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Estado de Minas M�SICA

Lenine dividir� o palco com o filho pela primeira vez na capital mineira

O cantor e compositor pernambucano e Bruno Giorgi apresentam o show 'Voz, viol�o e produ��o' no Cine Theatro Brasil Vallourec nesta sexta-feira (15/10)


14/10/2021 04:00 - atualizado 14/10/2021 01:05

O cantor Lenine
Lenine diz estar com expectativa para saber como ser� a estreia ao lado do filho (foto: Flora Pimentel/Divulga��o)

Acostumados a uma sonoridade encorpada, os f�s de Lenine puderam experimentar, no segundo semestre de 2019, uma in�dita investida do cantor e compositor pernambucano no formato voz e viol�o, numa s�rie de tr�s shows realizados em S�o Paulo. 

Com a chegada da pandemia, ele hibernou seu instrumento e s� o tirou desse estado no in�cio de setembro deste ano, em uma apresenta��o no Teatro S�rgio Cardoso, tamb�m na capital paulista. Agora, Lenine chega a Belo Horizonte com o viol�o em punho para �nica apresenta��o, em formato h�brido, nesta sexta-feira (15/10), no Cine Theatro Brasil Vallourec.

O m�sico retomou a atividade presencial ainda apostando no formato intimista, mas a apresenta��o na capital mineira tem um ingrediente a mais: batizado como “Voz, viol�o e produ��o”, o show agrega a presen�a de seu filho, Bruno Giorgi, que soma � sonoridade ac�stica programa��es eletr�nicas executadas ao vivo, loops, ambi�ncias e texturas distintas. 

“A gente leva para o palco parte dos arquivos sonoros de cada um dos �lbuns que j� gravei, por isso a produ��o est� inserida nesse contexto do show. Vai dar para ouvir aquele pandeiro original que Marcos Suzano fez em ‘Hoje que quero sair s�’, por exemplo”, explica Lenine.

''(O show) Tem uma simbologia, porque trata-se de um certo retorno. Para algu�m que, como eu, tem depend�ncia qu�mica da aglomera��o do show e que vinha sofrendo muito com essa aus�ncia de plateias, tem esse simbolismo do reencontro com o p�blico''

Lenine, cantor e compositor


PANOR�MICA

Ele diz que o pr�prio repert�rio do show oferece uma grande panor�mica, com sucessos registrados ao longo de sua trajet�ria, como “Le�o do Norte”, “Jack Soul Brasileiro” e “Paci�ncia”, e tamb�m m�sicas do mais recente �lbum, “Em Tr�nsito – Ao Vivo”, lan�ado em 2018 e com o qual conquistou seu sexto Grammy Latino – pr�mio que se junta a dois trof�us da Associa��o Paulista de Cr�ticos de Arte (APCA) e nove distin��es no Pr�mio da M�sica Brasileira.

“A gente carrega para o palco coisas fundamentais na minha trajet�ria como criador de can��es e de �lbuns. Meus discos foram produzidos sempre por mim, ao lado de grandes produtores, como Chico Neves, Tom Capone ou Jr Tostoi. E agora o Bruno, que divide comigo o palco”, diz. BH ser� a primeira cidade em que ele experimenta o formato voz e viol�o acompanhado pelo filho pilotando as programa��es e efeitos ao vivo.

“Tem essa parte da produ��o que agora est� presente at� no t�tulo do show e que se relaciona com esse grande castelo sonoro que a gente, no caso, mostra pela primeira vez. Tem uma simbologia, porque trata-se de um certo retorno. Para algu�m que, como eu, tem depend�ncia qu�mica da aglomera��o do show e que vinha sofrendo muito com essa aus�ncia de plateias, tem esse simbolismo do reencontro com o p�blico”, afirma.

O que orientou a sele��o das m�sicas que comp�em a apresenta��o, conforme ele aponta, foi, em parte, a possibilidade do uso de elementos que est�o registrados em seus discos. “Quis mostrar um pouco de tudo, corroborar a ideia de que cada disco, cada m�sica, � apenas uma fotografia da can��o, e aqui, no palco, a gente tem a possibilidade de poder exercitar outros timbres e enxergar outras fotografias”, ressalta.

SABOR

Ele exalta, ainda, o fato de poder trabalhar com seu filho, que, como diz, conhece sua obra intimamente, o que garante um “sabor diferente”, mais delicado e amoroso. Lenine n�o hesita em afirmar que sua prole tem sido uma enorme fonte de conhecimento. 

“O fato de ter tr�s filhos com idades distantes – do Jo�o (Cavalcanti) para o Bruno s�o oito anos, e do Bruno para o Bernardo (Pimentel) s�o seis anos – implica refer�ncias distintas, cada um com um gosto musical muito particular e todos eles me municiando. Eu tive essa sorte”, comenta.

No caso do Bruno, ele aponta, a colabora��o � ainda mais efetiva, porque o filho n�o apenas o municia com refer�ncias, como tem atuado como seu produtor, gravando, mixando e masterizando suas m�sicas e seus �lbuns, al�m de eventualmente tocar e cantar junto. 

“E quando a gente canta junto, fica tudo muito pr�ximo, muito �ntimo, porque tem a quest�o da tessitura vocal”, observa. “A gente trabalha junto desde o ‘Ch�o’ (2011), mas agora somos s� n�s dois no palco, dividindo tudo. Vamos ver. Tamb�m estou nessa expectativa, porque � algo que vamos fazer agora pela primeira vez”, acrescenta.

