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Estado de Minas M�SICA

Astros da m�sica brasileira n�o embarcam na febre das lives

Op��o para artistas impedidos de subir ao palco durante o isolamento social, shows on-line n�o seduzem Caetano Veloso, Ney Matogrosso, Maria Beth�nia e o grupo de rap Racionais


postado em 01/06/2020 04:00

Caetano Veloso virou até piada nas redes por resistir à febre das lives(foto: Instagram/reprodução)
Caetano Veloso virou at� piada nas redes por resistir � febre das lives (foto: Instagram/reprodu��o)

 
“Caetano, quando voc� vai fazer a live?”. Quem acompanha as redes sociais de Caetano Veloso j� viu que ele � sempre instigado pela companheira e empres�ria Paula Lavigne a aderir � febre das apresenta��es ao vivo na internet. Ele diz ora que est� pensando, ora que est� “esperando a voz estar boa”. V�deos postados por Lavigne viraram divers�o para os f�s e s�o tema at� das lives de Marcelo Adnet em cartaz no perfil do humorista no Instagram.
 
Assim como Caetano, outros nomes da m�sica brasileira n�o deram as caras nas lives. Uns por escolha, como o cantor e compositor baiano. Outros por falta de condi��es t�cnicas, por n�o tocarem um instrumento ou mesmo por falta de patroc�nio.
 
Ney Matogrosso � outro que foge das lives. “N�o sinto atra��o por fazer. Talvez seja medo da novidade”, diz. Maria Beth�nia bate ponto na lista dos “sem live”. A assessoria da cantora diz que ela n�o tem planos de se apresentar nas redes sociais, apesar dos pedidos dos f�s.
 

"N�o sinto atra��o por fazer. Talvez seja medo da novidade"

Ney Matogrosso, cantor

 
 
O produtor musical Marcus Preto diz compreender que nem todos se sintam � vontade nas lives. “� um formato novo para eles, que pensam: ‘Ser� que o som vai ficar bom?’. Tamb�m n�o ter�o a equipe que costuma ficar no palco e resolve qualquer problema com rapidez”, explica.
 
O grupo de rap Racionais MCs, que soma mais de 1 milh�o de seguidores no Instagram, aponta um outro motivo para a aus�ncia no movimento. De acordo com sua assessoria de imprensa, Mano Brown e companheiros n�o querem passar a impress�o de que estariam desrespeitando o isolamento social, pois uma apresenta��o deles reuniria ao menos oito pessoas no mesmo ambiente.

de fora  Por�m, h� um grupo de artistas � margem das lives. S�o nomes ainda atuantes – como Claudette Soares, Eliana Pittman, Doris Monteiro, Luiz Ayr�o, Zez� Motta, As Galv�o –, mas sem
possibilidades de aderir � �nica forma de apresenta��o poss�vel neste momento de pandemia.
 
O produtor Thiago Marques Luiz � respons�vel por revitalizar as carreiras de Cauby Peixoto e Angela Maria, no in�cio dos anos 2000. De certa forma, especializou-se em trabalhar com veteranos. Ele tra�ou um perfil dos preteridos: mais de 70 anos de idade, 50 de carreira, sem n�mero expressivo de seguidores nas redes sociais e que precisam de pelo menos um m�sico presente – o que, por estarem no grupo de risco para o coronav�rus, n�o � recomend�vel.
 
“Eles est�o em casa, sem trabalho por conta da pandemia. Muitos se sentem in�teis, mas a hist�ria que constru�ram ao longo da carreira � muito importante para ser esquecida neste momento”, adverte Marques Luiz.
 
O produtor criou o projeto Vozes da Melhor Idade. A ideia � que artistas fa�am pequenos v�deos contando suas hist�rias e mostrem uma can��o de seu repert�rio, para que depois, em est�dio, um violonista grave o acompanhamento. “J� bati em v�rias portas em busca de patroc�nio, mas n�o houve interesse”, lamenta Luiz.

DESAFIO Aos 73 anos, a cantora Eliana Pittman havia acabado de lan�ar o �lbum As divas do sambalan�o (ao lado de Claudette Soares, de 83, e Doris Monteiro, de 85) quando foi declarada a pandemia. “Estou dentro de casa tentando me reinventar. Esse � o desafio do momento”, afirma Eliana, que mora sozinha, em S�o Paulo, e pede ajuda de um vizinho quando quer gravar v�deos para postar nas redes sociais. O trio tinha seis shows marcados, mas tudo foi interrompido.
 
O compositor Luiz Ayr�o, de 78, se diz preocupado com a falta de qualidade t�cnica que poderia oferecer ao fazer uma apresenta��o de dentro de seu apartamento, em S�o Paulo, onde passa a quarentena ao lado da mulher e de um neto. “N�o acho que ficaria interessante. Para fazer de qualquer jeito, prefiro n�o fazer”, diz.
 
Grupos como MPB-4 e Quarteto em Cy, tamb�m com limita��es para se reunir, buscam marcar presen�a na internet. O primeiro resolveu a quest�o com um v�deo no qual cada integrante gravou sua participa��o de casa e, depois, as vozes e os instrumentos foram reunidos.
J� Cynara Faria, uma das fundadoras do Quarteto em Cy, cantou acompanhada dos filhos, representando o grupo. (Estad�o Conte�do)


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