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Rodolfo Vaz fala de seu trabalho em Amor de m�e e de planos no cinema

Ex-integrante do Galp�o, ator mineiro estreia hoje na novela da Globo dirigida por Jos� Luiz Villamarim. '� muito bacana voc� chegar a essa altura da vida aprendendo alguma coisa', conta ele


postado em 04/12/2019 04:00 / atualizado em 03/12/2019 19:11

Ex-integrante do Galpão, Rodolfo Vaz diz que dificuldades impostas ao teatro têm levado atores para o audiovisual (foto: Leo Lara/divulgação)
Ex-integrante do Galp�o, Rodolfo Vaz diz que dificuldades impostas ao teatro t�m levado atores para o audiovisual (foto: Leo Lara/divulga��o)

Nesta quarta-feira (4), vai ao ar a primeira cena de Nuno, o vi�vo vasca�no dono de um bar no fict�cio Bairro do Passeio, onde se passa boa parte da hist�ria de Amor de m�e, a trama das nove da Globo. Quem faz o papel � Rodolfo Vaz, de 58 anos, dono de trajet�ria consagrada nos palcos. � a primeira novela que o mineiro faz de “cabo a rabo”, como define, depois de uma ponta em Desejo proibido (2007).

“O Z� (Jos� Luiz Villamarim, diretor art�stico) e a Manuela (Dias), a autora, j� tinham comentado que queriam me encaixar em alguma obra. A novela foi adiada e isso ficou meio em aberto. Mas agora finalmente aconteceu. � muito bacana voc� chegar a essa altura da vida e da carreira aprendendo alguma coisa. Est� sendo uma experi�ncia maravilhosa”, ressalta.

Ex-integrante do Grupo Galp�o, Rodolfo Vaz contracenar� com o n�cleo de uma das protagonistas, Thelma (Adriana Esteves). Nuno vai dar emprego ao filho dela, Danilo (Chay Suede), depois de um desentendimento do rapaz com a m�e. “N�o participei das leituras com o elenco, como a maioria dos atores. J� cheguei fazendo, pois o Z� me disse para fazer do jeito mais natural. Apesar de ser um personagem pequeno, Nuno tem uma historinha que vai se desenvolver ao longo dos cap�tulos. H� um arco dram�tico, uma trajet�ria”, revela o ator.

O personagem � pai de Joana (Cac� Ottoni). A garota vai lutar para continuar estudando, mesmo contra a vontade de Nuno, e receber� o apoio da professora Camila (J�ssica Ellen), filha de Lourdes (Regina Cas�).

O ator elogia o texto de Manuela Dias, a quem conheceu por meio de Maria Padilha. A atriz levou a autora para ver Rodolfo na pe�a Salmo 91, que lhe rendeu o Pr�mio Shell. “Desde ent�o, passamos a trocar e-mails e Manuela me mandou v�rios textos para o teatro”, recorda. Um deles foi Berenice e Soriano. A pe�a infantil, que fez temporada em Belo Horizonte e no interior de Minas, ser� encenada em janeiro no Rio. Rodolfo � o produtor, enquanto sua mulher, Fernanda Vianna, integrante do Galp�o, assina a dire��o.

O enredo narra a saga da doce e destemida Berenice, que sai pelo mundo em busca do sabi� Soriano. Sempre acompanhada da boneca de pano Rosa, a menina vive muitas descobertas e � surpreendida por personagens do cancioneiro popular brasileiro.

“Tudo o que a Manuela faz tem muita sensibilidade. A novela � assim tamb�m, um trabalho feminino, de muito amor e delicadeza. Sem falar na dire��o com o pessoal do cinema”, comenta Rodolfo, referindo-se � equipe montada por Villamarim para a produ��o da Globo, que conta com os diretores Walter Carvalho, Noa Bressane, Fellipe Barbosa e Isabella Teixeira. “Por isso Amor de m�e j� est� sendo um sucesso”, destaca o mineiro, que tem gravado de duas a tr�s vezes por semana e aderiu � ponte a�rea BH-Rio.

S�RIES 

Apesar de ser essencialmente um artista do palco, a televis�o faz parte dos quase 40 anos de carreira de Vaz, que trabalhou em seriados e especiais, sobretudo em parceria com o diretor Luiz Fernando Carvalho. Rodolfo fez Hoje � dia de Maria (2005) ao lado de companheiros do Galp�o e de bonecos do Giramundo. “Curiosamente, essa miniss�rie era gravada onde hoje ficam os novos est�dios da Globo, o MG4. Na �poca, era um terreno com algumas casinhas e uma lona”, lembra.

Outro trabalho com Carvalho foi Capitu (2008), adapta��o do cl�ssico Dom Casmurro, de Machado de Assis. O mineiro ajudou na prepara��o de Michel Melamed, que interpretou Bentinho. “Fazer TV � e n�o � diferente. Tem muitas coisas envolvidas. � curioso como muita gente do teatro est� migrando para o audiovisual. H� mais espa�o nesse mercado, j� que o teatro anda sendo muito maltratado. � um momento delicado para todos n�s, artistas”, lamenta.

Rodolfo se preocupa com a pol�tica cultural implantada pelo governo. “A gente conseguiu construir um patrim�nio, ter casa, carro, com o nosso trabalho. Hoje, vejo os grupos numa peleja. H� um retrocesso, coisas se perdendo. Ser� que vamos ter de come�ar tudo do zero? Fazer teatro para amigos, num clube, ou numa casa ali da esquina? � um momento completamente revoltante”, desabafa. Resistir � a sa�da, admite. “A esperan�a fica menor, mas o teatro sempre resistiu, ent�o a gente tem que encontrar for�as em algum lugar.”

Rodolfo Vaz contracena com a mulher, Fernanda Vianna, em O inspetor geral, peça do Galpão (foto: Guto Muniz/divulgação)
Rodolfo Vaz contracena com a mulher, Fernanda Vianna, em O inspetor geral, pe�a do Galp�o (foto: Guto Muniz/divulga��o)


FILMES 

Nos pr�ximos meses, ele vai se concentrar na novela. Alguns de seus trabalhos no cinema devem ser lan�ados em 2020. Um deles � Rodantes, filme do diretor mineiro Leandro Lara, que foi exibido no Festival de Bras�lia. Ainda sem data de estreia, o longa P�rola � adapta��o da pe�a hom�nima de Mauro Rasi e estrelada por Drica Moraes. A dire��o � do ator Murilo Ben�cio, colega de Rodolfo em Amor de m�e.

“Admiro demais o Murilo, foi muito legal fazer esse filme. Ali�s, o que mais tem na novela � gente bacana e talentosa. � um prazer estar ao lado do Irandhir Santos, da Regina Cas� – eu sa�a de BH, nos anos 1980, para v�-la aqui no Rio com o Asdr�bal Trouxe o Trombone. Estou me sentindo abra�ado por essa hist�ria, por esse clima de amor, ainda mais neste momento de desarmonia que o pa�s enfrenta”, observa.

Rodolfo Vaz n�o titubeia ao ser perguntado sobre o maior orgulho em sua trajet�ria. “O Galp�o”, responde. O ator integrou o grupo por 27 anos. Diz que com a trupe fez dois marcos de sua carreira: as pe�as Romeu e Julieta (1992) e Um Moli�re imagin�rio (1997).

“Foram momentos incr�veis. Era como casamento, mas um pouco pior, pois �ramos 13 pessoas (risos)”, comenta. De acordo com ele, a sa�da da companhia foi amig�vel. “At� hoje as pessoas me associam ao Galp�o. Isso est� na minha hist�ria pra sempre”, conclui.


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