H� exatamente um ano, logo mais � noite, se eu levitasse e me enxergasse, certamente sentiria um profundo constrangimento, ou no m�nimo, o �mpeto de chamar o hosp�cio mais pr�ximo e indicar a imediata interna��o daquele demente, em prantos, abra�ado ao p� da cama, sozinho, trancafiado no quarto, pedindo a Deus, � m�e e a todos os santos o fim daquela agonia intermin�vel.
Hoje faz um ano do segundo dia mais feliz e intenso da minha vida. O primeiro foi em 25 de julho de 2013. "E o nascimento de sua filha, Ricardo?". Repito o que sempre digo: foi o terceiro, hehe. E ela, eu acho, come�a a me compreender e dar raz�o. Olhem aqui: uma coisa � um clube de futebol e sua torcida. Outra, bem diferente e incompar�vel, � o Atl�tico e os atleticanos. Por qu�? Bem, os entendedores entender�o.
Hulk, nosso eterno super-her�i, aos 27 minutos do segundo tempo, e Keno, duas vezes, aos 28 e 32 tamb�m da segunda etapa, trouxeram a alegria que nos fora negada e surrupiada por dezessete vezes desde 1971. Uma noite muito mais que inesquec�vel e �pica. Uma noite justa! Merecida e impiedosamente atrasada. Como sempre digo, n�o sei se choro agora ou simplesmente n�o parei de chorar desde 2 de dezembro de 2021.
Daqui a um ano, meus caros irm�os de sangue alvinegro, muita hist�ria ir� passar e ser contada. Eu espero, inclusive, que estejamos todos bem e com sa�de, vivendo em um pa�s menos dividido e, eu diria, mentalmente s�o. Como espero tamb�m, que estejamos celebrando a Arena MRV, a mais moderna do Brasil, a maior e mais bem sucedida SAF do futebol nacional, e ao menos um dos t�tulos nacionais e sul-americano que iremos disputar.
O futuro do Clube Atl�tico Mineiro � brilhante e irrevers�vel. N�o h� quem, ou o que, capaz de impedir. E quem tentar, que fique avisado: n�o ser� perdoado jamais pela hist�ria! Por qu�? Bem, porque vencer � o nosso ideal. E porque jogamos com muita ra�a e amor. E porque, muito mais que "uma vez at� morrer", como bem cunhou nosso bruxo imortal, "aqui � Galo, porra!".