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Estado de Minas CASO GEORGE FLOYD

Spike Lee lan�a v�deo denunciando a viol�ncia racial nos EUA

Diretor americano mandou para as redes sociais '3 brothers %u2013 Radio Raheem, Eric Garner e George Floyd'. No Brasil, plataformas de streaming oferecem filmes e s�ries sobre o racismo


postado em 02/06/2020 04:00 / atualizado em 01/06/2020 21:40

O diretor americano Spike Lee é uma das vozes mais contundentes do cinema mundial contra o racismo(foto: Angela Weiss/AFP)
O diretor americano Spike Lee � uma das vozes mais contundentes do cinema mundial contra o racismo (foto: Angela Weiss/AFP)
“A hist�ria vai parar de se repetir?”. Com essa pergunta, o cineasta Spike Lee deu in�cio a 3 brothers – Radio Raheem, Eric Garner e George Floyd. Divulgado na segunda-feira (1º/6) em sua conta no Twitter, o v�deo, em menos de dois minutos, relaciona as tr�s mortes, todas de
homens negros v�timas de viol�ncia policial. O primeiro personagem � fict�cio – Radio Raheem estava no filmFa�a a coisa certa (1989), de Lee.

Garner foi morto em julho 2014, estrangulado por um policial de Staten Island, Nova York, da mesma formque Floyd, na semana passada, em Minneapolis. “� 2020, pretos e pardos est�o sendo mortos como animais”, afirmou o cineasta ao jornal The New York Times. A declara��o de Spike Lee se mostrou terrivelmente premonit�ria: a entrevista foi publicada tr�s dias antes do assassinato de Floyd, em 25 de maio.

Pobreza, racismo, trucul�ncia policial est�o na pauta de filmes, documentais e de fic��o, al�m de s�ries, deste e de outros tempos, em que os protagonistas/alvos s�o negros, como destaca esta mat�ria. Como afirmou Lee, a hist�ria n�o para de se repetir.

FILMES

FA�A A COISA CERTA (1989)

(foto: Universal Pictures)
(foto: Universal Pictures)
Filme marco da carreira de Spike Lee, acompanha os moradores de Bedford-Stuyvesant, no Brooklyn, em um �nico dia de muito calor. O local � como um microcosmo dos EUA, em que a conviv�ncia di�ria entre personagens de diferentes etnias – negros (a maioria), latinos, asi�ticos, �talo-americanos – vai criando tens�es at� culminar em um conflito violento. A filmografia do cineasta traz outros grandes filmes que abordam a quest�o racial, do drama amoroso Febre na selva (1991), passando pela cinebiografia Malcolm X (1992) at� o mais recente, o brilhante Infiltrado na Klan (2018).
. Onde: Telecine Play e Looke

GREEN BOOK: O GUIA (2018)

(foto: Dreamworks/divulgação)
(foto: Dreamworks/divulga��o)
Aqui o tom � de com�dia dram�tica. Filme vencedor do Oscar 2019 (com alguma injusti�a, diga-se, pois Infiltrado na Klan concorria no mesmo ano), � apresentado como uma hist�ria baseada em fatos. Trata da amizade entre Don Shirley (Mahershala Ali), virtuoso pianista negro, e seu motorista, o italiano Tony Lip (Viggo Mortensen), durante uma turn� pelo Sul dos EUA na d�cada de 1960, per�odo de forte segrega��o racial. O livro verde do t�tulo � um guia que reunia os (poucos) hot�is e restaurantes que aceitavam negros na �poca. O filme de Peter Farrelly � um retrato sentimental do racismo que atingiu em cheio as grandes audi�ncias.
. Onde: Amazon Prime Video

DJANGO LIVRE (2012)

(foto: Andrew Cooper/divulgação)
(foto: Andrew Cooper/divulga��o)
Maior bilheteria de Quentin Tarantino. O cineasta d� aqui sua vers�o pra l� de pessoal da escravid�o nos EUA. Em 1858, �s v�speras da Guerra Civil, Django (Jamie Foxx) � um negro cuja liberdade � comprada por King Schultz (Christoph Waltz), ex-dentista alem�o que percorre o pa�s como ca�ador de recompensas. Nessa improv�vel parceria, a dupla vai tentar resgatar a escrava de quem Django foi separado. Com humor, provoca��es e incont�veis refer�ncias cinematogr�ficas (a mais imediata � Django, de 1966, de Sergio Corbucci), Tarantino mostra como as tens�es sociais fazem parte da forma��o cultural norte-americana. Na �poca de seu lan�amento, Spike Lee afirmou que “a escravid�o nos EUA n�o foi um western spaghetti de Sergio Leone, foi um Holocausto”.
. Onde: Globoplay

A COR P�RPURA (1985)

(foto: Warner Bros/divulgação )
(foto: Warner Bros/divulga��o )
Steven Spielberg, um cineasta j� das multid�es, realiza aqui seu primeiro drama adulto. No in�cio do s�culo 20, na sulista Ge�rgia, Celie (Woopi Goldberg, ent�o atriz desconhecida), uma menina negra de 14 anos, sofre constantes estupros do pai. Tem dois filhos com ele. For�ada a se separar das crian�as quando � “dada” em casamento a Mister (Danny Glover), continua a sofrer uma vida de abusos. A personagem passa a escrever cartas para tentar amenizar o sofrimento. A chegada de outras mulheres dar� consci�ncia a Celie sobre o seu valor e o que a vida pode lhe oferecer.
. Onde: Globoplay