Lenine diz que, antes da chegada da pandemia, estava esbo�ando algumas m�sicas que poderiam gerar um novo �lbum, mas que, a partir da necessidade do isolamento social, esse processo arrefeceu. Ele explica que vive uma rela��o c�clica de aproxima��o e afastamento em rela��o ao fazer musical, e que pode ser que agora retome. “Mas meu tempo � meu tempo”, diz, como um alerta para que n�o se crie expectativas.

TURN�

O que est� no seu horizonte mais imediato � uma pequena turn� europeia com o pianista holand�s Martin Fondse, com quem iniciou uma parceria que resultou no projeto “The bridge: Lenine & Martin Fondse live at Bimhuis”, gravado em 2016, na Holanda. “S� agora estou disponibilizando e compartilhando com o p�blico esse trabalho, que era para ter gerado no primeiro semestre do ano passado uma turn� que s� agora vai acontecer”, diz.

“O projeto ‘The bridge’ foi com o acompanhamento da orquestra que o Martin Fondse conduz, mas agora vamos fazer um circuito mais de jazz, porque � em formato de duo, s� eu e ele, com piano, viol�o e voz. Estou muito empolgado com essa pegada intimista atualmente, que me interessa bastante, porque representa a possibilidade de mostrar a can��o quase da mesma forma como ela foi feita. Essa s�ntese tem me agradado”, assinala.

Para Lenine, tanto os shows em formato voz e viol�o que tem feito no Brasil – e para os quais j� tem datas agendadas a partir de abril do pr�ximo ano – quanto a turn� europeia com Martin Fondse representam um al�vio, um respiro ap�s o dif�cil per�odo da pandemia, quando acabou se ocupando de v�rias coisas, at� de m�sica. “Tem a ver com essa minha rela��o c�clica. Eu e o viol�o, a gente faz as pazes, namora, depois eu dou um chega para l� nele e ele em mim”, explica.

PLANTAS

Ele considera que o mais complicado foi a impossibilidade de viajar, o que tem menos a ver com a m�sica do que com as plantas. “No caso da pandemia, foi dif�cil n�o tanto o aspecto musical, mas a aus�ncia da viagem, o que adoro fazer por causa dos meus interesses bot�nicos, porque deixar de viajar significa deixar de conhecer novas esp�cies de plantas”, aponta.

Mas Lenine ressalva que p�de contar com seu ref�gio para tentar manter o equil�brio e a disposi��o para seguir adiante. “Eu tenho um santu�rio, um orquid�rio onde tenho minhas plantas e tudo, e isso foi minha garantia de sanidade, a rela��o direta com a terra, com plantar, com minha horta, com as frut�feras.”

O pouco contato que teve com o viol�o e com os processos de composi��o nesse per�odo se relaciona tamb�m, conforme diz, com o pr�prio cen�rio pol�tico e social do pa�s. “Quando escrevo, � muito com o olhar do cronista, ent�o n�o quis dar esse mole, n�o quis p�r em palavras essa �poca medieval que estamos vivendo. A gente est� atravessando uma coisa surreal, essa conjuga��o de pandem�nio com pandemia, esse momento cinza, que s� gera desesperan�a”, diz.

Ele considera que, para qualquer pessoa com algum grau de sensibilidade, o atual cen�rio pol�tico do pa�s desperta emo��es conflituosas e n�o raro negativas. “N�o me satisfa�o s� com que esse governo caia, com que ele saia. Ele tem que pagar por tudo o que est� causando, mas esse � um desejo que n�o muda o sentimento de desesperan�a, porque parece que se escancarou a mesquinhez, as pessoas n�o pensam mais no coletivo, � um salve-se quem puder, cada um por si e que se dane o outro. Eu n�o sou assim, eu sou humanista, eu penso no coletivo.”

“Voz, viol�o e produ��o”
Show de Lenine e Bruno Giorgi. Nesta sexta-feira (15/10), �s 21h, no Cine Theatro Brasil Vallourec (Av. Amazonas, 315, Centro). Ingressos a R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia-entrada) para o formato presencial e R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia) para a live. Funcionamento da bilheteria: das 12h �s 21h. Telefone: 
(31) 3201 5211 ou (31) 3243 1964.

DOIS MODOS DE ESTAR NA PLATEIA

Com capacidade de p�blico reduzida a 50% dos assentos, a proposta do Cine Theatro Brasil � de que o p�blico participe do show da forma que se sinta mais confort�vel e seguro – de casa, por meio da live, ou presencialmente, na plateia, com toda a seguran�a que o reencontro exige. 

A equipe do centro cultural far� a medi��o de temperatura na chegada, disponibilizar� totens com �lcool em gel 70%, adequa��o na circula��o pelos espa�os e sinaliza��o indicando distanciamento m�nimo na fila pelos corredores de acesso ao Grande Theatro Unimed-BH.

Na parte interna do teatro, os assentos estar�o separados, com cadeiras interditadas e a permiss�o para que apenas duas pessoas, que estiverem juntas, se sentem ao lado uma da outra. Artistas e t�cnicos ser�o testados antes do evento. 

No formato digital, o show ser� transmitido pela plataforma Eventim: ao comprar o direito ao acesso digital, cada pessoa receber� um passe com um link de entrada diferente. Cada acesso digital d� direito a apenas um link v�lido. Caso algu�m fa�a a entrada em mais de um dispositivo, o link v�lido ser� o do �ltimo dispositivo acessado. Para ambos os formatos, a compra pode ser feita pelo site ww.cinetheatrobrasil.com.br ou na bilheteria do teatro.


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