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'Realizada', Palmirinha superou inf�ncia pobre e um casamento infeliz

Hoje aos 87 anos, a culinarista est� no programa 'Chef ao p� do ouvido' e reserva tempo para curtir os netos e bisnetos. 'Ver que a gente plantou alguma coisa e que isso vai continuar de alguma forma � muito legal', diz


10/02/2019 05:04

(foto: M�XIMA SP/DIVULGA��O)

A primeira vez em que Palmirinha apareceu na TV foi no fim da d�cada de 1980, no Programa S�lvia Poppovic. Nessa �poca, ela nem era conhecida ainda pelo apelido carinhoso dado por Ana Maria Braga. Mas Palmira Nery da Silva Onofre j� era uma ex�mia cozinheira, que costumava preparar banquetes e tinha clientes ass�duos. Uma de suas clientes era a diretora da atra��o comandada por S�lvia. “Um dia, ela me sugeriu participar do programa, porque eu sempre fui muito comunicativa, falava muito e tinha uma hist�ria de vida pela qual o p�blico iria se interessar”, diz a culinarista.

Palmirinha conta que, nessa �poca, n�o tinha o h�bito de ver TV. “N�o ligava para isso, porque minha vida sempre foi muito corrida, cuidando de casa e da fam�lia. No dia (do programa), o tema era ‘Criei meus filhos sozinha’ e ‘J� fui trocada por outra’. Eu me encaixava nos dois”, diverte-se a simp�tica senhorinha, que completa 88 anos em junho.

Para fazer um agrado a S�lvia, Palmirinha decidiu preparar uma cesta com salgadinhos e pediu para deix�-la no camarim. “Ela acabou levando a cesta para o est�dio, ao vivo. E comentou que, al�m de eu ter uma trajet�ria bonita, ainda cozinhava muito bem. Quando terminou o programa, foi um sucesso. Uma semana depois,  a Record estava me chamando”, lembra.

Com sua maneira did�tica e carinhosa de ensinar a cozinhar, Palmirinha ficou no Note e anote, ao lado de Ana Maria Braga, durante seis anos. “Foi ali que comecei a ficar conhecida mesmo. E como eu chamava a Ana de Aninha, ela me devolvia, me chamando de Palmirinha. A� pegou. Ningu�m mais me chama de Palmira”, conta.

Depois da ida da apresentadora para a Globo, a culinarista chegou a permanecer por um per�odo na emissora de Edir Macedo, mas acabou despertando o interesse da TV Gazeta, onde atuou como colaboradora dos programas Mulheres e Pra voc�. L� tamb�m comandou pela primeira vez um programa s� seu, o TV culin�ria, no qual mostrava o passo a passo de receitas, tirava d�vidas dos telespectadores e ainda contava com a parceria de Anderson Clayton, int�rprete do boneco Guinho.

Ela ficou na Gazeta durante 13 anos e depois de um tempo longe da TV, foi para a Fox Life, onde fez tr�s temporadas. “Chega uma hora em que cansa, porque � di�rio, ao vivo, e eu queria curtir meus netos, meus bisnetos (ela tem tr�s filhas, seis netos e cinco bisnetos). Cheguei a fazer um canal no YouTube, mas n�o me dediquei. A gente prioriza outras coisas”, frisa.

WEBCELEBRIDADE Por falar em internet, Palmirinha virou uma webcelebridade sem fazer nenhum esfor�o. Vira e mexe, ela figurava na lista do Top five, do extinto CQC, da Band, quadro que trazia as cinco melhores “p�rolas” da televis�o brasileira ao longo da semana, desde not�cias estranhas anunciadas em telejornais a gafes cometidas em rede nacional. A cozinheira virou at� meme por conta disso. “Acho divertido. Sabe, eu nunca tive vaidade nenhuma de ser famosa, de ter meu pr�prio programa. Tudo veio na minha m�o como Deus quis. S� tenho a agradecer aos f�s e � imprensa por todo esse carinho”, diz a cozinheira, que ainda fez uma ponta como ela mesmo no cinema, em Internet - O filme (2017). Palmirinha tem um site com dicas, receitas e cursos online (www.vovopalmirinha.com.br).

