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Estado de Minas ENTRE LINHAS

Favoritismo de Lula sobe no telhado e deixa segundo turno acirrado

A disputa se tornou mais dram�tica no segundo turno, principalmente na Regi�o Sudeste


12/10/2022 04:00 - atualizado 12/10/2022 07:44

Posses de Lula, em 2003, e de Bolsonaro, em 2018. Resultado agora é imprevisível
Posses de Lula, em 2003, e de Bolsonaro, em 2018. Resultado agora � imprevis�vel (foto: EVARISTO S�/AFP)

Luiz Carlos Azedo

Resumo da �pera: na pesquisa Ipespe divulgada ontem, a vantagem do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva em rela��o ao presidente Jair Bolsonaro est� em cinco pontos na sondagem espont�nea (47% a 42%) e sete pontos na induzida (50% a 43%). Exclu�das as respostas “Branco/ Nulo” e “N�o Sabe/N�o Respondeu”, a vantagem de Lula se amplia para oito pontos (54% a 46%). Lula obteve amplo apoio dos eleitores de Simone Tebet (55% a 16%); entre os de Ciro Gomes (44% a 36%), menos. Onde mora o perigo? Na rejei��o dos candidatos: 49%, Bolsonaro; 45%, Lula. Dos que pretendem votar em Lula, 91% rejeitam Bolsonaro, e 6% afirmam que “poderiam votar” no atual presidente. Entre os eleitores de Bolsonaro, 94% rejeitam Lula, e apenas 4% dizem que “poderiam votar” no ex-presidente. A rejei��o de Bolsonaro cai; a de Lula, sobe.

Segundo o soci�logo Ant�nio Lavareda, respons�vel pela pesquisa, a vantagem de Lula nos chamados votos v�lidos � irrelevante em termos de proje��o do resultado, porque os 54% a 46% n�o levam em conta os votos decididos de �ltima hora e as absten��es, que sempre influenciam o resultado final. Nesse aspecto, � mais seguro considerar os votos totais, que resultam num placar estreito de 51% a 47% dos votos, sendo 2% nulos e brancos e 1% de n�o sabe e n�o respondeu. Em elei��es anteriores, a vantagem petista no primeiro turno foi muito maior: 2002 (Lula +17%), 2006 (Lula 16% ) e mesmo 2010 (Dilma 11%). Ser� uma disputa acirrada, como foi da elei��o de Collor, em 1989, quando tinha apenas 5% de vantagem, e de Dilma em 2014, quando era apenas de 2%.

Esses n�meros merecem reflex�es sobre a estrat�gia de Lula, que era franco favorito no primeiro turno. A campanha do “voto �til”, cujo objetivo era garantir a vit�ria do petista em 2 de outubro, esvaziou as candidaturas de terceira via, sobretudo a de Ciro Gomes (PDT). Mas bateu no teto da rejei��o de Lula e provocou um efeito contr�rio, o voto �til de indecisos �s v�speras da vota��o, que acabou reduzindo a dist�ncia para Bolsonaro. Com isso, a disputa se tornou mais dram�tica no segundo turno, principalmente no Sudeste, onde Bolsonaro foi vitorioso em S�o Paulo, no Rio de Janeiro e Esp�rito Santo, enquanto Lula, apenas em Minas.

Sudeste


Em S�o Paulo, Bolsonaro obteve uma vantagem estrat�gica com o favoritismo da candidatura de Tarc�sio de Freitas (Republicanos) e o apoio do governador Rodrigo Garcia (PSDB), derrotado no primeiro turno. A candidatura de Lula tem duas ancoragens que dificultam seu tr�nsito no eleitorado de centro e no interior paulista: o ex-prefeito Fernando Haddad, o candidato a governador do PT; e o deputado eleito Guilherme Boulos (Psol), o mais votado no estado, com 1 milh�o de votos. Lula tenta ampliar sua campanha por meio da ades�o de Simonet Tebet, que obteve 1,6 milh�o de votos no estado, mas n�o tem como se descolar dos aliados de primeira hora. Bolsonaro teve 1,7 milh�o de votos a mais do que Lula em S�o Paulo.

Bolsonaro tenta reduzir a vantagem de Lula em Minas Gerais, onde o petista venceu por 49,4% a 42,9%. A vit�ria de Romeu Zema (Novo) no primeiro turno complicou a vida de Lula, porque o governador mineiro resolveu entrar na campanha de Bolsonaro. Um recorte da elei��o em Minas Gerais mostra que o favoritismo de Lula no Vale do Jequitinhonha � t�o arrasador e irrevers�vel quando nos estados do Nordeste, mas Bolsonaro tenta avan�ar nas demais regi�es vinculando Lula ao ex-governador Fernando Pimentel (PT), que deixou o poder muito desgastado.

Rio de Janeiro � outro estado no qual Lula tem dificuldades imensas, apesar do apoio do prefeito carioca Eduardo Paes, cujo governo segue a tradi��o de deixar suas entregas para os dois �ltimos anos de gest�o. Bolsonaro venceu as elei��es no estado por 47,7 % a 40,9%, favorecido pelo desempenho do governador Cl�udio Castro (PL), que se reelegeu no primeiro turno, com 58,19% dos votos v�lidos. O candidato apoiado por Lula, Marcelo Freixo (PSB), ficou em segundo lugar, com 27,70% dos votos v�lidos.

Mudando do Sul Maravilha para o Nordeste, o afastamento do governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), candidato � reelei��o, pela ministra do Superior Tribunal de Justi�a (STJ) Laurita Vaz, pode mudar tudo na elei��o local. Lula venceu Bolsonaro em 94 dos 102 munic�pios alagoanos. Em votos v�lidos, 56,5% a 36,5%. Dantas, agora afastado, apoiado por Renan Calheiros e por Lula, venceu Rodrigo Cunha (UB) em 83 cidades, por 46,64% a 26,79%. Pesquisa Real Time Big Data divulgada ontem mostra que Dantas venceria a disputa por 59% a 41%. Cunha � aliado do presidente da C�mara, Arthur Lira (PP-AL), e apoia Bolsonaro. O caso � esquisito e j� virou um barraco institucional.
 

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