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Estado de Minas

Promotor se mostra ainda mais confiante pela condena��o dos r�us

Respons�vel pela acusa��o reafirma que provas s�o suficientes para condenar todos os r�us e destaca manobras da defesa como prejudiciais


postado em 20/11/2012 20:59 / atualizado em 21/11/2012 10:01

O promotor Henry de Castro avaliou como positivos os fatos ocorridos neste segundo dia de julgamento do goleiro Bruno Fernandes e outros dois r�us acusados de envolvimento no sequestro e morte de Eliza Samudio. Para ele, manobras dos r�us e de seus defensores n�o comprometeram o j�ri e ressaltou o respaldo da acusa��o nas provas documentadas no processo.

O representante do Minist�rio P�blico destacou que a nova mudan�a na defesa do ex-atleta foi uma manobra do pr�prio r�u. "Muito perceptivelmente a defesa do Bruno foi tomada de surpresa. Penso que esta estrat�gia partiu exclusivamente do pr�prio acusado com sua �ndole manipuladora", disse. Para ele, o objetivo do goleiro seria ser julgado separadamente de Macarr�o para que, caso o amigo de inf�ncia seja absolvido, seu julgamento seja realizado de forma mais amena.

Castro destacou que tantas manobras devem prejudicar os acusados. "Percebemos na verdade que do modo como a defesa tem procedido e tamb�m do modo como alguns acusados t�m procedido at� mesmo bastante emancipados do ritmo de suas defesas, os defensores n�o levar�o deste julgamento nem p�o nem gl�ria", apontou.

Questionado se o pouco dom�nio dos autos do processo por parte dos advogados que foram constitu�dos recentemente pelos r�us, especificamente o novo defensor de Bruno, Tiago Lenoir Moreira, poder� ajudar a acusa��o, ele foi enf�tico ao afirmar que n�o. "O que facilita o trabalho da promotoria de justi�a n�o � quem est� defendendo os r�us. O que facilita o trabalho da promotoria � o trabalho s�rio do Minist�rio P�blico na defesa da sociedade no conhecer, sobretudo, das provas do processo", garantiu.

Sobre as provas, o promotor Henry de Castro ressaltou que a promotoria tem provas suficientes para condenar todos os r�us. "Mas � justamente em torno de Macarr�o que as provas s�o mais contundentes", disse. Ele adiantou que as principais provas que ser�o trabalhadas no j�ri s�o as marcas de sangue de Eliza Samudio encontradas na Land Rover de Bruno, usada por Macarr�o para sequestrar a ex-modelo, o fato do celular de Eliza ter sido desligado pouco depois de uma liga��o registrada entre o aparelho telef�nico dela e o de Macarr�o no dia em que ela foi sequestrada e ter sido religado na v�spera do assassinato, al�m de todas as movimenta��es dos celulares de todos os envolvidos "para demonstrar que estas pessoas se articularam e se movimentaram pelos ambientes de execu��o do crime", destacou.

Testemunhas de defesa em cheque

De acordo com o promotor Henry de Castro, a acusa��o j� est� tomando provid�ncias em rela��o �s testemunhas da defesa que foram flagradas infringindo a norma de permanecerem incomunic�veis at� serem ouvidas no tribunal. Pretende a promotoria de Justi�a, primeiramente, que estas pessoas, diante da quebra de sua incomunicabilidade, n�o sejam mais inquiridas pelo juzo, e que caso forem "que sejam ouvidas sem tomada de compromisso de dic�ao da verdade”, esclareceu.

Nesta ter�a-feira Elenilson Vitor da Silva, que al�m de testemunha neste j�ri tamb�m � r�u no processo e ser� julgado em outra data, foi flagrado no hotel onde est� recluso fazendo uso de aparelho celular. Policiais militares que prestam apoio aos oficiais de Justi�a que acompanham testemunhas e juradas no hotel procederam ent�o uma busca e localizaram celulares com outras cinco pessoas arroladas pela defesa. “Podemos at� cogitar que se trate de mais uma arma��o da pr�pria defesa para provocar o adiamento, a suspens�o ou o desmantelamento deste julgamento”, sugeriu o promotor. Ele garantiu que o ocorrido n�o promover� a anula��o do j�ri.

Castro destacou ainda que n�o restam testemunhas da acusa��o para serem ouvidas e que h� aproximadamente 15 testemuhas arroladas pela defesa, que devem ser ouvidas antes dos r�us serem interrogados. Posteriormente ocorrer� o debate entre acusa��o e defesa, cuja previs�o � que seja realizado na sexta-feira ou no s�bado, caso o julgamento se estenda pelo fim de semana.

Depoimento chave

A �ltima testemunha ouvida neste segundo dia de j�ri foi o presidi�rio Jailson Alves Rodrigues, cujo relato � apontado pela acusa��o como primordial para elucida��o do crime. Ele conviveu com o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, na Penitenci�ria Nelson Hungria e garante que ouviu do acusado a afirma��o de que o corpo de Eliza Samudio foi tornado cinzas, que foram lan�adas em uma lagoa.

O promotor Henry de Castro salientou que as declara��es de Jailson s�o “extremamente relevantes”. Segundo ele, elas ratificam o suposto envolvimento de Bruno e Macarr�o com o tr�fico de drogas em Ribeir�o das Neves. Uma das hip�teses sobre a execu��o de Samudio � queima de arquivo, por ela saber do atua��o da dupla no narcotr�fico.

Os advogados de defesa tentaram desqualificar o testemunho de Jailson com base na vida pregressa dele. “Jaillson n�o � Madre Tereza de Calcut�, nem Irm� Dulce dos Pobres. � uma pessoa que est� presa e justamente em raz�o de sua condi��o de preso e convivente do Bola no ambiente prisional � que obteve do pr�prio Bola not�cias do modo como o corpo de Eliza foi destru�do e teve seus restos ocultados”, ponderou.

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