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Estado de Minas RICARDO KERTZMAN

Plano de Lula � minar independ�ncia do Banco Central para depois ocup�-lo

D�ficits fiscais recorrentes est�o na origem da infla��o e dos juros altos. Quanto mais endividado o Brasil, maior o risco de cr�dito e o pr�mio a ser pago


07/02/2023 14:07 - atualizado 07/02/2023 14:36

Lula da Silva
N�o aprendeu nada, n�o esqueceu nada (foto: Gladyston Rodrigues/EM/DAPRESS)
A prega��o (quase) di�ria, desde que assumiu, contra o Banco Central, o presidente Roberto Campos Neto e a taxa de juros que Lula pratica � exaust�o (de quem o escuta falar), tem, como se diz por a�, m�todo. 

O chef�o petista governou o Brasil durante oito anos e teve como presidente do BC um dos melhores executivos do mundo, Henrique Meirelles, que, desafortunadamente, por obra e gra�a do eleitor brasileiro, n�o foi - ou � - presidente do Brasil.

Naquele tempo, Lula n�o dava pitaco nem se metia na pol�tica monet�ria praticada pelo BC. Primeiro porque Meirelles n�o permitiria. Segundo porque os resultados apareciam, e com eles, a popularidade do l�der do mensal�o subia sem parar.

DILMA

T�o logo emplacou seu poste Dilma Rousseff, nossa eterna estoquista de vento, na Presid�ncia da Rep�blica, Lula viu a economia do Pa�s ir para as brecas gra�as ao abandono das boas pol�ticas monet�ria e fiscal que havia.

O desastre produzido pela saudadora de mandioca � conhecido pelos viventes e entrar� para os anais do Brasil como o pior per�odo s�cio-econ�mico em tempos de paz. Dilma simplesmente ceifou empregos, derrubou o mercado e destruiu o Pa�s.

Se “miss�o dada � miss�o cumprida”, li��o dada, para o ex-tudo (ex-condenado, ex-presidi�rio, ex-corrupto e ex-lavador de dinheiro), n�o � li��o aprendida. Lula quer retomar a pol�tica econ�mica de Dilma e nos atirar em uma nova estagfla��o.

GUERRA

Estagfla��o? Sim, estagna��o com infla��o, o pior cen�rio poss�vel, principalmente para um pa�s t�o pobre e populoso como o Brasil. Exemplos n�o faltam por a�: Argentina, Venezuela e Turquia conhecem bem este duradouro ciclo perverso.

O “barba” investe contra a independ�ncia do Banco Central para: 1) arranjar um culpado para um poss�vel fracasso econ�mico de seu governo; 2) pavimentar o caminho para o fim da independ�ncia da Institui��o; 3) uma vez sob seu controle, indicar um poste qualquer.

Ato cont�nuo, a “alma mais honesta deste pa�ff” assumiria o comando da pol�tica monet�ria e… seja o que Deus quiser! Neste caso, o capeta. Se dependesse de Lula e seus “brilhantes” economistas, os juros no Brasil seriam negativos.

RESIST�NCIA

A independ�ncia do Banco Central � uma conquista da sociedade brasileira. Salvo pol�ticos populistas e picaretas, ningu�m mais gostaria de retroceder neste assunto. Lula n�o surpreende, pois, ao desejar a volta � sua subordina��o.

Juros baixos n�o dependem da vontade de uma pessoa, por mais poderosa que seja. Juros s�o o pr�mio que o devedor perdul�rio paga ao endinheirado respons�vel. Se o Brasil n�o fosse t�o mal governado nos �ltimos 70 anos (no m�nimo!), a hist�ria seria outra.

D�ficits fiscais recorrentes est�o na origem da infla��o e dos juros altos. Quanto mais endividado o Brasil, maior o risco de cr�dito, logo, maior o pr�mio a ser pago pelo Pa�s aos “rentistas”, sejam pessoas f�sicas ou empresas financeiras.

FUTURO

Lula sabe muito bem disso, mas na falta de vontade pol�tica para gastar menos e melhor, prefere os paliativos de sempre. De igual sorte � a desejada reforma tribut�ria, eufemismo para aumento de impostos. Eles gastam, roubam e nos mandam a conta.

Para a sorte do Brasil - se � que posso chamar isso de sorte -, temos um Congresso com vi�s opositor tamb�m nesta quest�o. Ao menos at� que o governo acerte o pre�o para uma mudan�a de pensamento, algo sempre poss�vel, diga-se de passagem.

Tudo o mais constante, o BC continuar� independente, seja no comando ou na pol�tica atual. J� a partir de 1 de janeiro de 2025, quando Campos Neto for substitu�do, a coisa poder� mudar de figura. Perigosamente, ali�s, pois Lula indicar� o novo presidente.

At� l�, o “sapo barbudo” tem duas op��es: tentar alterar a lei, ou passar dois anos tumultuando o ambiente macroecon�mico do Pa�s, causando turbul�ncia nos mercados. Ah! Tem mais uma: ficar calado e trabalhar. Essa �ltima, confesso, � a mais dif�cil.

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