Prova da SEDESTMIDH tem den�ncia de fraude e confus�o em locais de prova
Candidatos que prestavam o certame da Secretaria de Estado do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos (SEDESTMIDH) relatam que as provas come�aram com atraso e diversas irregularidades
postado em 24/03/2019 10:50 / atualizado em 26/03/2019 05:32
(foto: Arquivo pessoal )
A aplica��o da prova de concurso para a Secretaria de Estado do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos (SEDESTMIDH), marcada para a manh� deste domingo (24/3), na Universidade Paulista (Unip) e na Upis - Faculdades Integradas, teve registro de confus�o, e a Pol�cia Militar precisou ser acionada. Ap�s o tumulto, o Instituto Brasil de Educa��o (Ibrae) decidiu cancelar as provas que seriam aplicadas no per�odo vespertino.
De acordo com relatos de candidatos, a prova foi entregue com um atraso excessivo, muitos envelopes n�o estavam lacrados e at� mexer no celular era permitido dentro de sala enquanto os candidatos tinham acesso ao caderno de provas. “Muita gente j� saiu com a prova e j� publicou na internet. Minha esposa est� fazendo e mandou mensagem falando que l� est� uma confus�o”, relatou Rafael Pacios de Andrade, 34 anos.
Concurseiros disseram tamb�m que n�o havia detector de metal na entrada, o cart�o de respostas n�o foi entregue aos candidatos e os chefes de sala n�o conseguiam se comunicar com o Instituto Brasil de Educa��o (Ibrae), banca respons�vel pela prova. Com isso, as pessoas de algumas salas acabaram sendo liberadas enquanto outras faziam a prova em outros locais.
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Na entrada da Unip, na 914 Sul, muitos candidatos se mostravam irritados, sem saber o que fazer. “Isso � um absurdo, falta de organiza��o. Quero saber quais medidas ser�o tomadas para reverter essa situa��o”, desabafou Fernanda Lima, 26, que saiu de Luzi�nia s� para fazer a prova, para a vaga de nutricionista.
(foto: Mariana Costa/Divulga��o)
Mariana Costa, 32 anos, estava na Unip e fazia a prova para especialista em assistencial social, com especialidade em direto e legisla��o: "O primeiro problema foi quando eles adiantaram os hor�rios das 8h30 para as 8h, j� come�ou por ai. E esse adiantamento foi feito por meio de an�ncio, sem retifica��o em edital. Mas foi come�ar a ser entregue somente as 9h20".
Segundo Mariana, a desorganiza��o foi geral: "Os fiscais estavam fora de sala, todo mundo usando o celular. Ningu�m informava nada, uma bagun�a. Todos os requisitos previstos no edital n�o estavam sendo fiscalizado, os fiscais n�o sabiam de nada".
"Alguns alunos receberam a prova e n�o havia informa��es sobre o que fazer, o tempo passando, todos muito impacientes, come�aram a sair revoltados. Ningu�m quis mais fazer provas. Muitos nem chegaram a receber (o teste)." De acordo com Mariana, a maioria dos candidatos come�aram a sair do local por volta das 9h40. Os cadernos de prova chegaram lacrados para a sala de Mariana. Ainda segundo ela, alguns concursandos sa�ram com a prova, outros n�o obtiveram permiss�o para isso.
As inscri��es para as provas de cargos de n�vel superior custaram R$ 120 e as de n�vel m�dio, R$ 85. Em nota, a Sedest disse ser "somente contratante da banca organizadora" e atribuiu a responsabilidade ao Instituto Brasil Educa��o (IBRAE).
Delegacia de Pol�cia
Com a confus�o, muitos candidatos decidiram registrar ocorr�ncia policial. Alguns se encaminharam � 1ª DP (Asa Sul). "Num primeiro momento, nos informaram que n�o seria registrado boletim porque n�o se configura crime. Mas, depois, os policiais passaram um n�mero de protocolo para todo mundo e disseram que ser� feito uma ocorr�ncia coletiva deste caso", contou a baiana Joice Ribeiro, que saiu de Barreiras (BA) ontem para fazer a prova. Ela concorria para servi�o social e disse que gastou mais de R$ 1 mil com a viagem, incluindo inscri��o, passagem e hospedagem.
Prova cancelada
Por volta das 12h30, o Instituto Brasil de Educa��o (Ibrae) encaminhou, por email, um comunicado aos candidatos que fariam a prova na tarde deste do domingo (24/3). A banca examinadora cancelou a aplica��o das provas no per�odo vespertino alegando que a decis�o � por conta do atraso ocorrido na distribui��o do exame para concurseiros na Unip e pelo “tumulto causado por alguns candidatos”.
(foto: Reprodu��o)
Confira a nota da Sedest na �ntegra:
"A Secret�ria de Desenvolvimento Social informa que, quanto os relatos referentes �s condutas dos candidatos durante a realiza��o da concurso p�blico, a pasta � somente contratante da banca organizadora. Portanto, a responsabilidade da execu��o das etapas do exame � totalmente do Instituto Brasil Educa��o (IBRAE), contratado para a aplica��o do certame.
Ressaltamos que, havendo falhas na execu��o que coloquem o concurso em risco ou quanto � sua legalidade na realiza��o, as medidas administrativas e judiciais ser�o tomadas pela secretaria."
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