
A mobiliza��o em torno do julgamento de cinco acusados do sequestro e morte de Eliza Samudio j� extrapola o ambiente do F�rum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem, na Grande BH. Do lado de fora, um plano especial de tr�nsito j� est� montado, com policiamento refor�ado. Comerciantes apostam em lucro extra.
Segundo o major Edimarcos Lopes, que comanda a 113ª Companhia da Pol�cia Militar, diariamente 35 militares se encarregar�o da seguran�a no julgamento e, principalmente, dos jurados e das testemunhas.
Al�m dos PMs, a seguran�a institucional do Judici�rio j� fechou um plano de a��o, sem divulgar o n�mero de agentes e as estrat�gias. O major explica que a �rea ser� isolada.
“Vou abrir a loja mais cedo e fechar ap�s as sess�es. Trarei uma funcion�ria de outro local para refor�ar o atendimento e aumentar o estoque de bebida e comida”, disse Rivelino Ferreira, de 39 anos, dono de uma lanchonete na rua ao lado ao f�rum.
A estudante B�rbara Marina, de 20, disse que com a m�e planeja op��es de lanches na padaria da fam�lia. “Servimos um sandu�che de queijo e presunto muito procurado. Estamos pensando em fazer um espaguete na chapa. O ideal seria aumentar a �rea de circula��o, para continuar atendendo os clientes normais e os ocasionais, do julgamento.”
HOTEL LOTADO O aposentado Carlos Roberto, de 50, h� dois meses passou a vender picol� para refor�ar a renda e descobriu em frente ao f�rum um ponto ideal. “Nos dias do julgamento do Bola vendi mais. Venho com 100 picol�s no carrinho, que volta vazio. Para o julgamento do Bruno, vou trazer 180 picol�s, que � a capacidade m�xima.” O colega dele, Jos� Ant�nio Ribas, de 57, vende churros em frente ao f�rum. “Se for o caso, vou em casa pegar mais massa”, disse Ribas.
O julgamento deixa a estudante J�ssica Ar�cia Corr�a, de 20, em d�vida. “Fa�o direito e queria acompanhar de perto o j�ri. Mas n�o posso deixar de lado a pizzaria da fam�lia. E, como estamos perto do f�rum, devemos abrir para o almo�o. Vamos vender pizza fatiada, para atender quem est� com pressa”, afirmou.
No hotel mais pr�ximo ao tribunal s�o poucas as vagas dispon�veis a partir do dia 19. Uma atendente informou que do total de 80 quartos havia apenas cinco dispon�veis para a data. Por quest�es de sigilo, ela se recusou a dizer se os hospedes s�o pessoas que est�o ligadas ao j�ri.
A Transcon admite que o estacionamento em parte da Pra�a Tiradentes, em frente ao f�rum, ser� desativado para receber os ve�culos da imprensa.
