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Estado de Minas

Document�rios celebram a diversidade no Forumdoc de BH

Programa��o inclui debates e exibi��o de 58 produ��es nacionais e estrangeiras. Tem�ticas v�o da liberdade ao mundo trans e aos universos ind�gena e popular


postado em 23/11/2019 04:00 / atualizado em 23/11/2019 10:46


Em Bixa travesty, a cantora paulista Linn da Quebrada leva a abordagem do afeto e da identidade corporal para o universo trans (foto: Figa Films/divulgação)
Em Bixa travesty, a cantora paulista Linn da Quebrada leva a abordagem do afeto e da identidade corporal para o universo trans (foto: Figa Films/divulga��o)



Na semana em que foi celebrada a Consci�ncia Negra, o Forumdoc.bh abre sua 23ª edi��o novamente voltado � promo��o da diversidade e representatividade atrav�s do cinema. At� 1º de dezembro, ser�o 58 document�rios, entre nacionais e estrangeiros, que t�m em comum os direitos humanos e representa��es etnogr�ficas como tema. Um dos destaques da programa��o � Bixa travesty. Dirigido por Kiko Goifman e Claudia Priscilla, o longa � centrado na cantora paulista Linn da Quebrada, que tamb�m � roteirista do filme. Al�m de entrar na intimidade da artista, a produ��o aborda temas importantes relacionados � inclus�o e visibilidade de travestis e transexuais, como o afeto e as liberdades de identidade corporal. Quest�es importantes no pa�s mais violento do mundo contra essa popula��o.

Premiado no Festival de Berlim, onde estreou no ano passado na Mostra Panorama, vencendo o Teddy Award de melhor document�rio LGBT, a produ��o agora se encontrar� com um p�blico mais amplo no Brasil. Depois da exibi��o neste domingo (24), dentro do Forumdoc, entrar� em cartaz nas salas comerciais de BH na pr�xima quinta. “� um momento de extrema ansiedade. Por mais que o filme tenha tido uma carreira importante em festivais, inclusive dentro do Brasil, entrar em cartaz � outra coisa. Atingir um p�blico que a gente queria, que n�o seja s� aquele mais elitizado, � muito importante, at� porque � uma tem�tica muito brasileira”, comenta Kiko Goifman.

Em cena, Linn da Quebrada n�o � apenas a artista e ativista transg�nero documentada, mas participa criativamente da produ��o. Al�m de colaborar com o roteiro, ela leva para diante das c�meras sua intimidade corporal e reflexiva. Isso ocorre de maneiras variadas – seja no palco com a pot�ncia de suas letras, em di�logos construtivos com a amiga Jup do Bairro, ou em momentos de conv�vio familiar, quando a rela��o com a pr�pria m�e � externalizada. “A ideia de cham�-la para estar criativamente junto vem do nosso entendimento de que � uma artista que usa o pr�prio corpo e a pr�pria vida como obra de arte. Era importante ela decidir como seria essa narrativa”, argumenta Cl�udia Priscilla.

Atrav�s das palavras e do pr�prio corpo, Linn – que lan�ar� �lbum (Trava l�nguas, independente) no come�o do ano que vem e recentemente atuou na s�rie Segunda chamada, da TV Globo – mostra ao p�blico quest�es importantes para a chamada ‘visibilidade trans’, que procura garantir cidadania e direitos para esse grupo, alvo de 163 homic�dios motivados por �dio em 2018, segundo o Instituto Brasileiro Trans de Educa��o (IBTE). 

Sem medo


Entre as principais abordagens do filme est�o a afetividade, muitas vezes negligenciada a quem � visto pela sociedade como sexualmente marginalizado. A rela��o com o corpo � outro ponto importante. Sem medo de compartilhar sua intimidade f�sica, a protagonista levanta ideias importantes sobre a liberdade est�tica na constru��o da pr�pria identidade de g�nero.

“O Brasil � extremamente violento com a popula��o trans. Atualmente, � poss�vel falar que temos um governo homof�bico e transf�bico. Ent�o, o filme aumenta sua import�ncia neste momento”, afirma Kiko Goifman. “Fizemos este filme para a popula��o LGBT, mas nossa inten��o � falar com a popula��o em geral, colocar nossos corpos naturais como fr�geis e falar de outras pot�ncias e outras viv�ncias pouco faladas ao longo da hist�ria. � para pensar os corpos de forma geral”, complementa Cl�udia Priscilla. Bixa travesty ser� exibido domingo, �s 21h, no Cine Humberto Mauro, dentro da Mostra Contempor�nea Brasileira.



Confira a programa��o do fim de semana:
» S�bado (23)
15h: Sess�es Especiais
Banquete Coutinho (2019), de Josaf� Veloso, 74’. Classifica��o: 12 anos
17h: Mostra Mortos e a C�mera
M�t�n�g, a encantada (2019), de Shawara Maxakali e Charles Bicalho, 15’; Tatakox – Aldeia Vila Nova (2009), da comunidade maxakali Aldeia Nova do Pradinho, 22’. Classifica��o: livre. Sess�o comentada por Sueli e Isael Maxakali e Charles Bicalho
18h30: Mostra Contempor�nea Brasileira
Ch�o (2019), de Camila Freitas, 110’. Classifica��o: Livre
21h: Sess�es Especiais
Ant�nio e Piti (2019), de Vincent Carelli e Wewito Piy�ko, 78’.
Sess�o comentada pelos diretores e Juca Ferreira. Classifica��o: Livre

» Domingo (24)
15h: Sess�es Especiais
Rua Guaicurus (2019), Jo�o Borges, 75’. Classifica��o: 18 anos
Sess�o comentada pelo diretor e equipe
17h: Mostra Contempor�nea Brasileira
Virou Brasil (2019), de Pakea, Hajkaramykya, Arakurania, Petua, Arawtyta’ia, Sabi� e Paranya, 81’. Classifica��o: Livre. Sess�o comentada por Vincent Carelli
19h: Mostra Mortos e a C�mera
Les Tombeaux sans Noms (Fran�a/Camboja, 2018), Rithy Panh, 115’. Classifica��o: 16 anos
21h: Mostra Contempor�nea Brasileira
Swinguerra (2019), de B�rbara Wagner e Benjamin de Burca, 22’;
Bixa travesty (2018), de Claudia Priscilla e Kiko Goifman, 75’.
Classifica��o: 18 anos

















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