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Estado de Minas OPINI�O SEM MEDO

Carlucho, Bolsonaro e a erisipela da raz�o: a sociedade brasileira padece

Bolsokid Carlucho, arruaceiro disfar�ado de vereador, achou por bem fotografar e divulgar a perna do "mito" com erisipela


05/12/2022 09:35 - atualizado 05/12/2022 09:56

Bolsonaro, sumido, foi exposto novamente pelo filho
Bolsonaro, sumido, foi exposto novamente pelo filho (foto: T�RCIO TEIXEIRA / AFP)

Sinceramente e sem meias palavras, estou me lixando para a sa�de de Jair Bolsonaro, o ainda verdugo do Planalto. Se ele passa bem ou mal, adoece ou goza de plena sa�de, para mim tanto faz como tanto fez. Preocupo-me, isso sim, com quem amo e me merece aten��o, empatia e carinho (conhecendo pessoalmente ou n�o o envolvido).

A espetaculariza��o e publiciza��o da vida pessoal - e coletiva - � um fen�meno mais ou menos recente em termos hist�ricos. A comunica��o de massa, por meio escrito, data mais de 2 mil anos atr�s com J�lio C�sar (100-44 a.C.), imperador romano, e seu di�rio Acta Diurna, relatando feitos e conquistas militares, considerado o primeiro jornal do mundo.
J� o r�dio surgiu apenas h� pouco mais de 120 anos, em 1896, quando a primeira emissora foi fundada em Londres, por Guglielmo Marconi. No ano seguinte (1897), Oliver Lodge inventou o circuito el�trico sintonizado, possibilitando a mudan�a de sintonia. A TV apareceu na d�cada de 1930 em diferentes pa�ses da Europa e nos Estados Unidos.

Tudo parecia calmo e tranquilo at� que, no final dos anos 1980, especialmente ap�s a segunda metade dos anos 1990, a partir de uma inven��o da d�cada de 1960 (vers�es dizem que foi militar, outras afirmam que foi acad�mica), chegou a internet, essa estupenda “Revolu��o Industrial” da nossa era, in�cio de um verdadeiro novo mundo.

Como j� enchi muito o saco do leitor - um defeito que tenho ao escrever e falar -, deixarei os demais detalhes de lado e partirei para o fen�meno “intranet”, que s�o as redes sociais. A partir da massifica��o das mesmas, a humanidade foi dragada para uma esp�cie de reality show, gostou do que viu e ouviu, e aceitou tornar-se protagonista dos dias atuais.

Subcelebridades e celebridades pipocaram, aqui e ali, em todos os campos, das artes ao esporte, passando, claro, pela pol�tica. Gente med�ocre ganhou fama, fortuna e poder, tornando o mundo um lugar muito menos habit�vel e seguro. Sim, escrevi quase seis par�grafos para chegar em Carlos Bolsonaro e seu pai, Jair. Eu disse que � um defeito.

Mais sumido que nota de 100 reais do meu bolso desde que foi espancado eleitoralmente por Lula da Silva, o ex-meliante de S�o Bernardo, papai Bolsonaro fez como Arlindo Orlando e desapareceu, escafedeu-se. Ressurgiu timidamente dias atr�s por alguns momentos e voltou a ganhar exposi��o atrav�s de suas feridas carnais.

O bolsokid Carlucho, arruaceiro disfar�ado de vereador, express�o negativa destes dias de comunica��o digital de massas, achou por bem fotografar e divulgar a perna do “mito”, carcomida por feridas horrendas causadas pela erisipela, infec��o de pele que afeta a derme superficial, causando feridas avermelhadas, dolorosas e de dif�cil recupera��o.

As redes, ent�o, voltaram a falar do morto-vivo, e uma enxurrada de coment�rios cretinos e desumanos tomaram lugar: “e da�, n�o sou coveiro, vai chorar at� quando”, e outras falas extra�das das pr�prias declara��es do amig�o do Queiroz, em passado recente, fazendo tro�a dos amigos e familiares das mais de 700 mil v�timas fatais da covid-19.

Sinceramente, n�o vejo o menor sentido em emular o mesmo comportamento selvagem do patriarca do cl� das rachadinhas e das mans�es milion�rias, compradas com panetones de chocolate e muito dinheiro vivo, mas compreendo perfeitamente quem o faz, e ainda que despreze tal atitude, n�o seria hip�crita de cobrar o contr�rio de milh�es de pessoas.

Uma boa parte - n�o saberia dizer se maioria ou minoria - da sociedade brasileira, e diria mundial, padece de bom senso e raz�o j� h� muito tempo. Vejam os tioz�es e tiazonas do zap, que pedem golpe militar como defesa da liberdade (oi?). Ou que falam em patriotismo, querendo separar a na��o (o nordeste) e segregar parte do povo (os nordestinos).

Os tais bolsominions, que fazem chacota com a falta do dedo mindinho do chef�o petista, agora n�o admitem que fa�am chacota com a doen�a do “Deus Sol”. Aplaudem a explora��o vitimista do fato, feita pelo Carlucho, mas pedem discri��o nos coment�rios a respeito. Ora, v�o se catar todos voc�s! Parecem - e s�o - um bando de loucos.

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