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Estado de Minas ARTES VISUAIS

Exposi��es virtuais s�o a sa�da para os dias de isolamento social

Pandemia imp�e nova din�mica a galerias, museus e eventos ligados �s artes pl�sticas, que recorrem a estrat�gias ligadas ao universo on-line para n�o perder a conex�o com o p�blico


postado em 19/05/2020 04:00

Diário de um gay na periferia, de Erick França, é uma das 60 obras da exposição Queerentena (foto: MDS/divulgação)
Di�rio de um gay na periferia, de Erick Fran�a, � uma das 60 obras da exposi��o Queerentena (foto: MDS/divulga��o)
Digital, digital, digital. M�sica, cinema, literatura e artes c�nicas t�m aprendido, a f�rceps, como lidar com este momento de isolamento social em decorr�ncia da pandemia do coronav�rus. As artes pl�sticas tamb�m v�m criando novas solu��es. Tr�s iniciativas, duas em curso e uma que estreia em breve, trazem alternativas tanto para comercializa��o quanto para visita��o on-line. 

A Partilha re�ne 17 pequenas galerias brasileiras que tentam sobreviver � crise com boas solu��es para o p�blico colecionador. O Museu da Diversidade Sexual lan�a, na pr�xima semana, sua primeira exposi��o on-line, uma coletiva de trabalhos in�ditos criados nos �ltimos 60 dias. E a 34ª Bienal de S�o Paulo, que adiou sua realiza��o para o fim de 2020, est� a todo vapor em seu site, que entrou no ar neste m�s.

Uni�o faz a for�a em seis capitais

Dezessete pequenas galerias de S�o Paulo, Rio de Janeiro, Bras�lia, Vit�ria e Porto Alegre, al�m da belo-horizontina Perisc�pio, se uniram para a Partilha, iniciativa que tenta fortalecer o mercado de arte neste per�odo. Previsto para durar tr�s meses, o projeto tenta manter em atividade os profissionais do setor – artistas, fot�grafos e t�cnicos, al�m dos pr�prios galeristas.

Cada galeria selecionou obras dos autores que representa – elas s�o vendidas em condi��es especiais. Quem comprar at� o fim de maio receber� cr�dito de igual valor para adquirir pe�a de outro artista. Em junho e julho, a venda ser� mantida nos mesmos moldes, s� que o cr�dito n�o ser� de 100%, haver� um desconto gradativo.
“Neste momento, a maior parte das vendas � feita por grandes galerias que t�m artistas de renome. H� tamb�m galerias internacionais, que est�o cedendo espa�o para o e-commerce. E feiras internacionais v�m ocorrendo on-line. S�o todas a��es muito distantes das pequenas galerias”, comenta Rodrigo Mitre, que h� cinco anos fundou a Perisc�pio, voltada para a arte contempor�nea.

Representando 25 artistas de v�rias regi�es do pa�s, Mitre conseguiu a ades�o de 20 deles, que levaram 90 trabalhos (pinturas, fotografias, esculturas e objetos) para o Partilha. A maior parte � mineira, como Henrique Detomi, Marcone Moreira e Lucas Dupin. H� tamb�m obras da carioca Gisele Camargo, do paulista F�bio Tremonte e da venezuelana Isabela Despujols.

Os valores variam de R$ 2 mil a R$ 60 mil, mas a maior parte das obras custa menos de R$ 10 mil. A iniciativa j� come�ou a dar resultados. “N�o � uma movimenta��o gigantesca, mas iniciei conversas com pessoas que nunca entraram na minha galeria, por exemplo. E v�rias pessoas que j� atendia, mas estavam arredias por conta do momento, come�aram a ver a vantagem do projeto para suas cole��es”, acrescenta Rodrigo Mitre.

PARTILHA
Veja todas as galerias e obras participantes em www.instagram.com/p.art.ilha. Em Belo Horizonte, a Perisc�pio pode ser acessada pelo www.periscopio.art.br.
Obra sem título do artista Marcone Moreira, da galeria mineira Periscópio, que participa do projeto Partilha (foto: Periscópio/divulgação)
Obra sem t�tulo do artista Marcone Moreira, da galeria mineira Perisc�pio, que participa do projeto Partilha (foto: Perisc�pio/divulga��o)

Mostra se inspira nadiversidade sexual

Na pr�xima segunda-feira (25), o Museu da Diversidade Sexual (MDS) completa oito anos. De portas fechadas desde mar�o, o espa�o na Pra�a da Rep�blica, em S�o Paulo, vai comemorar o anivers�rio com o lan�amento de sua primeira exposi��o virtual. Queerentena re�ne trabalhos de artistas LGBT de todo o pa�s realizados nos dois �ltimos meses.

