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Estado de Minas

Ovo, a atra��o mais brasileira do Cirque du Soleil, estreia em BH

Criado pela core�grafa Deborah Colker, espet�culo ficar� em cartaz at� 17 de mar�o no Mineirinho. Enredo sobre o mundo dos insetos remete ao drama dos imigrantes e dos exclu�dos


postado em 07/03/2019 05:04

O italiano Devin De Bianchi ensaia no Mineirinho (foto: Fotos: Leandro Couri/EM/D.A Press)
O italiano Devin De Bianchi ensaia no Mineirinho (foto: Fotos: Leandro Couri/EM/D.A Press)


Um pequeno milagre foi operado no Mineirinho. Quem chega ali, percebe que s� a carca�a do velho gin�sio da Pampulha est� � mostra. Em 26 de fevereiro, teve in�cio a montagem de Ovo, espet�culo do Cirque du Soleil, grupo que inicia nesta quinta-feira (7), em BH, a sua s�tima turn� no Brasil. A temporada mineira se encerra em 17 de mar�o. At� maio, a trupe se apresentar� no Rio de Janeiro, Bras�lia e S�o Paulo.

Primeira montagem de arena da companhia canadense no pa�s – as anteriores foram os chamados shows de tenda –, Ovo � o mais brasileiro dos espet�culos do Cirque. Deborah Colker criou, dirigiu e coreografou os n�meros – � a primeira mulher a dirigir a trupe fundada em 1984, em Montreal, por Guy Lalibert�.

Em 2009, Ovo estreou em Montreal. Chega a BH depois de rodar os Estados Unidos e a Europa. H� novidades, ainda que o p�blico, depois de extensivas turn�s no pa�s desde 2006 (� a quinta vez que a companhia vem a BH), j� esteja familiarizado com os n�meros espetaculares do Cirque. Pela primeira vez, a trupe conta uma hist�ria a partir do universo dos insetos. A narrativa tem in�cio com a chegada de um ovo, algo estranho para o mundo de grilos, baratas, aranhas e formigas. Cercado por desconfian�a e medo, o inseto que nasce daquele ovo se apaixona por uma joaninha, que guia os passos dele dentro da col�nia.

A mensagem inclusiva � clara. “Um inseto estrangeiro que chega nessa comunidade com um ovo gigante representa o imigrante, o exclu�do, o diferente, aquele que n�o � aceito. A hist�ria tem 24 horas e o personagem passa esse tempo tentando recuperar o ovo”, diz Colker. Mantido em portugu�s, independentemente de onde o espet�culo esteja em cartaz, o t�tulo demorou a ser aceito. “Mas quando sacaram que poderiam fazer grafismos com a palavra, adoraram”, comenta a diretora.

Outra dificuldade foi incluir na produ��o profissionais com quem Deborah est� acostumada a trabalhar – Berna Ceppas assina a trilha sonora (executada ao vivo, traz bossa nova, forr�, carimb�, samba e at� funk carioca) e Gringo Cardia a cenografia. “Alegaram que n�o tinham contratado a minha companhia, mas a mim. Mas era uma quest�o de artesania, eu estava entrando num desafio monumental, tudo muito novo. Precisava de um lugar conhecido que literalmente falasse a minha l�ngua”, explica a core�grafa. A feitura de Ovo levou dois anos e meio.



BRASIL

A assinatura da brasileira � latente. O n�mero final, por exemplo, re�ne uma d�zia de artistas que atuam em trampolins e colch�es de ar. Ao fundo, a parede de escalada remete a Velox (1995), o espet�culo que trouxe fama � Companhia Deborah Colker. No elenco est�o cinco brasileiros, incluindo uma das protagonistas, Neiva Nascimento, que interpreta a joaninha.

A vers�o de Ovo que chega ao Brasil � de 2016. O espet�culo nasceu para ser um show de tenda. H� tr�s anos, foi adaptado para o formato atual. Perdeu n�meros, por�m ganhou palco maior. Para receber a montagem, o Mineirinho foi dividido pela metade. Boa parte do gin�sio � ocupada n�o s� pelo palco, mas pela estrutura completa do Cirque.

