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Estado de Minas CINEMA

Plataformas de streaming escondem p�rolas para cin�filos

Confira uma sele��o de nove longas-metragens capazes de cativar os 'ratos de cinema', enquanto as salas permanecem fechadas em Belo Horizonte�


15/01/2021 04:00 - atualizado 15/01/2021 07:41

'The young offenders' está disponível na Netflix(foto: Netflix/divulgação)
'The young offenders' est� dispon�vel na Netflix (foto: Netflix/divulga��o)
Maldito algoritmo! Quantas vezes nos pegamos nestes longos meses em casa tentando encontrar algum filme ou s�rie e conclu�mos que hav�amos esgotado todas as (boas) possibilidades? 

Os lan�amentos semanais s�o abundantes, � fato, mas, de uma maneira geral, � um bom t�tulo para 10 descart�veis. Como a sala escura neste momento � uma utopia em Belo Horizonte, que atravessa sua segunda restri��o de abertura de com�rcio e servi�os para prevenir a dissemina��o do novo coronav�rus, separamos nove filmes distribu�dos em tr�s plataformas de streaming que valem o tempo no sof�, enquanto os cinemas n�o reabrem. Boa sess�o!

. Netflix

O gigante do streaming anunciou o lan�amento de 70 longas-metragens ao longo de 2021. A t�tulo de compara��o, o centen�rio est�dio Warner Bros. vai lan�ar 17 filmes neste ano. Os t�tulos originais da plataforma s�o sempre badalados. S� que h� muita coisa escondida. 

A Netflix tem pelo menos 200 subcategorias de filmes que n�o aparecem na p�gina inicial. Se tiver interesse em descobri-las, coloque no Google “Netflix+categorias escondidas” que voc� vai encontrar os c�digos e o passo a passo para descobrir com�dias independentes, filmes alem�es ou do Sudeste asi�tico. Ou seja l� qual for a sua prefer�ncia, tem para todo gosto.
  
• The young offenders (2016) – A com�dia irlandesa � baseada em uma hist�ria real da maior apreens�o de coca�na ocorrida naquele pa�s, em 2007. Os adolescentes Conor e Jack, melhores amigos e com uma queda para a delinqu�ncia, roubam duas bicicletas e pedalam 160 quil�metros, com a pol�cia em seu encal�o, para tentar encontrar uma parte da droga apreendida que sumiu. O pacote desaparecido equivale a US$  7 milh�es. A refer�ncia imediata � Trainspotting (1996). Aqui, a trilha sonora tem tamb�m import�ncia. Dois anos ap�s a estreia do filme, o mesmo cineasta, Peter Foott, lan�ou s�rie hom�nima e com os mesmos personagens. A produ��o est� na terceira temporada. 

• N�s somos jovens. N�s somos fortes (2014) – Parte colorido, parte em preto e branco, o filme de Burhan Qurbani � baseado em fatos reais. Em 24 de agosto de 1992, em Rostock, cidade no Leste da Alemanha, uma multid�o enfurecida de radicais de direita incendiou um abrigo onde estavam mais de 100 vietnamitas que pediam asilo no pa�s europeu. Ningu�m morreu durante o ataque, que durou mais de dois dias e duas noites. S�mbolo da xenofobia da Alemanha rec�m-reunificada, o epis�dio � retratado no filme por meio de tr�s personagens: um jovem vietnamita, outro que faz parte da turba violenta e seu pai, um homem que entra em um dilema entre proteger o filho e fazer a coisa certa. 

• A sun (2019) – A produ��o chinesa (de Taiwan) dirigida por Mong-Hong Chung acompanha uma triste hist�ria familiar. Um casal teve dois filhos. Como o ca�ula sempre foi problem�tico, todas as expectativas foram dirigidas ao introvertido primog�nito. Enquanto este tenta entrar no curso de medicina, o mais novo � detido por um crime cometido por seu melhor amigo. O pai se recusa a ajudar o jovem, chegando a pedir ao juiz que seja severo na pena. Enquanto o filho vai para a pris�o, sua namorada se apresenta na porta da casa dos pais, gr�vida e decidida a ter o beb�. � tenso, nada piegas, com imagens impactantes e ritmo lento. Assista quando estiver num bom dia, j� que o drama n�o � para est�magos fracos.

. Amazon Prime Video

Dia ap�s dia, a tela inicial da plataforma parece imut�vel, com basicamente os mesmos destaques. S� que a quantidade de filmes dispon�veis nesse servi�o � enorme. Entretanto, separar o joio do trigo pode levar um tempo igual ao que se gasta para assistir ao filme. E mais: o aplicativo, mais de uma vez, nos prega pe�as, com t�tulos exclusivamente dublados (o horror do cin�filo) ou sem legendas (al�, estamos no Brasil!). Uma vez que tenha gostado de um t�tulo, � recomend�vel procurar abaixo dele, na aba “Os clientes tamb�m assistiram”. Nem sempre d� certo, mas � um caminho. 