“Logo que come�ou o per�odo de isolamento social, a gente ficou pensando em como conseguir estabelecer algum tipo de comunica��o com o nosso p�blico. Passei a receber trabalhos de artistas da comunidade e deu para perceber que est� havendo uma produ��o neste momento”, comenta Franco Reinaudo, diretor do MDS.
Diante disso, a institui��o fez chamamento p�blico para a realiza��o de uma coletiva on-line. Em uma semana recebeu 358 inscri��es, vindas de artistas de todas as regi�es brasileiras e tamb�m de Portugal e da Alemanha.

Para a Queerentena, foram selecionados 31 artistas (entre eles a cuiabana residente em Belo Horizonte Leiner Hoki) e um coletivo, totalizando 60 obras.
“Montamos um conselho curatorial com artistas e ativistas para fazer a sele��o, que levou mais tempo do que o pr�prio per�odo do chamamento p�blico. Tentamos contemplar diferentes linguagens art�sticas e tamb�m de sexualidade”, acrescenta Reinaudo.

Na exposi��o virtual, o usu�rio ter� acesso �s obras no modelo da plataforma Google Arts, em que � poss�vel tamb�m aumentar as imagens (muitos trabalhos s�o em v�deo).
“Por meio dos trabalhos, vimos que solid�o, preconceito e isolamento sempre fizeram parte da comunidade LGBT, n�o � s� por causa da pandemia. O isolamento social n�o � s� f�sico, mas tamb�m vem do sentimento de a pessoa n�o se sentir inclu�da”, acrescenta ele.
A iniciativa on-line, na opini�o de Reinaudo, veio para ficar. “A ideia � de que ela se torne permanente, como um acervo, uma refer�ncia”, diz. At� a pandemia do coronav�rus, o grupo s� trabalhava virtualmente por meio das redes sociais. “A partir do chamamento p�blico, vimos uma oportunidade de ampliar o universo”, informa o diretor do MDS.

QUEERENTENA

A exposi��o do Museu da Diversidade Sexual estar� dispon�vel on-line a partir da pr�xima segunda-feira (25), no site mds.org.br e na plataforma culturaemcasa.com.br

Em 1968, Carmela Gross apresentou A carga, na Bienal de São Paulo. Este ano, ela está de volta ao evento(foto: Marcello Nitsche/Divulgação)
Em 1968, Carmela Gross apresentou A carga, na Bienal de S�o Paulo. Este ano, ela est� de volta ao evento (foto: Marcello Nitsche/Divulga��o)
Bienal j� exibe as novidades de 2020

Com nova data (a partir de 3 de outubro, mas pass�vel de altera��o), a 34ª Bienal de S�o Paulo lan�ou o site da nova edi��o, que traz como tema geral “Faz escuro, mas eu canto”, verso do poeta amazonense Thiago de Mello. O material inclui detalhes sobre as mostras coletiva e individuais, textos in�ditos sobre os artistas participantes e uma publica��o educativa.

At� junho, a Funda��o Bienal vai divulgar o nome de todos os participantes – nesta edi��o, com curadoria-geral de Jacopo Crivelli Visconti, ser�o cerca de 90 artistas. Por ora, foram anunciados 28 deles. Tr�s novos nomes revelados neste m�s v�o participar da mostra coletiva. Destaca-se a paulistana Carmela Gross, veterana do evento – participou de sete Bienais, desde 1967. Seus trabalhos, em grande escala, relacionam-se com a arquitetura e a hist�ria.

Os demais s�o autores mais jovens. Daniel de Paula � um artista e pesquisador brasileiro nascido nos EUA que relaciona seu trabalho com geografia, arquitetura e hist�ria. O curitibano Gustavo Caboco � wapichana (grupo ind�gena que vive em Roraima). Criado no Paran�, s� foi conhecer suas origens na adolesc�ncia. Tal viv�ncia est� presente em sua obra, que pretende se conectar com suas ra�zes.

Desde 1996, a Bienal de S�o Paulo conta com site pr�prio. Cada nova edi��o produz seu pr�prio site, que � independente.

J� o Portal Bienal (www.bienal.org.br) � uma plataforma que re�ne os sites de todas as exposi��es como tamb�m seu arquivo, com mais de um milh�o de documentos em torno das realiza��es das Bienais de S�o Paulo e de seus desdobramentos na hist�ria da arte.

34ª BIENAL DE S�O PAULO
O site pode ser acessado no endere�o 34.bienal.org.br


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