H� 10 anos, a funkeira Valesca Popozuda dava um passo para mudar sua vida. Em 2013, a cantora lan�ou ‘Beijinho no ombro’, m�sica que popularizou o trabalho da cantora e a aproximou de p�blicos que at� ent�o n�o eram almejados.
Apesar da nostalgia, o novo single traz elementos modernos, como a dura��o da faixa, de apenas 1 minuto e 46 segundos. Al�m de uma coreografia que tem potencial de sucesso para o TikTok. A pr�pria Valesca Popozuda contou que a ideia era repaginar elementos antigos. “Deixou a batida muito com a pegada dos anos 2000, do funk de antigamente, e quer�amos trazer essa sensa��o nost�lgica para o clipe. �bvio que pegamos refer�ncias do passado e atualizamos para hoje em dia, mas n�o deixa de ter esse ‘d�ja vu’ de antigamente”, afirmou.
Ap�s viralizar em 2022 com o ‘Funk do Lula’, Valesca refletiu sobre trazer elementos pol�ticos para suas m�sicas. “ A arte � pol�tica de certa forma, ent�o tudo que produzimos � um reflexo do pa�s em que vivemos. Acho que devemos usar nossa voz para lutar pelas causas que acreditamos”, ressaltou.
Confira a entrevista completa:
Novo clipe de Valesca faz refer�ncia � Gaiola das Popozudas
Em 2023, 'Beijinho no ombro' completa 10 anos. O que essa m�sica representa para voc�? Mudaria algo na letra e no clipe?
Essa m�sica representa tanta coisa. Foi divisor de �guas na minha carreira, na minha vida, de modo geral. Eu j� tinha uma carreira estabelecida antes, mas com ‘Beijinho no ombro’ eu conquistei a fam�lia brasileira. De A a Z, todo pa�s soube quem era a Valesca Popozuda. A pessoa podia n�o curtir a m�sica, n�o me curtir, mas ela definitivamente sabia quem eu era. Eu estava em todos os programas de TV, fazendo shows em todos os estados do Brasil, sendo abordada na rua por crian�as e at� idosos. Ent�o, v�rias portas foram abertas e elas seguem abertas at� hoje, gra�as a essa m�sica. N�o mudaria absolutamente nada.
Sua nova m�sica ‘Eu vou pro baile tacar’ tem inspira��o direta nos anos 2000, que � quando voc� ficou conhecida do grande p�blico. Que tipo de sentimentos ela te causa?
Foi um misto de sensa��es boas. Eu gostei muito da m�sica, o Dennis arrasou demais na produ��o. Deixou a batida muito com a pegada dos anos 2000, do funk de antigamente, e quer�amos trazer essa sensa��o nost�lgica para o clipe. Sim, temos gaiola no v�deo. N�o consigo ver uma que j� quero entrar (risos). Ficou lindo o clipe. �bvio que pegamos refer�ncias do passado e atualizamos para hoje em dia, mas n�o deixa de ter esse "d�ja vu" de antigamente.
Como foi o processo criativo da parceria com Dennis DJ?
O Dennis � um parceiro incr�vel. N�s come�amos juntos em torno do mesmo per�odo. Eu na Gaiola, e ele como produtor. Naquela �poca n�o existia muito essa moda de fazer feat, ainda mais com DJ. Eles assinavam as produ��es, mas n�o se lan�avam como artistas fonogr�ficos. Demorou um pouco at� o Dennis tomar esse lugar de protagonismo. Ent�o, infelizmente nunca trabalhamos juntos antes. Depois de "T� ok", que � um fen�meno, ele falou que estava com essa pegada de resgatar o funk das antigas e eu sou super dessa vibe, do batid�o carioca raiz. Ent�o, o casamento foi perfeito.
Voc� se engajou politicamente nas �ltimas elei��es e at� se apresentou na posse do Lula. Para voc�, � importante que artistas mostrem seus posicionamentos?
Acho que n�o tem que ser obriga��o. Se voc� sente no seu cora��o que voc� deve falar algo, ent�o fale. N�s somos artistas e acabamos influenciando as pessoas. A arte � pol�tica, de certa forma. Ent�o, tudo que produzimos � um reflexo do pa�s em que vivemos. Acho que devemos usar nossa voz para lutar pelas causas que acreditamos, e n�o digo isso como artista, mas como cidad�. Todos dever�amos nos impor em situa��es de desrespeito e desigualdade.
Falando ainda em posicionamento, suas m�sicas falam bastante de empoderamento feminino e liberdade feminina. Pretende abordar o tema nos pr�ximos lan�amentos?
Isso est� em absolutamente todos os meus trabalhos, se n�o � na letra � no clipe, se n�o � nos dois � nos shows e por a� vai. A liberdade feminina � o que eu mais defendo, est� no meu DNA. Eu acredito que todas as mulheres deveriam ter o direito e op��o para fazer o que bem entendem sobre seus corpos e vidas. A igualdade de g�neros precisa ser social e econ�mica. Estamos em 2023, ent�o, j� n�o � mais aceit�vel que uma mulher seja repreendida por quantos homens ela beija numa festa ou pelo tamanho da saia. Liberdade � uma luta que eu vou travar at� o fim da minha vida.
Quais s�o os pr�ximos projetos?
Em novembro deste ano eu me apresento no festival Rock The Mountain, ao lado da Tati Quebra Barrado. Vai ser um show in�dito muito especial, estamos preparando algo lindo. Ano que vem vamos com tudo no carnaval, com o meu projeto de shows "Carnavalesca" e o retorno para o carnaval do Rio como musa da Porto da Pedra.
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