
Antes da pandemia, a casa, que possui mais uma unidade na regi�o Centro-Sul de BH e outra em S�o Paulo, tinha como proposta oferecer um “festival de pratos t�picos”. Para isso, utilizava o sistema self-service, possibilitando “a escolha pessoal de cada um, al�m do sentimento de estar em casa”.
Diante do protocolo proposto para a reabertura de bares, restaurantes e lanchonetes, anunciado na �ltima quarta-feira (15) pela Prefeitura de Belo Horizonte, esse modelo de atendimento se tornou invi�vel no contexto p�s-pandemia, quando todas as atividades de com�rcio e servi�o ser�o retomadas, mas com a ado��o de medidas de precau��o que possam evitar uma segunda onda de cont�gio pelo novo coronav�rus e a consequente necessidade de retomar a quarentena.
De acordo com o documento criado pelo executivo municipal ap�s reuni�o com o Comit� de Enfrentamento � Epidemia da COVID-19 e representantes do com�rcio de Belo Horizonte, o modelo self-service est� proibido quando os restaurantes forem autorizados a receber novamente clientes em seus sal�es. A alternativa dada � o atendimento com montagem do prato por um profissional do pr�prio estabelecimento.
“Ainda n�o batemos o martelo, mas a ideia � transformar o restaurante em � la carte”, afirma M�rcia Nunes, herdeira de Dona Lucinha (1932-2019) e atual respons�vel por gerir o restaurante. “Atualmente, estamos vivendo um dia ap�s o outro, ainda mais com a grande demanda de pedidos que recebemos. Mas, para garantir a seguran�a dos nossos clientes e funcion�rios, essa � a melhor decis�o por enquanto.”

BUF�
M�rcia conta que na filial paulistana, localizada na Zona Sul da capital, o sistema buf� continua operando, com a diferen�a que agora uma equipe do restaurante fica especificamente respons�vel por servir ]os clientes. “Por l�, estamos tomando todo o cuidado necess�rio, com o uso de estufas, luvas descart�veis e m�scaras de prote��o, al�m de tamb�m garantir o distanciamento m�nimo entre os clientes”, diz.
Embora os cuidados tenham sido refor�ados, a empres�ria faz quest�o de ressaltar que o restaurante sempre prezou pela seguran�a alimentar. “Estamos h� 30 anos atuando com o modelo self-service. Quando o Dona Lucinha surgiu, n�o havia outros restaurantes que apresentavam uma comida t�pica desse jeito com tanto capricho. Essa � uma heran�a que a mam�e passou para n�s. Est� na natureza do nosso trabalho. Ent�o n�o vai ser agora, diante desse momento t�o dif�cil, que iremos deixar de lado os cuidados que sempre foram necess�rios”, afirma.
Na avalia��o de M�rcia, as adapta��es que os restaurantes ter�o de adotar no contexto p�s pandemia ser�o bem assimiladas pelos clientes. Ela diz n�o temer fuga da clientela quando a opera��o no sal�o for novamente autorizada. “Estamos todos juntos nesse 'novo mundo'. Ent�o creio que a mudan�a deve ser bem recebida. Talvez os mais tradicionais possam sentir falta de como faz�amos, mas � preciso entender que muita coisa que era um h�bito, antes da COVID, agora se tornou um risco para a sa�de. E isso n�o � diferente para os restaurantes.”
LIMITE
Ainda segundo a determina��o da Prefeitura de Belo Horizonte, os estabelecimentos devem respeitar o limite de uma pessoa a cada 7m², para garantir a pr�tica do distanciamento social. Outra medida de preven��o que ter� de se tornar padr�o � a aferi��o de temperatura de todos que estiverem no local (clientes e funcion�rios). A aferi��o deve ser feita � dist�ncia, sem envolver o toque humano.
Os bares, restaurantes e lanchonetes ainda devem privilegiar a disposi��o dos clientes em �reas externas, incluindo cal�adas, ou em locais com mais ventila��o. S� ser� poss�vel colocar uma mesa a cada 6,5m², respeitando o distanciamento m�nimo de 2,5m e com no m�ximo duas cadeiras por mesa.