No come�o do ano, ela voltou � telinha no programa Chef ao p� do ouvido, que vai ao ar todas as quintas-feiras, �s 21h, no GNT. Apresentada por Thaynara OG, a atra��o � uma competi��o semanal entre dois cozinheiros inexperientes que, observados por meio de monitores, s�o orientados por um ponto eletr�nico – um pela chef Renata Vanzetto e o outro pelo chef Raphael Cesana – para preparar um prato. Ao longo da disputa culin�ria, Thaynara recorre � ajuda e �s dicas da culinarista no quadro Chama a Palmirinha. Com seu jeito aut�ntico e peculiar, Palmirinha acaba sendo um destaque do programa. Num dos epis�dios, ela confundiu o nome da apresentadora e se desculpou. “Naira, voc� � linda. Voc� me perdoa se eu trocar. Se eu falar algo errado, n�o sou a Palmirinha”, brincou.

A culinarista e apresentadora diz que agora s� quer fazer participa��es espor�dicas na TV e tem se dedicado a outros projetos, como sua rede de caf�s Casa Vov� Palmirinha, que tem duas unidades em S�o Paulo, onde mora. Tudo que � vendido l� passa pelo seu aval. “As pessoas v�o atr�s da minha comida. � o meu nome. Ent�o tem que conferir tudo. Em breve, minha filha vai abrir uma espa�o que tamb�m vai trazer v�rias de minhas receitas”, conta ela, que tem tamb�m a inten��o de intensificar a oferta de cursos e o lan�amento de livros de receitas.

Na opini�o de Palmirinha, o surgimento de cursos e faculdades de gastronomia foi um fator de influ�ncia para a tend�ncia de programas de culin�ria na TV. “Quando comecei, a gente via mais as cozinheiras mesmo, tipo eu, a Of�lia, gente que aprendeu a cozinhar sozinha ou com a fam�lia. Mas acho muito importante e bonito essa evolu��o da cozinha, com os chefs. Adoro todos, principalmente o Felipe Bronze, o (Henrique) Foga�a e o Alex Atala”, diz.

BATALHADORA Nascida em Bauru, no interior de S�o Paulo, Palmirinha aprendeu a cozinhar com a m�e e com a av�, que era italiana. Por isso, boa parte das receitas em que se especializou s�o da terra da Bota,  como massas e p�es. Quando se casou, aprendeu muito com a sogra. No entanto, essa vovozinha que � t�o amada pelo p�blico n�o teve uma vida f�cil. De fam�lia humilde, aos 7 anos foi morar e trabalhar na capital, como dama de companhia de uma francesa. “Meus pais n�o tinham condi��es e a� fiquei um tempo aqui em S�o Paulo com essa senhora. Ela at� queria me adotar. Quando papai morreu, eu tinha 14 anos e voltei para Bauru para ajudar minha m�e a criar meus irm�os”, relata.

De volta � sua terra natal, conheceu o pai de suas tr�s filhas – T�nia, Sandra e Nancy –, mas o casamento n�o deu certo. “Casei uma s� vez e fui muito mal casada. Eu que tive que me virar para criar as meninas. A gente n�o combinava. Ele era uma pessoa muito revoltada e a� cada um seguiu seu rumo”, comenta. Apesar dessas agruras, Palmirinha nunca tirou o sorriso do rosto e ressalta ter muito orgulho de sua trajet�ria. “Poder ensinar as pessoas alguma coisa � muito bom. E, enquanto Deus quiser, vou continuar fazendo isso. Estou muito bem de sa�de, minha m�dica me ajuda muito a ser t�o ativa e com a cabe�a boa. Sou uma pessoa muito feliz e realizada. Ver que a gente plantou alguma coisa e que isso vai continuar de alguma forma � muito legal”, afirma.

Chef ao p� do ouvido
GNT
�s quintas, �s 21h


”Eu nem assistia � TV. N�o ligava para isso, porque minha vida sempre foi muito corrida, cuidando de casa e da fam�lia. No dia (do Programa S�lvia Poppovic, no qual estreou), o tema era ‘Criei meus filhos sozinha’ e ‘J� fui trocada por outra’. Eu me encaixava nos dois”

“Chega uma hora em que cansa, porque � di�rio, ao vivo, e eu queria curtir meus netos, meus bisnetos (ela tem tr�s filhas, seis netos e cinco bisnetos). Cheguei a fazer um canal no YouTube, mas n�o me dediquei. A gente prioriza outras coisas”

“Poder ensinar �s pessoas alguma coisa � muito bom. E, enquanto Deus quiser, vou continuar fazendo isso. Estou muito bem de sa�de, minha m�dica me ajuda muito a ser t�o ativa e com a cabe�a boa. Sou uma pessoa muito feliz e realizada”

>> Palmirinha, culinarista


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