Como toda trupe circense, a companhia leva tudo para o espet�culo: ar-condicionado, sistema de som, estrutura de palco e dos 11 n�meros. Isso fica � vista do p�blico. Atr�s do palco, uma pequena cidade foi constru�da. Como os artistas (contorcionistas, trapezistas, equilibristas) t�m de treinar diariamente, nos bastidores h� uma academia completa (de cama de pilates a trampolim).



BERIJNELA

Na visita aos bastidores, acompanhamos, ao lado dos treinos, duas profissionais pintando grandes pandeiros. A pintura � de berinjelas, que ser�o carregadas no n�mero de footjugling (malabarismo com os p�s). Como as personagens s�o formigas, elas v�o carregar milho, kiwi e as tais berinjelas.

O preciosismo � tamanho que at� mesmo as m�quinas de lavar roupa s�o pr�prias. Cinco lavadoras e tr�s secadoras funcionam no Mineirinho. Os figurinos nada convencionais s�o marca registrada da companhia. Ovo viaja com mil pe�as. Chefe do guarda-roupa, a espanhola Mar Gonzalez Fernandes est� � frente de uma equipe de seis pessoas. Uma cuida s� dos sapatos, outro s� de perucas e cabelos. Duas profissionais foram contratadas no Brasil para fazer reparos.

Cada artista tem dois figurinos (produzidos a m�o, em Montreal) de seu personagem. Assim que termina a apresenta��o, eles s�o lavados. Na manh� seguinte, h� checagem para verificar algum dano na roupa. Como s�o 17 tipos de insetos e 50 artistas, a manuten��o n�o para. “Em m�dia, os figurinos duram seis meses. Alguns podem chegar a um ano”, diz Mar Fernandes. Os 13 grilos s�o os mais dif�ceis de manter, pois os artistas fazem n�meros a�reos.

A chefe do guarda-roupa tem tudo documentado. Cada artista que ingressa no Cirque passa de tr�s a quatro semanas treinando em Montreal. Nesse per�odo, � feito o dossi� com todas as medidas. Com quatro p�ginas, registra cada pequeno detalhe do corpo de seu dono. Assim, quando o artista ingressa na turn�, o figurino chega do Canad� totalmente pronto.

Em BH, Ovo ter� 16 apresenta��es – o est�dio pode receber 6 mil pessoas por sess�o. Uma prova de fogo para o alquebrado Mineirinho. Para melhor absor��o do som (a qualidade ac�stica sempre foi um drama para espet�culos apresentados l�), o teto est� coberto por tecidos e o piso com tapete. Maquiagem de artista especial para o pequeno gigante da Pampulha. (Com Ana Clara Brant)

CIRQUE DU SOLEIL

Ovo. Temporada vai desta quinta-feira (7) a 17 de mar�o. Mineirinho, Avenida Ant�nio Abra�o Caram, 1.001, Pampulha. De ter�a a quinta, 21h; sexta e s�bado, 17h e 21h; domingo (10), 16h e 20h; domingo (17), 14h e 18h. Ingressos – Premium: R$ 550 e R$ 275 (meia). Setor 1 (amarelo): R$ 440 e R$ 220 (meia); setor 2 (verde): R$ 320 e R$ 160 (meia); setor 3 (azul): R$ 260 e R$ 130 (meia). Tapis Rouge: R$ 350 (mais o valor do ingresso premium) – disponibiliza estacionamento, coquetel e acesso separado, entre outras facilidades. Abertura do local 90 minutos antes do show. Capacidade: 5.918 lugares. Dura��o: duas horas (com 20 minutos de intervalo). Classifica��o: livre. Ingressos � venda no Shopping Cidade e pelo site www.tudus.com.br


OVO

25º
espet�culo do Cirque du Soleil


10
anos desde a estreia


5 milh�es
de pessoas assistiram ao espet�culo



25
pa�ses representados na equipe


100
profissionais na equipe


50
artistas


300
pessoas contratadas em BH


10t
peso da estrutura acrob�tica


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