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Estado de Minas ENTRE LINHAS

Simone Tebet � pr�-candidata do MDB, mas o apoio do PSDB ainda � incerto

Senadora do Mato Grosso do Sul diz ter certeza de que poder� contar com tucanos em sua campanha


26/05/2022 04:00 - atualizado 26/05/2022 07:58

Baleia Rossi, Simone Tebet e Roberto Freire
Simone Tebet posou para foto com Baleia Rossi e Roberto Freire (foto: Ed Alves/CB/D.A Press)


Ao lado dos presidentes do MDB, deputado Baleia Rossi (SP), e do Cidadania, ex-deputado Roberto Freire, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) disse ontem que contar� com apoio do PSDB para consolidar sua candidatura de “centro democr�tico”, como preferiu denominar a chamada “terceira via”. O presidente do PSDB, deputado Bruno Ara�jo (PE), grande art�fice da retirada da candidatura do ex-governador tucano Jo�o Doria, n�o participou da entrevista coletiva. H� tens�es ainda no PSDB, embora o grupo respons�vel pela remo��o de Doria da disputa, encabe�ado pelo governador de S�o Paulo, Rodrigo Garcia, apoie o nome de Simone.

A reuni�o da c�pula do PSDB, que havia sido adiada de ter�a para hoje, tamb�m foi suspensa. A Pesquisa CNN/RealTime Big Data para as elei��es presidenciais de 2022, divulgada ontem, sem o nome de Doria entre os candidatos, foi um banho de �gua fria nas articula��es internas da legenda a favor da peemedebista. A pesquisa mostra o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) com 40% das inten��es de voto no primeiro turno, seguido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), com 32%; e por Ciro Gomes (PDT), com 9%. Depois aparecem Andr� Janones (Avante) e Simone Tebet (MDB), com 2%, e Luciano Bivar (Uni�o Brasil), com 1%.

Na pesquisa com todos os candidatos, Doria aparecia com 4%. Esses votos foram redistribu�dos entre Lula (1%), Bolsonaro (1%), Ciro Gomes (1%) e Simone (1%). N�o pontuaram os pr�-candidatos Vera L�cia (PSTU), Pablo Mar�al (Pros), Sofia Manzano (PCB), Felipe d’Avila (Novo), Leonardo P�ricles (UP) e Jos� Maria Eymael (DC). Branco ou nulo somam 9%. Os indecisos e os que n�o responderam s�o 5%. Foram ouvidas por telefone 3 mil pessoas entre segunda-feira (23) e ter�a (24). A margem de erro do levantamento � de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Com esses n�meros, a ala do PSDB que defende uma candidatura pr�pria ganhou novo f�lego, com o argumento de que seria preciso aguardar mais algumas semanas para decidir os rumos da legenda, apesar das expectativas das c�pulas do MDB e do Cidadania de que o apoio a Simone Tebet se consolide logo. O adiamento dessa decis�o refor�a a percep��o de que o objetivo principal da maioria dos deputados tucanos seria cuidar da pr�pria reelei��o e da manuten��o dos governos estaduais, principalmente o de S�o Paulo.

O presidente do MDB, Baleia Rossi,  � o grande patrono da candidatura de Simone, n�o apenas porque controla 20 dos 27 diret�rios regionais do MDB, mas porque tamb�m tem um papel importante nas elei��es em S�o Paulo. O governador Rodrigo Garcia est� numa situa��o dif�cil, em quarto lugar nas pesquisas, atr�s de Fernando Haddad (PT), que lidera, M�rcio Franca (PSB) e Tarc�sio Freitas (PR). Precisa do apoio do prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), para garantir uma base de apoio robusta na maior metr�pole do pa�s. Sem isso, corre o risco de n�o ir sequer ao segundo turno.

S�o Paulo

Rodrigo Garcia � a principal �ncora da candidatura de Tebet no PSDB, mas isso pode n�o se traduzir em inten��es de votos. � o que as pesquisas est�o mostrando. No momento, a prioridade de Garcia � construir uma alian�a pirata com M�rcio Fran�a, que passou a ser o principal obst�culo para que chegue ao segundo turno. O ex-governador divide mais votos com o tucano do que com Haddad. Isso explica a raz�o de o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva e o pr�prio PT n�o se esfor�arem para remover a candidatura de Fran�a ao Pal�cio dos Bandeirantes.

A situa��o � t�o dram�tica que a eventual candidatura de Fran�a ao Senado, na chapa de Haddad e na aba do chap�u do vice de Lula, o ex-governador Geraldo Alckmin, j� seria de grande serventia para Garcia, pois amplia as condi��es para que ultrapasse Freitas, o candidato do presidente Jair Bolsonaro, o que est� sendo muito dif�cil. A verdade � que o xadrez eleitoral paulista continua sendo um vetor decisivo das articula�oes da “terceira via”, por�m, n�o � a prioridade dos tucanos paulistas. A preocupa��o maior � manter o controle do Pal�cio dos Bandeirantes. Doria pagou por isso.

Em contrapartida, bem ao estilo dos caciques do MDB, a c�pula da legenda endossou a candidatura de Simone Tebet. Nem os que apoiam o ex-presidente Lula, a maioria do Nordeste, nem os que est�o defendendo a reelei��o do presidente Jair Bolsonaro, no Sul do pa�s, t�m for�a para impor suas orienta��es ao partido. A candidatura de Simone se equilibra nessa igualdade dos contr�rios, num partido que tem tradi�ao de cristianizar candidatos, como aconteceu com Ulysses Guimar�es, em 1989; Orestes Qu�rcia, em 1994; e Henrique Meirelles, em 2018.

Simone Tebet � uma novidade na disputa eleitoral, por seu perfil liberal progressista e por  carregar a bandeira do empoderamento das mulheres, al�m um olhar feminino sobre os problemas nacionais. Sobretudo a agenda dos direitos humanos, do combate � exclus�o e �s desigualdades sociais.

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