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Estado de Minas

Gabriel Villela e Maria Cutia encenam seu 'Auto da Compadecida' em BH

Com ingressos esgotados, cl�ssico de Ariano Suassuna ficar� em cartaz no fim de semana, no Sesc Palladium. A divertida saga nordestina dialoga com o Brasil contempor�neo


04/10/2019 09:43

Dirigido por Gabriel Villela, o grupo Maria Cutia apresenta o clássico Auto da compadecida(foto: Tati Motta/divulgação)
Dirigido por Gabriel Villela, o grupo Maria Cutia apresenta o cl�ssico Auto da compadecida (foto: Tati Motta/divulga��o)

Cl�ssico dos palcos brasileiros, a pe�a Auto da compadecida, de Ariano Suassuna (1927-2014), foi escrita em 1955. Ganhou v�rias vers�es no teatro, cinema e TV, narrando as aventuras dos pitorescos Jo�o Grilo e Chic�. A com�dia parte do enterro e do testamento do cachorro de um padeiro para culminar na saga pelo sert�o nordestino, com direito a canga�o, milagres, Jesus, diabo e at� Nossa Senhora, a Compadecida.

Atemporal, a cria��o de Suassuna ganha adapta��o de Gabriel Villela que remete ao Brasil contempor�neo. Depois de temporada de sucesso pelo interior e capital de S�o Paulo, o espet�culo, que marca a primeira parceria entre o premiado diretor com o grupo mineiro Maria Cutia, chega ao Sesc Palladium, em BH, com ingressos esgotados.

“� uma felicidade isso acontecer, esse reconhecimento. Em S�o Paulo, os ingressos tamb�m se esgotaram. Desde que estreamos em Ribeir�o Preto, no come�o de junho, tem sido maravilhoso. Neste fim de semana, vamos atingir o p�blico de 10 mil pessoas. Voltaremos a encenar o Auto em BH, em janeiro, durante a campanha de populariza��o”, promete Leonardo Rocha, ator e fundador do grupo Maria Cutia, que est� completando 13 anos.

O sonho de trabalhar com Villela � antigo. Vem desde 2012, quando a trupe do Maria Cutia assistiu � vers�o de Romeu e Julieta do Galp�o, dirigida por Gabriel, no londrino Shakespeare’s Globe Theatre. “Quem fez a ponte foi a Babaya, que sempre cuidou da nossa prepara��o vocal e tamb�m de muitas produ��es do Gabriel. No come�o do ano, ele nos ligou falando que tinha o desejo de trabalhar conosco. De cara, sugeriu o Auto da compadecida”, diz o ator.

A nova vers�o traz a est�tica barroca, marca registrada do diretor, al�m da linguagem do pr�prio Maria Cutia, valorizando a m�sica, o teatro de rua e o circo. “A hist�ria tem muito a ver com o nosso universo, o teatro popular. A vis�o do Gabriel traz o enredo original, mas de uma outra forma. Ele relaciona muitas coisas com o momento de hoje usando pitadas de ironia, tra�o forte do Suassuna. O teatro de revista serve como pano de fundo para par�dias sobre o Brasil atual. As not�cias surgem em diversos momentos, sempre associadas �s hist�rias dos personagens”, explica Leonardo Rocha.

Acostumado a trabalhar com m�sicas autorais, Maria Cutia recorre agora a can��es conhecidas – entre elas, Alegria alegria, de Caetano Veloso, e Am�rica do Sul, de Ney Matogrosso. “Tudo executado ao vivo, como sempre. Por�m, � uma novidade ter uma trilha que n�o seja uma inspira��o nossa. Foi sugest�o do pr�prio Gabriel. Ela foi pensada dramaturgicamente, pois as can��es dialogam com o roteiro”, destaca Leonardo.

Figurino e cen�rio s�o um cap�tulo � parte. O elenco, formado tamb�m por Hugo da Silva, Mariana Arruda, Lucas D� Jota Torres, Malu Grossi, Marcelo Veronez e Polyana Horta, visitou o ateli� de Gabriel Villela em sua cidade natal, Carmo do Rio Claro, no Sul de Minas. “Estavam l� figurinos de v�rios espet�culos dele. O Gabriel disse pra gente escolher os que mais tinham a ver com o Auto. Ficou uma interessante colcha de retalhos, h� ali v�rias refer�ncias”, revela o ator do Maria Cutia.

AUTO DA COMPADECIDA
De Ariano Suassuna. Dire��o: Gabriel Villela. Com Grupo Maria Cutia. S�bado (5), �s 21h; domingo (6), �s 19h. Grande Teatro do Sesc Palladium – Rua Rio de Janeiro, 1.046, Centro, (31) 3270-8100. R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia). 
Ingressos esgotados.


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