
Foi adiado para as 9h do dia 5 de novembro o julgamento do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, no F�rum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem, na Grande BH. O j�ri popular estava marcado para a manh� desta quarta-feira, mas o advogado do r�u n�o compareceu e encaminhou um pedido de adiamento, que foi aceito pela ju�za Marixa Fabiane Rodrigues. O defensor foi multado em 30 sal�rios m�nimos. Bola chegou a passar mal no local e teve de ser levado ao hospital por uma ambul�ncia.
O r�u � acusado da morte de Rog�rio Martins Novelo, em maio de 2000, no Bairro S�o Joaquim. Bola foi reconhecido pela irm� da v�tima, que testemunhou o crime, depois que a imagem dele foi veiculada em diversas emissoras de TV e em jornais pelo suposto envolvimento no assassinato de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno.
Segundo den�ncia do Minist�rio P�blico (MP), Bola teria atirado contra a v�tima, que estava dentro de um ve�culo em frente ao estabelecimento comercial onde trabalhava. Para o MP, o crime teria sido encomendado, j� que os envolvidos n�o se conheciam. Dados do processo revelam que o r�u teria espreitado o local de trabalho de Rog�rio, na tentativa de identific�-lo.
A fam�lia de Bola esteve no F�rum de Contagem nesta manh� para acompanhar o julgamento, levando faixas de apoio ao r�u. Eles tamb�m estavam com o retrato falado do homem que seria o assassino do carcereiro, alegando que ele n�o possui as mesmas caracter�sticas do ex-policial.
O sess�o come�ou com mais de uma hora de atraso. De acordo com o Tribunal de Justi�a de Minas Gerais (TJMG), o advogado do r�u, Fernando Costa Oliveira Magalh�es, n�o compareceu ao F�rum e enviou uma peti��o informando que participava de uma audi�ncia na cidade de Tangar� da Serra, no estado do Mato Grosso no dia 22 e que n�o poderia estar em Minas no julgamento de Bola. O ex-policial pediu a revoga��o das procura��es dos seus outros advogados, dizendo que seu �nico defensor � Fernando Costa. No F�rum, ele era assistindo por um defensor p�blico.
No entanto, durante a an�lise do pedido, o promotor Henry Wagner Vasconcelos de Castro, informou que a audi�ncia da qual o advogado participaria foi adiada e ele tinha conhecimento. Al�m disso, segundo o promotor, durante uma pesquisa, ele descobriu que havia dois voos diferentes que permitiriam a chegada do defensor em Contagem.
Durante a sess�o, Bola teve uma crise de press�o alta e foi socorrido por uma equipe do Servi�o M�dico de Atendimento de Urg�ncia (Samu). Ele foi levado � um hospital e seu estado de sa�de n�o foi divulgado.
Decis�o
No fim da manh�, a ju�za Marixa leu o despacho referente ao julgamento. Conforme o TJMG, a magistrada tamb�m considera o ato do advogado uma “manobra protelat�ria” do julgamento, entendendo que n�o houve justificativa plaus�vel para o n�o comparecimento de Fernando Magalh�es, entendendo, assim, que o defensor agiu de m�-f�. Dessa forma, o j�ri popular foi adiado para 5 de novembro.
O advogado ainda foi multado em R$ 18.660, o equivalente a 30 sal�rios m�nimos, que deve ser pagos nos pr�ximos 20 dias. A ju�za tamb�m acionou a Defensoria P�blica para que, no caso do n�o comparecimento do advogado no pr�ximo, Bola seja atendido por um defensor p�blico, de forma que o j�ri n�o possa mais ser adiado.
Marixa Rodrigues, da Vara do Tribunal do J�ri, � a mesma magistrada que julgar�, a partir de 19 de novembro, cinco dos sete r�us do Caso Bruno, entre eles o pr�prio Bola. Ser�o ouvidas cinco testemunhas de acusa��o e cinco de defesa. Ap�s a oitiva das testemunhas, ser� feito o interrogat�rio do acusado, e, em seguida, come�am os debates orais entre defesa e acusa��o.
A reportagem do em.com.br tentou contato com Fernando Costa Oliveira Magalh�es, por�m, at� 15h, n�o obteve resposta.
(Com informa��es da TV Alterosa)