CORRA! (2017)

(foto: Universal Pictures/divulgação)
(foto: Universal Pictures/divulga��o)
O Oscar de melhor roteiro original, at� ent�o in�dito para um negro, s� fez brilhar ainda mais a estrela do ator, cineasta e roteirista Jordan Peele, aqui em sua primeira dire��o de longa. � um filme de terror at�pico, recheado de ironia e cr�nica social. Um casal – ele (Daniel Kaluuya), negro; ela (Allison Williams), branca – viaja ao interior para que o jovem seja devidamente apresentado � fam�lia da namorada. No primeiro encontro, a despeito da aparente simpatia dos anfitri�es, ele sente o desconforto no ar, clima que ser� intensificado � m�xima pot�ncia naquele fim de semana. Com muita acidez, e fugindo do lugar-comum, Peele criou um filme bastante original sobre o racismo e suas formas de manifesta��o.
. Onde: Netflix

S�RIES

OLHOS QUE CONDENAM (2019)

(foto: Netflix/divulgação )
(foto: Netflix/divulga��o )
Em abril de 1989, uma jovem branca foi brutalmente atacada e estuprada no Central Park, em Nova York. Ela ficou em coma por 12 dias, mas sobreviveu, com sequelas. Cinco adolescentes pobres do Harlem, tr�s deles negros, foram presos. Capitaneados por uma procuradora branca que criou a narrativa para p�r os jovens no centro do crime, investigadores for�aram os meninos a assinar declara��es de culpa. A miniss�rie, que tem entre os produtores Ava DuVernay, Oprah Winfrey e Robert De Niro, recupera a hist�ria de um dos maiores erros jur�dicos da hist�ria dos Estados Unidos. O quinteto s� saiu da pris�o no in�cio dos anos 2000. Os Cinco do Central Park, nome que o caso ganhou, gerou indeniza��o milion�ria. O acordo fechado com a Prefeitura de Nova York, em 2014, concedeu US$ 41 milh�es aos jovens.
. Onde: Netflix

SEVEN SECONDS (2018)

(foto: Netflix/divulgação)
(foto: Netflix/divulga��o)
Racismo, corrup��o policial e injusti�a social est�o no centro deste drama estrelado por Regina King e Clare-Hope Ashitey. Em Nova Jersey, um jovem ciclista negro � atropelado por um policial branco. O culpado deixa a v�tima agonizando e � acobertado pelos colegas. No processo, a pol�cia tenta desmoralizar a v�tima. Uma promotora alco�latra entra no caso, mas no primeiro momento “engole” a fic��o criada pelos policiais. � medida que a hist�ria avan�a, novas camadas surgem na trama, mostrando que h� muita coisa por tr�s daquele fato.
. Onde: Netflix

DOCUMENT�RIOS

EU N�O SOU SEU NEGRO (2016)

(foto: Velvet Film/divulgação )
(foto: Velvet Film/divulga��o )
O ponto de partida do document�rio de Raoul Peck, que concorreu ao Oscar, foram as 30 p�ginas do manuscrito de Remember this house, o livro que James Baldwin n�o teve tempo de escrever. A obra contaria a hist�ria dos EUA a partir de tr�s protagonistas do movimento negro: Medgar Evers, Malcolm X e Martin Luther King. Os tr�s foram assassinados entre 1963 e 1968, no �pice dos conflitos pelos direitos humanos. Com montagem primorosa, Peck combina entrevistas, imagens hist�ricas, filmes, comerciais e m�sica pop para apresentar uma imagem da vida dos negros nos EUA at� a atualidade. Costurando todo o material est� o pr�prio Baldwin, seja em cenas de arquivo, seja na narra��o emocionante de Samuel L. Jackson.
. Onde: Globosat Play

WHAT HAPPENED, MISS SIMONE? (2015)

(foto: Sundance Institute/divulgação)
(foto: Sundance Institute/divulga��o)
“Como ser uma artista e n�o refletir o seu tempo?”, diz Nina Simone (1933-2003) ao entrevistador. Tal afirmativa acompanha o document�rio sobre uma das maiores vozes da hist�ria da m�sica mundial. N�o tivesse crescido na Am�rica segregada, Nina poderia ter sido uma grande pianista cl�ssica. Abra�ando a can��o popular, com �nfase no jazz, a cantora tamb�m foi ativista dos direitos civis. O per�odo de engajamento pol�tico da artista � a parte mais forte do filme. De comportamento rebelde, mas vinda de uma rela��o abusiva e muitos excessos (�lcool e drogas), Nina Simone foi capaz de inspirar jovens negros contra as adversidades por meio de can��es como To be young, gifted and black (Ser jovem, talentoso e negro). Nina Simone n�o era perfeita, mas como foi grande.
. Onde: Netflix


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