Tianast�cia e Raimundos se juntaram no palco do 200 Rock Fest, nesse s�bado (15/4), na Esplanada do Mineir�o. As bandas t�m letras irreverentes e divertidas, que falam sobre bebida, drogas e rock’n’roll. Ao Estado de Minas, os m�sicos contaram que se sentem um ponto fora da curva do rock brasileiro.


“Se voc� pensar em um col�gio, tem aula de matem�tica, ci�ncias… Essa brincadeira, essa leveza � a hora do recreio, � a educa��o f�sica”, brincou o guitarrista do Tianast�cia, Ant�nio Julio. 


J� Dig�o pediu que o p�blico se leve menos a s�rio. “Acho que a galera tem que relaxar. � bom ser feliz, falar besteira � bom. Voc� tem que identificar uma coisa que � a maldade. Quando existe maldade, a� tudo bem. Mas quando � uma coisa do bem, de brincadeira, que n�o tem maldade, a galera tem que relaxar. A gente sofreu um pouco isso no an�ncio do festival, o pessoal reclamou, mas quando tocamos � que falou a verdade: n�o tinha ningu�m triste ali”, defendeu o vocalista do Raimundos.


Ao serem questionados sobre se sentirem pressionados a se posicionar politicamente, todos respondem prontamente que "sim". “Eu tomei porrada para c*****o,  eu nunca falei ‘eu boto a m�o no fogo por fulano’, mas eu tinha que escolher uma arma. Eu sou um cara que gosta das coisas certas, eu n�o aceito falcatrua. No fim das contas, todo pol�tico � filho da p***. A gente est� engatinhando muito ainda”, disse Dig�o.


Beto, o baixista do Tianast�cia, completou: “Com o perd�o das palavras, � escolher entre a m***a e a b***a, achando que a b***a fede menos.” 


Minas � terra do rock

Tianastácia recebeu Digão, dos Raimundos

Tianast�cia recebeu Dig�o, dos Raimundos, no 2000 Rock Fest

Reprodu��o / 2000 Rock Fest
 

�nico representante mineiro do festival, o Tianast�cia defende que o estado � um dos mais ricos no mundo da m�sica, ao lado da cidade de Bras�lia, que � a terra do Raimundos. “Minas Gerais sempre foi refer�ncia em m�sica. A gente tem uma coisa que � �nica. Em Minas Gerais tem Sepultura, Milton Nascimento e Skank. Aqui � uma diversidade absurda. Bras�lia tem isso tamb�m, o rock de Bras�lia � hist�rico”, defendeu Ant�nio.


Ambas as ambas surgiram no come�o dos anos 1990, junto com outras gigantes do g�nero, como o Skank, que se despediu dos palcos no m�s de mar�o. Mesmo com tanto tempo de carreira, os m�sicos n�o pensam em parar. “Minha filosofia de vida � o seguinte: enquanto eu estou feliz ali, eu fico. Se eu parar de ter prazer naquilo, eu saio. Isso vale pra m�sica, para minha fam�lia, para meu casamento. Eu t� feliz, e acho que o rock est� cada dia mais vivo”, afirmou Ant�nio.


Dig�o concordou, apontando que a renova��o do p�blico j� � motivo suficiente para continuar. “Eu vi (do palco) a galera se identificando muito, e tem muita gente que n�o tava na �poca (do in�cio da banda), isso foi uma renova��o. Isso aqui vai reverberar”, acredita.