Companhia de Macarr�o a Bruno 'alivia depress�o' na cela

Na cela de 10 metros quadrados em uma galeria especial do pres�dio Nelson Hungria, em Contagem, Grande BH, apenas o fiel amigo Luiz Henrique Rom�o, conhecido como Macarr�o, � a refer�ncia de uma vida que Bruno deixou para tr�s. Al�m do benef�cio de n�o conviver com os presos comuns, os dois, que dormem na mesma cela, tamb�m desfrutam do privil�gio de ocupar sozinhos uma das alas do Centro de Observa��o Criminal�stica (COC), destinado a presos em per�odo de triagem.

Em nota divulgada ontem, a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) sustentou que, para aliviar a depress�o do goleiro encarcerado, uma decis�o judicial permitiu que Macarr�o dormisse na mesma cela. Todas as noites, ele estica um colchonete no ch�o pr�ximo � �nica cama de alvenaria do c�modo, ao lado do ex-capit�o rubronegro, como mostrou o Estado de Minas no domingo.

Ainda segundo a secretaria, nessa galeria especial ficam presos que cometeram crimes contra a moral ou envolvidos em casos de grande repercuss�o. Como os demais detentos, Bruno tem duas visitas a cada fim de semana. Cada preso tem o direito de receber oito quilos de alimentos por visitante e o goleiro usa a geladeira do pres�dio para guardar seus perec�veis. A visita �ntima ocorre uma vez por m�s, com a namorada, a dentista carioca Ingrid Calheiros, de 24 anos, que passa a noite com ele.

Com permiss�o judicial para trabalhar, o goleiro aproveita o banho de sol para usar o p�tio de cimento, onde treina, entre traves improvisadas com garrafas PET, com o insepar�vel Macarr�o. A Seds sustenta que s� nesse momento a cela dos dois permanece aberta. Ainda de acordo com a secretaria, o chuveiro de �gua quente foi retirado dos aposentos do jogador, que tomaria banho frio, como os demais presos. Segundo a secretaria, o aparelho era usado pelo ocupante anterior do c�modo, por prescri��o m�dica.

JUSTI�A O advogado de Bruno, Cl�udio Dalledone Junior, est� confiante no julgamento do habeas corpus que impetrou no Tribunal de Justi�a de Minas Gerais e que deve ser apreciado amanh� pela 4ª C�mara Criminal. “Com o frenesi da m�dia, a Justi�a se retraiu. Mas vou mostrar que Bruno preenche os requisitos para responder em liberdade, o que � um direito dele. Esse caso est� sendo impulsionado desde o in�cio pela maledic�ncia indesej�vel da voz das ruas e ele j� foi pr�-julgado”, argumenta.

Opini�o bem diferente tem o pai de Eliza, Luiz Carlos Samudio, que deve viajar a BH para acompanhar o processo e torce para que o goleiro continue atr�s das grades. Ele n�o se conforma com a falta de informa��es sobre o corpo da jovem e afirma que vai recorrer �s autoridades se puder comprovar que Bruno desfruta de regalias na pris�o. “Bruno j� foi condenado no Rio, por sequestrar minha filha e agredi-la. Creio que ele v� continuar preso por homic�dio e n�o pode ter benevol�ncia s� porque � famoso.”