
O jornal espanhol “Marca” relatou que “Ancelotti ligou para o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, e disse que ir� ficar no Real Madrid at� 2025”. Ednaldo n�o quis dar entrevista, mas negou que isso tenha acontecido. Por�m, continuo batendo na tecla que bato h� algum tempo: acho que Ancelotti � um blefe e que Diniz ser� efetivado, em breve. J� escrevi e gravei no meu canal de YouTube que duas fontes com as quais converso sempre, no Real Madrid, me garantiram que Florentino Perez, presidente do clube merengue, n�o o deixar� sair e que dar� a ele um novo contrato em janeiro. A inten��o do presidente da CBF foi a melhor poss�vel, tentando contratar um t�cnico com o apoio de 100% dos brasileiros, e um dos melhores do mundo. Por�m s�o realidades completamente diferentes. Ancelotti nunca dirigiu sele��o nenhuma e, quando treinou equipes medianas, n�o conseguiu destaque. Fracassou no Napoli, nas temporadas 2018/2019, e no Everton, nas temporadas 2019/2021, quando voltou para o Real Madrid. Eu tenho essa m�xima de que qualquer t�cnico que treine times milion�rios como Real Madrid, Barcelona, City, Bayern de Munique ser� sempre campe�o. J� num time m�dio, a banda toca diferente. Guardiola � considerado o “papa” entre os t�cnicos, mas s� treinou equipes de grande porte. Trabalho maravilhoso fez Diego Simeone, treinador do Atl�tico de Madrid, que foi campe�o espanhol e levou sua equipe a duas finais de Champions League, dando a falta de sorte de encarar justamente o Real Madrid nas duas decis�es. Numa delas, em Lisboa, vencia por 1 a 0 at� o �ltimo minuto do tempo extra, quando S�rgio Ramos empatou e levou a decis�o para a prorroga��o, e o Real Madrid foi campe�o.
Continuo confiando nas minhas fontes de Madri e as not�cias que v�m de l� s� me fazem crer, mais e mais, que, infelizmente, Ancelotti n�o vir�. Tomara que eu esteja enganado, pois gosto muito do trabalho do italiano, mas tenho minhas restri��es, pois quando pegou times medianos, n�o conseguiu ta�as. E, c� pra n�s, a Sele��o Brasileira, de 2014 para c�, � bem mediana mesmo, da� a minha d�vida sobre um poss�vel sucesso. E para a imprensa brasileira, vai aqui um recado: caso Ancelotti seja mesmo verdade, ele � adepto de treinos fechados e n�o os abre nunca. Al�m disso, determina quem vai ou n�o dar entrevistas. Ali�s, isso � muito comum nos clubes europeus. Eu gostaria muito de v�-lo comandando o time canarinho, mas como ele j� disse que por ele “ficaria no Real Madrid para o resto da vida”, e Florentino Perez o adora, acho dif�cil ele recusar uma renova��o, em janeiro. N�o sei se ele deu sua palavra ou n�o ao presidente da CBF, mas se os contratos, assinados, no futebol, n�o valem nada, imaginem palavras. Elas s�o levadas pelo vento e fica o “disse pelo n�o disse”.
Descanse em paz meu amigo Palhinha
Palhinha era um dos meus �dolos e de milh�es de cruzeirenses, atleticanos e corintianos. Eu morava no Rio, mas quando o via jogar, gostava da sua ra�a, da velocidade e da forma como fazia os gols. Sonhava em v�-lo com a camisa do Flamengo. Um dos maiores artilheiros da Copa Libertadores, com 13 gols em 10 jogos, em 1976, quando o Cruzeiro se sagrou campe�o da competi��o, pela primeira vez. Quando vim trabalhar em Belo Horizonte, primeiro pela TV Manchete, e depois pela TV Globo, conheci Palhinha e tamb�m o Vanderlei Eust�quio. Nos tornamos amigos e estivemos juntos em v�rias resenhas, principalmente ali no Pizzarella do S�o Bento, onde ele morava com sua fam�lia. Um cara agrad�vel, amigo, sorridente e leal. Me contava as hist�rias que viveu no futebol e eu ficava encantado. Como aprendi com ele. Certa vez, num treino do Galo, ele era o treinador. Naquela �poca, na Vila Ol�mpica, n�s cheg�vamos cedo e bat�amos papo com os jogadores e comiss�o t�cnica antes de o treino come�ar, dentro do gramado. Tinha um banquinho de madeira, perto da grade, e a gente assistia ao treino dali. Eu, Paulo Celso, Roberto Abras, Roberto N�ri, Afonso Alberto e Chico Maia. Sim, naquela �poca �ramos s� n�s, jornalistas ra�zes, de verdade. Cheguei cedo e Palhinha, com seu bon� e apito, me chamou no meio-campo, que estava coberto de lama. De repente, ele fez uma brincadeira, me deu uma banda e tentou me segurar, mas eu ca� naquele lama�al. Fui l� na rouparia e o saudoso Valtinho me deu uma toalha, limpei a lama e fiz meu trabalho. Todo mundo riu, inclusive eu, pois era uma brincadeira entre amigos. Naquela �poca, n�s �ramos amigos de jogadores, treinadores, m�dicos e ningu�m tra�a a confian�a de ningu�m. Doutor Marcos Vin�cius, outro cara espetacular. Kemel Chequer, preparador f�sico, Seu Ad�o, enfermeiro. Puxa vida, quanta gente maravilhosa trabalhava no Galo. Enfim, eram profissionais do mais alto n�vel. Palhinha estava entre eles. O av� da minha esposa, seu Carlos de Castro, adorava o Palhinha e ele tamb�m o adorava. Eram amigos. Seu Carlos nos deixou aos 100 anos, durante a pandemia. Palhinha nos deixou segunda-feira, aos 73 anos, muito bem vividos, mas ele poderia ter ficado aqui um pouco mais. Obrigado, Palhinha, pelos conselhos, pelas conversas no Pizzarella e pelos ensinamentos que deu a este rep�rter. Voc� faz parte da minha hist�ria e da minha carreira. Descanse em paz meu amigo, e que Deus conforte o cora��o de sua linda fam�lia. At� qualquer dia!