Os músicos Bruno Giorgi e Lenine sorriem para a câmera

Bruno Giorgi e Lenine recriam can��es no show 'Rizoma', que ser� apresentado pela primeira vez em BH

Jairo Goldflus/divulga��o

De volta a Belo Horizonte, o cantor e compositor Lenine se apresenta ao lado do filho, Bruno Giorgi, nesta sexta-feira (27/1), no Grande Teatro do Minascentro. O show “Rizoma”vai trazer 22 composi��es do pernambucano – 15 delas em parceria com Lula Queiroga, Paulo C�sar Pinheiro, Dudu Falc�o e Carlos Renn�, entre outros.

Lenine conta que a dupla com Bruno ficou parada por meses, devido � pandemia. “‘Rizoma’ surge muito dessa conjun��o de ele ser meu filho, estar pr�ximo de mim e dizer: ‘Poxa, vamos come�ar a fazer alguma coisa, porque vai ter uma hora em que a gente poder� voltar’. De alguma maneira, a gente volta a algum tipo de normalidade”, explica o compositor.
 
No palco, Lenine assume o microfone e o viol�o, enquanto Bruno faz os vocais, revezando-se entre baixo, bandolim, teclados, voz e sampler. O repert�rio traz sucessos do artista pernambucano. O conjunto de can��es busca contar uma hist�ria atrav�s do tempo.

“Trouxemos tamb�m a ambi�ncia sonora de cada uma das grava��es originais das m�sicas que escolhemos tocar”, diz Lenine. “J� tem algum tempo que estamos na estrada, rodando bastante. At� j� cruzamos o oceano com este show, mas � a primeira vez que o apresentamos em Belo Horizonte.”
 
 

Paix�o por bot�nica

O t�tulo “Rizoma” vem da bot�nica – Lenine � apaixonado por orqu�deas. A palavra, segundo ele, “tenta explicar o inexplic�vel, porque � onde come�a a vida”. Rizoma pode dar em qualquer parte da planta e germinar. “A maneira como as ra�zes crescem � rizom�tica, voc� n�o pode prever, ela vai crescendo. � o in�cio do processo que a pr�pria bot�nica n�o sabe como se inicia, mas ele se inicia. Ent�o, � como se fosse o estopim da cria��o.”

O rizoma da biologia ganha especial import�ncia neste momento do mundo. “Com o universo todo rumando para a confus�o, alguma coisa entra em �rbita e faz uma diferen�a”, comenta Lenine.

“Tem tudo a ver, pois somos pai e filho, temos diferen�as, mas a m�sica, por si s�, atua de maneira rizom�tica. N�o sei onde ela vai parar, sei quando come�a. Ent�o, isso corroborou muito para o processo que a gente estava fazendo.”

Definindo-se como “colecionador de palavras”, o compositor revela que o termo da biologia estava no seu ba� h� tempos. “'Rizoma' surgiu de todos os inc�modos e sentimentos causados pela pandemia. Foi o est�mulo necess�rio para que eu pudesse retomar o prazer de tocar e Bruno foi essencial nesse processo”.

Novo disco em 2023

“Rizoma” n�o vai virar DVD ou �lbum, mas Lenine planeja lan�ar disco novo este ano. “Ele j� est� em processo adiantado. Continuo compondo, voltei a ter o desejo e o prazer de construir can��es. Na verdade, sou um fazedor de can��es”, diz.

“Antes de se iniciar a pandemia, estava come�ando a esbo�ar, com o pr�prio Bruno, um projeto, um novo disco, um novo �lbum. Sou dessa �poca, fa�o �lbum, n�o sei fazer EP ou single. Imagino sempre um �lbum completo, o desencadear de cada can��o”, afirma.

De volta a Minas, o pernambucano diz que o Clube da Esquina foi uma escola para ele. 

“Quem me formou musicalmente foi o Clube da Esquina, do primeiro at� o segundo �lbum, discografia fundamental em minha vida. Milton � meu orix�. Quando digo Milton, n�o significa s� Milton Nascimento, mas tudo em torno dele. Milton foi e � um movimento musical. Agregou grandes criadores e foi farol para eles”, diz.

LENINE E BRUNO GIORGI

Nesta sexta-feira (27/1), �s 21h, no Grande Teatro do Minascentro (Avenida Augusto de Lima, 785, Centro). H� poucos ingressos dispon�veis. Setor 3: R$ 220 (inteira) e 
R$ 110 (meia). Camarote: R$ 260 e R$ 130. Informa��es e vendas on-line no site Sympla