• Departamento Q (foto) (2013, 2014, 2016) – S�o filmes dinamarqueses baseados nos romances de Jussi Adler-Olsen (dispon�veis no Brasil). Os f�s do g�nero sabem como a Escandin�via � o celeiro de narrativas policiais com clima noir. Os tr�s t�tulos dispon�veis – o primeiro se chama Departamento Q: Guardi�es das causas perdidas – acompanham Carl Morck (Nikolaj Lie Kaas), policial desacreditado ap�s participar de uma opera��o que deixa um companheiro paralisado e outro morto. Deprimido e bebendo muito, ele � transferido para o rec�m-criado Departamento Q, basicamente um por�o onde est�o casos antigos n�o resolvidos. Seu �nico parceiro ï¿½ o �rabe Assad (Fares Fares). Juntos, come�am a desvendar crimes imposs�veis (e cabulosos, como prezam as narrativas n�rdicas), que se tornam uma obsess�o para Morck. 

• Buscando um velho amor (2013) – Este � uma esp�cie de Sess�o da tarde indie. Em Seattle, Toni Collette � a cr�tica musical Ellie Klug, mulher madura que ainda vive como se estivesse nos anos 1990, na explos�o do grunge. Com sua revista em crise, seu editor lhe manda procurar um antigo astro daquele per�odo, que h� muitos anos sumiu de vista – muitos suspeitam que ele tenha cometido suic�dio. S� que o tal astro foi o grande amor de juventude de Ellie, que embarca na hist�ria ao lado de um amigo improv�vel, o anacr�nico Charlie (Thomas Haden Church, respons�vel pelas melhores piadas do filme). Com uma trilha sonora deliciosa e pequenas participa��es de grandes atores, o filme � agridoce e irresist�vel. 

• O som do sil�ncio (2019) – Este n�o � um t�tulo propriamente escondido, j� que, volta e meia, aparece entre os destaques da plataforma. Mas entra na lista porque merece um p�blico maior. Primeiro longa dirigido por Darius Marder, acompanha Ruben (Riz Ahmed), um viciado em drogas em recupera��o, que divide com a namorada, Lou (Olivia Cooke), uma banda de rock pesado. Ele � o baterista; ela, a vocalista e guitarrista. Juntos em um furg�o, viajam pelos EUA fazendo shows. At� que, um dia, ele descobre que est� perdendo a audi��o de forma avassaladora. Vai parar em uma institui��o crist� de surdos, cheia de disciplina. Ruben s� quer ter sua vida de volta, algo que vai descobrir ser imposs�vel da forma mais dif�cil. Aten��o para o som do filme – ali, at� o sil�ncio fala.

. Globoplay

A principal plataforma de streaming brasileira quer, � claro, divulgar suas pr�prias produ��es. � novela que n�o acaba mais. E, vamos e venhamos, as s�ries produzidas para o Globoplay n�o chegam aos p�s do que a Globo j� lan�ou ao longo de sua hist�ria. Mas o papo aqui � cinema, ou a modalidade poss�vel em casa, durante a pandemia. Ainda que a oferta n�o chegue a ser t�o grande quanto as da Netflix e Prime Video, a produ��o nacional – seja de filmes comerciais ou autorais – � bem interessante. E, aqui e ali, surgem pequenas p�rolas do cinema de autor que fizeram bonito nos grandes festivais internacionais.

• Honeyland (foto) (2019) – ï¿½ o filme de que muito se falou no Oscar 2020, mas pouco se viu. Document�rio de Tamara Kotevska e Ljubomir Stefanov que colocou a pequena Maced�nia do Norte na mira do cinema, foi o primeiro longa de n�o fic��o a competir nas categorias de document�rio e filme internacional. Acompanha Hatidze, uma tradicional apicultora que segue com rigidez a regra m�xima da atividade: deve-se apanhar somente a metade do mel; a outra parte deve ficar com as abelhas. Foram tr�s anos de filmagem, 400 horas de grava��o, com a mulher e sua m�e num lugar remoto, falando em turco otomano, dialeto que nem os pr�prios falantes de turco compreendem. As imagens explodem na tela, e a hist�ria singular de Hatidze tamb�m.

• Deus branco (2014) – Est� todo mundo falando de Pieces of a woman, o impactante t�tulo rec�m-lan�ado pela Netflix que acompanha o luto de uma mulher que perdeu a filha logo ap�s o parto. Pois o diretor e a roteirista – o casal h�ngaro Korn�l Mundrucz� e Kata W�ber – chamaram muito a aten��o do circuito de festivais com Deus branco, que lhes garantiu o pr�mio da mostra Um Certo Olhar, em Cannes. Em Budapeste, uma menina que vai viver com o pai � obrigada a se separar de seu cachorro, deixado � pr�pria sorte nas ruas. O filme est� longe de ser uma f�bula sobre uma garota em busca de seu animal. Violento e inc�modo, acompanha a transforma��o do cachorro – que nas ruas se torna um assassino, j� que vai parar num grupo de lutas ilegais de c�es –, fazendo uma analogia com o poder.

• Inc�ndios (2010) – Antes de ser abra�ado por Hollywood, onde dirigiu A chegada (2016) e Blade Runner 2049 (2017), o canadense Denis Villeneuve foi celebrado (recebeu sua primeira indica��o ao Oscar, de filme estrangeiro) pela adapta��o da pe�a do liban�s Wajdi Mouawad (encenada no Brasil por Aderbal Freire-Filho, com Marieta Severo). O drama acompanha uma libanesa e seus dois filhos g�meos. Ao deixar duas cartas em testamento, a m�e faz a dupla partir de Qu�bec para o Oriente M�dio em busca de familiares. H� elementos da trag�dia grega e um final impactante.
 


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