ele, mas para toda uma popula��o que pode ser beneficiada pelo investimento em �reas n�o essenciais. Mas que que s�o capazes de garantir uma melhor qualidade de vida e o desenvolvimento a m�dio e longo prazo.

Recentemente a FIESP (Federa��o das Ind�strias do Estado de S�o Paulo) lan�ou um relat�rio intitulado “Como estar� o mundo em 2030?”, onde aponta as macrotend�ncias mundiais e as oportunidades para o Brasil. S�o 8 macrotend�ncias elencadas e uma delas � a expans�o do entretenimento e turismo. Para acompanharmos essas tend�ncias � urgente que o turismo seja tratado de maneira s�ria e competente. O lazer e o entretenimento j� n�o s�o artigos sup�rfluos, mas essenciais para a sa�de emocional das pessoas. E � isso que a gente tem quando cai ou sobe um ministro do turismo.
Entender que n�o pode ser uma pasta de moeda de troca pol�tica, que um trabalho bem feito e estruturado precisa ser reconhecido e continuado. A� sim, poderemos ter como retorno o desenvolvimento a partir desta atividade que diverte tantas pessoas, mas que para quem trabalha n�o � divers�o, apesar de prazeroso. 


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