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Estado de Minas ENTRE LINHAS

Jogo bruto nas pr�vias do PSDB com exclus�o de 92 prefeitos e vices

Disputa no ninho tucano virou um jogo de xadrez entre os l�deres partid�rios, com resultado imprevis�vel


29/10/2021 04:00 - atualizado 29/10/2021 07:02

João Doria, governador de São Paulo
Jo�o Doria disputa pr�vias do PSDB com Eduardo Leite e Arthur Virg�lio (foto: MARCOS VIEIRA/EM/D.A. PRESS)


A Executiva Nacional do PSDB decidiu ontem desconsiderar os votos de 92 prefeitos e vices de S�o Paulo recentemente filiados � legenda nas pr�vias que v�o escolher o candidato do partido � Presid�ncia da Rep�blica. Partid�rios do governador ga�cho Eduardo Leite contestaram as filia��es feitas pelo governador paulista Jo�o Doria, no rastro da entrada do vice Rodrigo Garcia, que deixou o DEM para ser o candidato tucano ao Pal�cio dos Bandeirantes.

A Executiva confirmou decis�o do presidente da legenda, Bruno Ara�jo (PE), que havia acolhido den�ncia de que o diret�rio de S�o Paulo havia alterado a data das filia��es para que os prefeitos e vice aliados de Doria participassem das pr�vias. O ex-prefeito de Manaus Arthur Virg�lio, que tamb�m concorre �s pr�vias, apoiou a decis�o da Executiva. O diret�rio estadual do PSDB em S�o Paulo negou as irregularidades. A den�ncia fora apresentada pelos diret�rios de Rio Grande do Sul, Bahia, Cear� e Minas Gerais. Todos j� declaram apoio a Leite.

A decis�o acirra ainda mais a disputa no ninho tucano, que virou um jogo bruto nos bastidores e deve deixar muitas sequelas. Pelas regras das pr�vias, apenas filiados at� 31 de maio podem votar. De fato houve "filia��o em bloco" em S�o Paulo ap�s a data limite, mas elas refletem inequivocamente o crescimento da legenda, em raz�o da entrada de Garcia no PSDB. Partid�rios de Doria alegam que as filia��es foram anunciadas ap�s o prazo em raz�o do falecimento do ent�o prefeito de S�o Paulo Bruno Covas, cujo luto provocou 60 dias de interrup��o de atividades partid�rias.

Comum nos partidos Democrata e Republicano dos Estados Unidos, as pr�vias do PSDB s�o uma inova��o decorrente da disputa instalada na c�pula tucana pelo controle da legenda, desde as �ltimas elei��es, principalmente entre o governador Jo�o Doria e o deputado A�cio Neves, ex-governador de Minas. Doria chegou a propor, sem sucesso, a expuls�o do pol�tico mineiro. Entretanto, em dificuldades para alavancar sua candidatura eleitoralmente, confinado em S�o Paulo por causa da pandemia e com sua lideran�a muito confrontada por A�cio, o governador de S�o Paulo acabou desafiado por outras lideran�as, como o senador Tasso Jereissati, que desistiu da candidatura, e o governador Eduardo Leite, que cresceu muito junto aos setores descontentes.

As pr�vias

As pr�vias da legenda, desde sua convoca��o, s�o pol�micas. Doria queria uma esp�cie de voto direto, secreto e universal entre os filiados, o que daria enorme vantagem ao diret�rio de S�o Paulo, o ber�o da legenda e sua fortaleza at� hoje, mas a c�pula tucana decidiu ponderar a rela��o entre filiados e mandat�rios. Ser�o 4 grupos de votantes, todos com peso unit�rio de 25% do total de votos v�lidos: (1) filiados, (2) prefeitos e vice-prefeitos, (3) vereadores, deputados estaduais e distritais (deputados representam 50% do peso do grupo e vereadores, os outros 50%); e (4) governadores, vice-governadores, ex-presidentes e o atual presidente da Comiss�o Executiva Nacional do PSDB, senadores e deputados federais. Mandat�rios poder�o votar�o presencialmente, em Bras�lia, em urnas eletr�nicas; vereadores e filiados votar�o virtualmente, por aplicativo.

A disputa no ninho tucano virou um jogo de xadrez, com resultado imprevis�vel. A exclus�o dos 92 prefeitos e vice prefeitos pode, sim, alterar o resultado final. Eduardo Leite j� est� sendo apontado como favorito pela maioria dos l�deres hist�ricos do PSDB. Qualquer que seja o resultado das pr�vias, a possibilidade de um racha no PSDB � muito grande. O governador de S�o Paulo movimenta-se como um candidato sem retorno ao Pal�cio dos Bandeirantes, pelas alian�as que teceu em torno de Rodrigo Garcia. Se perder, sua linha de recuo para concorrer � reelei��o � muito estreita, embora exista. No campo de Eduardo Leite, a predisposi��o para cristianizar Doria tamb�m � grande, principalmente em Minas Gerais, Bahia e Cear�.

Quem quer que seja o vencedor das pr�vias, internamente, ter� que fazer um esfor�o muito grande para acomodar os descontentes, principalmente em n�vel regional; em alguns casos, isso ser� imposs�vel. Externamente, o ganhador ter� que fazer um movimento muito robusto para ampliar suas alian�as e criar um fato pol�tico novo, o que n�o � f�cil, haja vista que os poss�veis aliados est�o lan�ando seus pr�prios candidatos e nenhum dos tucanos, at� agora, decolou nas pesquisas.

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