(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas LITERATURA

C�mara Brasileira do Livro destaca papel de Rouanet para a cultura do pa�s

Em nota, a organizadora da Bienal de S�o Paulo lamentou a morte do ex-ministro da Cultura. Democracia e 7 de Setembro foram temas de debate durante o evento


03/07/2022 17:20 - atualizado 03/07/2022 22:55

Valter Hugo Mãe, Lilia Schwarcz, que fala ao microfone, Daniel Munduruku e Isabel Lucas durante debate na Bienal de São Paulo
A historiadora Lilia Schwarcz disse que n�o se pode 'deixar que Jair Bolsonaro conte uma hist�ria militar e golpista do 7 de Setembro' durante debate com Valter Hugo M�e, Daniel Munduruku e Isabel Lucas, no pavilh�o portugu�s da Bienal de S�o Paulo (foto: Cavalieri V�deo e Fotografia/divulga��o)

S�O PAULO – Organizadora da 26ª Bienal Internacional do Livro de S�o Paulo, aberta no �ltimo s�bado (2/7), na capital paulista, a C�mara Brasileira do Livro lamentou o falecimento do diplomata e ex-ministro da Cultura Sergio Paulo Rouanet.

Em nota divulgada neste domingo (3/7), a entidade elogiou o papel de destaque de Rouanet na valoriza��o e no desenvolvimento da cultura brasileira nas �ltimas d�cadas. O ex-ministro morreu em decorr�ncia de problemas causados pelo mal de Parkinson. Ele tinha 88 anos.

 

Morre Sergio Paulo Rouanet, que deu nome � lei brasileira de incentivo cultural 

 

Presidente de Portugal defende a democracia

"A melhor sa�da para a pobreza, a mais duradoura e mais transformadora, � a cultura", afirmou o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, na cerim�nia de abertura da Bienal.

"Cultura implica sempre em liberdade e democracia, se for verdadeira e profunda. E isso permite o uso da liberdade de express�o, o direito � cr�tica, que permite o fomento de alternativas e de diferen�as. O respeito ao princ�pio de que n�o h� duas pessoas iguais. Somos todos iguais, mas todos diferentes", acrescentou.

Amante dos livros e criador de uma biblioteca em Braga, Rebelo de Sousa afirmou que ler "� enriquecer com cultura, respeitar a toler�ncia, cultivar e cultivar a liberdade". E acrescentou: "� admitir o pluralismo que deve corresponder a pensar diferente, mesmo em ditadura. � isso que faz a diferen�a entre as sociedades que avan�am e as sociedades que n�o avan�am. � a cultura. N�o � s� a economia, ou a finan�a, ou o panorama social, que tamb�m � fundamental."

O discurso do l�der portugu�s foi aplaudido de p� pelo p�blico, que protestou contra o presidente Jair Bolsonaro.

Parte da plateia tamb�m gritou "Fora Bolsonaro" ap�s a apresenta��o da Orquestra Mundana Refugi, que re�ne brasileiros, imigrantes e refugiados da Palestina, Ir�, Guin�, Congo, Turquia, Cuba, China e S�ria.

O grupo tocou "As caravanas", de Chico Buarque, e "Canto das tr�s ra�as", de Mauro Duarte e Paulo Pinheiro, famosa na voz de Clara Nunes (1942-1983).

Lilia Schwarcz critica a "hist�ria militar golpista" do 7 de Setembro

A abertura do pavilh�o da Bienal dedicado a Portugal, pa�s homenageado nesta edi��o, contou com a presen�a do autor portugu�s Valter Hugo M�e, que participou de debate com colegas brasileiros.

Mediada pela jornalista portuguesa Isabel Lucas, curadora da programa��o do espa�o, a conversa, em torno do tema "Falamos de quem quando falamos do outro?", reuniu Valter Hugo, Daniel Munduruku e Lilia Schwarcz.

Os tr�s discutiram os efeitos do colonialismo na forma��o da identidade brasileira. N�o pouparam cr�ticas ao governo federal quando questionados sobre o significado do 7 de Setembro.

"N�o vamos naturalizar o golpe e n�o vamos deixar que Jair Bolsonaro conte essa hist�ria militar e golpista do 7 de Setembro. O 7 de Setembro em que n�s queremos acreditar fala de liberdade e emancipa��o. E � disso que precisamos neste nosso Brasil", afirmou a historiadora Lilia Schwarcz.

* O rep�rter viajou a convite da organiza��o da 26ª Bienal Internacional do Livro de S�o Paulo


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)